Em todos eles, a história se passa no próprio museu. A aventura criada por Yslaire, por exemplo, acontece em 1793, quando um pintor recebe a ordem de criar um retrato do revolucionário Maximilien de Robespierre no museu, então recém-inaugurado. Os desenhos de Yslaire, somente em preto-e-branco ou sépia, mas com alguns traços em vermelho, "lembram aos leitores que há vida, sangue, tristeza e amor" em meio clima sombrio da Revolução Francesa, diz o quadrinista. Por meio de recursos digitais, o público ainda pode interagir com a obra, recriando seus traços com um lápis eletrônico.
Qualidade estética
O curador Fabrice Douar disse que a iniciativa não é de "modernizar" o Louvre, de "validar" os quadrinhos como forma de arte e nem de conquistar o público jovem para o museu. "Nós queremos apresentar essa arte com o objetivo de mostrar sua qualidade estética, mas também sua qualidade no sentido de confrontação entre o mundo do Louvre e esse universo alternativo, que é o dos quadrinhos", afirma Douar.
Ele diz ainda que cada quadrinho foi escolhido para refletir a diversidade da arte. "Quadrinhos não apenas algo alegre... há também quadrinhos contemporâneos, que falam mais sobre a criação, há graphic novels, histórias de detetives e mangá", diz o curador. A expectativa é quebrar estereótipos não apenas sobre gênero, mas também sobre o famoso museu. "Assim como quadrinhos não apenas para diversão ou entretenimento, o Louvre não é apenas empoeirado e chato", completa Douar.
* fonte: folha online
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