Mas, e na prática, com você trabalhando o dia todo? “Quando chegar em casa, pergunte o que seu filho fez, ao que assistiu, o que mais gostou no desenho, o que não achou legal, se navegou na internet etc”, diz Rosa Maria Farah, pesquisadora de Psicologia em Informática. Assista à atração e verifique as páginas que ele visita, pelo menos uma vez. É bom ter regras claras quanto ao horário e o tipo de programação assistida.
Claro que, para tirar seu pequeno da frente do computador ou da TV, você vai precisar lhe dar alternativas – e a solução não é matriculá-lo em todos os tipos de aula. “A criança precisa de um equilíbrio e tem de ter a hora da preguiça. Inventar uma agenda de executivo cria outro problema”, afirma Rosa. O melhor é estabelecer um cotidiano com atividades lúdicas, como aula de arte e brincadeiras com amigos.
Combine com seu filho por quanto tempo ele pode assistir à TV e se divertir no teclado, bem como o que é jogado ou visto. E, se você precisa estar por perto, desaconselha-se ter qualquer um dos dois no quarto do pequeno: dificulta a socialização também. Bem, se ele pode ter tudo isso à volta, merece também entender o que está acontecendo. Não é apenas dizer “não”, proibir. É uma parceria. Se a criança hoje é mais preparada para viver um tudo-ao-mesmo-tempo-agora, há o outro lado. “Neste caldeirão de informações, ela precisa dos pais para mediá-las”, diz Marcos Cezar. É assim que cria repertório cultural e desenvolve visão crítica do mundo. Os pais são sua melhor companhia.
(cristiane rogerio e tamara foresti)
*Texto publicado originalmente no site da revista Crescer
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