Mas é um sonho; na verdade, Romeu é um vira-lata que acaba de ser abandonado na rua pelos donos, que se mudaram para Inglaterra. Nas ruas, ele conquista amigos por saber cortas cabelos – ou seria tosar? – e até se apaixona pela dançarina de uma boate. A primeira cena, além de já demonstrar ser uma trama indiana, também revela ao espectador que se trata de uma animação precária, no mínimo.
Tudo bem, a Índia pode ter a cinematografia mais produtiva do mundo, mas não há tradição em animações, muito menos um pólo de desenvolvimento. Embora exista a mão da Disney na co-produção, não adiantou muito e o primeiro longa-metragem de Jugal Hansraj – também roteirista da produção – acabou resultando em um filme de técnicas fracas, toscas. A tradução das músicas para a versão dublada do mercado brasileiro, aliás, também não ajuda muito. A animação é repleta de números musicais, o que pode ajudar a prender a atenção dos pequenos.
Pena que, para isso, seus acompanhantes adultos se desesperem na poltrona do cinema enquanto tenta encarar esse roteiro fraco. Sim, porque, não bastando ser esteticamente precário, Romeu - O Vira-Lata Atrapalhado ainda traz uma história chata, sem atrativos, girando em torno da ascensão do pobre, assunto tão prolífico na sociedade indiana, que ainda vê com maus olhos esse tipo de fenômeno.
Em cartaz: dia 11, quinta, nos cinemas nacionais
Classificação: livre
(angélica bito*)
* a amiga jornalista angélica bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site cineclick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
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