Cinema: Os Mosconautas no Mundo da Lua

A animação Os Mosconautas no Mundo da Lua, de Ben Stassen, é de produção belga, país que não tem muita tradição em animações atualmente. Aliás, o fato do longa ser de produção belga até surpreende de tão americano que é, principalmente ao retratar a corrida espacial que rivalizou os EUA e a União Soviética a partir dos anos 50.

Mas esse é o tipo de análise que o público-alvo da animação não deve desenvolver, já que Os Mosconautas (que estréia em 10 de outubro, sexta, também em cópias 3D, nos cinemas devidamente equipados) atrai especialmente o público infantil. O filme é o primeiro da história feito especialmente para a exibição em três dimensões. E, de fato, além dessa nova tecnologia aplicada em seu desenvolvimento, não há nada de muito interessante na animação, pelo menos ao público adulto. Personagens carismáticos, cores e uma trama relativamente simples faz com que os pequenos se interessem pelo longa, além da já citada questão da projeção em 3D.

Fora isso, não há mais muitos motivos para se assistir à animação. O roteiro não é dos mais espertos. Aliás, esse tema já deixou de ser dos mais interessantes no cinema e não há muito humor no roteiro. Quero dizer, possivelmente tenha se tentado inserir piadas esperas, mas sem muito sucesso neste sentido. Os Mosconautas no Mundo da Lua não passa de uma animação simpática e bem-feita, nada mais.

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)