Nos contos de fada, o príncipe sempre salva a indefesa donzela das garras de um vilão. Em Shrek, o novo longa de animação da DreamWorks, de Steven Spielberg e do ex-produtor da Walt Disney, Jeffrey Katzenberg (de Fuga das Galinhas e ForminhaZ), a história é outra. A princesa não é bem o que parece ser, o vilão não está com essa bola toda e o herói... Bem, em nada lembra um príncipe encantado.
Com voz de Mike Myers no original e Bussunda na perfeita versão dublada, o protagonista dessa fábula é o ogro Shrek, um monstrinho verde, feio, porcalhão e anti-social que levava uma vida pacata e solitária num pântano. Até que o lorde Farquadd expulsa os personagens de contos de fada de seu reino – uma réplica da Disneylândia. Em poucos minutos, os sete anões, o Lobo Mau, os três porquinhos, o Pinóquio e outros personagens que frequentam desenhos da Disney transformam a propriedade do ogro num acampamento de sem-terras.
Decidido a se livrar deles, ele faz um trato com o vilão. Em troca da paz em seu pântano, ele libertará a noiva do malvado, a princesa Fiona, da guarda de um dragão. Para resgatar a donzela, Shrek conta com a ajuda de um quadrúpede paranóico que fala pelos cotovelos, o Burro – engraçadíssimo na voz de Eddie Murphy no original.
Como em todo conto de fadas, Shrek também tem um final feliz. Sátiro, claro. Aliás, foi graças a esse roteiro politicamente incorreto – em que a princesa mata um passarinho e disputa concursos de arroto, e o vilão é motivo de piada por ser cafona e nanico –, Shrek disputou a Palma de Ouro em Cannes. Faceta só alcançada em 1953, quando a Disney concorreu com o longa de animação Peter Pan.
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