Não é surpresa que a direção seja de Tim Hill, diretor de Alvin e os Esquilos. Em Hop – Rebeldes sem Páscoa, aliás, o diretor esforça-se muito para copiar a franquia lucrativa, mas o novo filme é bem mais sem graça. Ao centro da trama estão dois filhos pródigos – E. B, um coelho que quer ser estrela do rock, e Fred O’Hare (James Marsden), que se tornou o primeiro humano coelho da Páscoa. Resume-se a isso a história do filme.
E. B. mora na Ilha de Páscoa com o pai e, curiosamente, não tem irmãos, o que é raro para um coelho. Ele é o herdeiro de uma fábrica de doces, operada por pintinhos, que produz guloseimas que serão entregues pelo coelho da Páscoa no mundo todo – “menos na China, mas só por enquanto”, alerta o pai.
Longe dali, em Los Angeles, Fred é o filho-problema que só dá desgosto aos pais (Gary Cole e Elizabeth Perkins). Sem emprego nem perspectivas, ele atropela E. B, que foi para a cidade em busca de fama. Os dois passam a morar juntos e ajudar-se mutuamente. O rapaz tenta uma vaga numa empresa de videogames e o animalzinho, num show de talentos. Já na Ilha de Páscoa, os pintinhos, incitados por um líder com sede de poder, rebelam-se contra anos de exploração e pretendem dar o troco – e não será com bicadas.
Há poucos momentos engraçados e não justificam a existência do filme. Os pintinhos, liderados pelo megalomaníaco Carlos, roubam a cena – o que pode ser uma vingança da espécie defendendo suas fêmeas, uma vez que coelhas não botam ovos mas levam a fama durante a Páscoa.
alysson oliveira*
* texto do amigo alysson oliveira, publicado originalmento no site cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte
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