Monstros não existem. É o que ouvimos desde pequenos, assim como é com fantasmas, fadas, bruxas e outros seres da "imaginação". Mas, verdadeiros ou não, eles estão cada vez mais presentes nos filmes, como em Meu Monstro de Estimação. O longa é dirigido por Jay Russell (de Brigada 49) e baseado em livro homônimo de Dick King-Smith. A famosa lenda do monstro do lago Ness, localizado na Escócia, é contada aqui por Angus (Alex Etel, de Caiu do Céu), garotinho que vive em uma mansão com a mãe e a irmã. Seu pai foi convocado para guerra e ele aguarda ansiosamente sua volta.
Sem amigos, ele passa o tempo apanhando conchas na beira da praia. Um dia, encontra um objeto estranho e decide levá-lo para casa. Não demora muito para descobrir ser um ovo, que revela um animalzinho estranho. Conforme tenta esconder seu amigo, que recebe o nome de Crusoé, tornam-se grandes amigos e vivem muitas aventuras. Mas há um "pequeno" inconveniente: Crusoé cresce muitos metros por noite e precisa estar na água para sobreviver. Angus percebe que deve levá-lo para o lago Ness - ele já não cabe na banheira onde fica escondido nas primeiras noites - e os dois devem se separar, porque Angus morre de medo de nadar. Tudo corre tranquilamente, até dois pescadores descobrirem o "monstro" no lago e espalharem para a cidade sobre o perigo que correm. Como Angus irá protegê-lo?
Há um pouco de Free Willy no filme. Na história, é possível encontrar o mesmo menino solitário, que encontra um animal para ser seu melhor amigo, até que ele precisa ser libertado. Mas, em vez de uma baleia, há um ser fictício, o "cavalo da água". Alex Etel atua muito bem como o garotinho Angus, além dos atores que interpretam os outros personagens, como sua mãe, vivida por Emily Watson (de Ondas do Destino), e Ben Chaplin (de Além da Linha Vermelha), como o homem contratado para trabalhar na casa do menino.
Papéis que se tornam pequenos perto do grande espaço ocupado pelo "monstro". Quando filhote, Crusoé é tão adorável que não há como não desejá-lo. É um sonho, todo frágil e "arteiro". Mas ele cresce rápido e deixa de ser um animal fofo para se transformar em monstro. Mesmo assim, não perde o charme e os efeitos continuam ótimos. Os responsáveis por isso são a Weta Digital e a Weta Workshop, os mesmos da trilogia O Senhor dos Anéis, King Kong e As Crônicas de Nárnia.
O lado negativo da produção é que, na tentativa de contar uma história já conhecida, o final torna-se previsível. Mas o filme continuando valendo por Crusoé e pela instigação da imaginação infantil, que não acaba, independente da idade do espectador. Leia mais aqui.
Exibição: dia 16, segunda, 21h, HBO
Classificação: programa para jovens e adultos
* texto de nathália nalomoni, publicado originalmente do site do cineclick
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