Existem crianças que guardam o dente de leite para as fadas e outras que esfregam a lâmpada para os gênios. Timmy Turner não precisa de nada disso. Ele tem seus próprios padrinhos mágicos. Mas quem acha que isso é uma grande sorte não conhece os problemas que a dupla acarreta para o protagonista de Os Padrinhos Mágicos. Em vez de ter seus desejos realizados em um passe de mágica, seus padrinhos só o envolve em confusões.
Os dois seres encantados, designados para ajudá-lo, são pura encrenca. Apesar da premissa simples e sem muitas complicações — como ocorre com a maioria das séries animadas atuais —, o desenho tornou-se um fenômeno de audiência no mundo todo.
Nos EUA, Padrinhos está entre os programas mais assistidos pelas crianças até 11 anos. O seriado já foi traduzido para o inglês, o espanhol, o francês e o português, e distribuído para 15 países. No Brasil, onde foi lançado em 2001, a história não é diferente. A animação faz tanto sucesso que hoje é exibida em três canais infantis (Nickelodeon, Jetix e Disney), com audiência sempre significativa.
E não foi só a garotada o grupo enfeitiçado pelas aventuras das fadas às avessas. Muitos adultos e adolescentes também acompanham a saga de Timmy e companhia. Os diálogos inteligentes, o humor acirrado e as referências a animações clássicas é um convite irresistível para os marmanjos aficionados pelo gênero. "O desenho tem um tipo de humor que atrai tanto as crianças quanto os adultos. Somos gente grande e escrevemos o que gostamos, colocamos nossas referências de infância na história e acho que as crianças têm respondido bem a isso", diz Butch Hartman, que criou a série animada em 1998.
Produzido pelo canal Nickelodeon, a atração conta a história de Timmy Turner, um garoto de 10 anos que, depois de tanto ser maltratado por sua babá, Vicky, ganhou de presente um casal de padrinhos mágicos, Cosmo e Wanda. Quando não estão se envolvendo em enrascadas, eles ficam dentro de um aquário no quarto do menino, disfarçados de peixes, para não serem notados pelos pais de Timmy, Sr. e Sra. Turner. "Trabalhei vários anos para os estúdios de Hanna-Barbera, mas sempre quis fazer uma animação de minha autoria. Padrinhos Mágicos foi a primeira investida que deu certo", diz Hartman.
A trama foi inspirada no conto de fadas Cinderela, do qual Hartman é fã desde criança. "Há algum tempo queria fazer uma versão masculina do desenho da Disney. Me pegava pensando em como seria se um menino tivesse uma fada madrinha, o que ele faria... essas coisas", conta. Assim, nasceu Timmy, que, segundo ele, carrega muito do "garotinho que eu fui". Depois, deu ao personagem uma fada madrinha, a Wanda, e, por fim, um marido para ela, o Cosmo. "O resto fui vendo no que ia dar", diz. E deu num excelente entretenimento.
Exibição: segundas, 17h30, e sextas, 15h30 e 18h
Indicação: a partir dos 7 anos (só como explicação, afirmar que um programa infantil é indicado para determinada idade, não significa necessariamente que crianças fora da faixa etária não devam assistir à atração. A intenção é "dizer" que, quando uma animação é indicada para a garotada de 7 anos, por exemplo, os pequenos nem sempre conseguem entender algumas mensagens. Isso, às vezes, pode transformar o que era para ser entretenimento em uma grande chatice. Lembrando ainda que a participação dos pais na hora do divertimento televiso é importantíssimo para explicar a seus pimpolhos o que eles não entendem e dar-lhes orientação para que possam aprender a distinguir a realidade da fantasia. Falei demais, né? Mas acho que era um "falatório" necessário.)
(shirley paradizo)
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