Considerado como um dos grandes clássicos da animação japonesa, O Castelo de Cagliostro (R$ 27,90, Focus) foi o primeiro filme do mestre Hayao Miyazaki (de A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado) feito para os cinemas – o animado, inclusive ganhou um elogio acolorado do cineasta Steven Spielberg, que declarou anos atrás que Cagliostro foi o desenho de aventura que ele sempre desejou produzir e nunca conseguiu.
E bota aventura nisso. Lupin III viaja pelo mundo para roubar preciosidades de toda espécie. Seu último grande roubo, porém, não sai como ele esperava. Depois de assaltar um cassino, ele descobre que o dinheiro é falso. Sem se abalar com o fato, ele logo muda de direção e sai em busca do cobiçado tesouro secreto do castelo que dá nome ao filme. Mas, no caminho, ele encontra Clarisse e descobre que a bela jovem está sendo obrigada a se casar com um duque malvado.
Ao lado de Jigen e do espadachim Goemon - e ocasionalmente da sensual espiã Fujiko, por quem o "herói" tem uma paixonite -, Lupin tenta resolver o mistério do castelo de Cagliostro, ao mesmo tempo em que arma planos para salvar Clarisse das garras do vilão e para se livrar da persiguição implacável do oficial da interpol Zenigata, obcecado em prender a trupe.
A história de Lupin III antecede Cagliostro. Antes de ganhar as telas de cinema, Lupin III protagonizava trambicagens em uma série animada dirigida pelo próprio Miyazaki. Com 15 capítulos no total, o desenho tinha uma premissa bem interessante. O jovem larápio era nada mais que neto do lendário ladrão Arsène Lupin, um personagem de romances policiais cômicos do fim do século 19, escritos pelo francês Maurice Leblanc e que decide seguir os passos do avô.
Lupin e seus amigos se envolvem em aventuras de dar inveja a Indiana Jones e perigosas "missões" de deixar James Bond de queixo caído. Depois que o desenho se encerrou, Myazaki tocou outros projetos até que resolveu resgatar Lupin e levá-lo para as telas de cinema. O resultado foi surpreendete e Castelo de Cagliostro superou o original tanto na apresentação do desenho como na trama. Não espere clichês ou obviedades, mas uma bela narrativa aventuresca, emocionante e com muita ação.
Extras: Entrevista com o diretor Hayao Miyazaki; Galeria de fotos; Storyboards
Indicação: a partir dos 10 anos
(shirley paradizo)
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