Archie Stringweed está prestes a fazer completar 10 anos e as coisas andam meio estranhas para seu lado. O vento parece sussurar para ele. Seria isso possível? Apesar do medo que sente, ele não revela esse segredo para ninguém, muito menos para os seus. E isso é apenas o começo de una série de situações esquisitas que passam a rondar a vida do protagonista de O Domador de Ventos (R$ 34,50, Companhia das Letras). Como não bastasse, sua mãe, Cecille, parece nervosa e corre para atender o telefone toda vez que ele toca. O pai, Jeffrey, anda às voltas com terríveis dores de cabeça e a cada dia parece ficar mais desmemoriado. O avô, de repente, é hospitalizado devido a crises de fraquezas. Para completar, uma enorme onda de frio envolve a casa do menino e só ela, em toda a aldeia de pescadores em que vive, fica totalmente coberta de neve.
São tantos mistérios e segredos que cercam os Stringweed que não caberiam nesta página. Archie vai começar a entender essa história, a da maldição que recai sobre os primogênitos de sua família, com a repentina chegada do tio Rufus, que não dá as caras há séculos surge à porta de sua casa no meio da noite, feito uma assombração. Com seu espírito aventureiro, Rufus vai ajudar Archie a quebrar o encanto que fez com que o seu pai e avô perdessem toda a coragem a partir do décimo aniversário, o que acontecerá também com o garoto, caso não enfrente o tornado Huigor, que se aproxima com toda a força.
E, sim, o livro de P.R. Morrison, como tantos outros atualmente, segue os passos de Harry Potter, mas não deixa de ser surpreende e cheio de magia. Uma boa aventura que ensina uma grande lição: temo de ter coragem e enfrentar nossos medos. Uma lição a ser lembrada independente da idade. O Domador de Ventos, decididamente, é uma forma divertida de aprender isso.
(shirley paradizo)
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