Este fim de semana mais um super-herói dos quadrinhos chega aos cinemas. O personagem em questão é Lanterna Verde, cujo filme tenta as duras penas se recuperar de um naufrágio nas bilheterias. A produção inspirada no herói da DC Comics custou 200 milhões de dólares e só faturou 114 milhões nos Estados Unidos.
O longa de Martin Campbell (de 007 - Cassino Royale) não chega a ser uma catástrofe tão enorme quanto tem se falado por aí. O filme está longe de ser um tédio (gostei bastante da parte do juramento dos lanternas!). Tem narrativa ágil e bem amarrada, efeitos especiais bacanas e elenco bom - com Ryan Reynolds (de A Proposta) à frente de Peter Sarsgaard (de Educação), Mark Strong (de Sherlock Holmes) e Tim Robbins (de Cidade das Sombras e A Vida Secreta das Palavras).
Ryan interpreta Hal Jordan, é piloto de testes da Força Aérea. Arrogante, ele seguiu os passos do pai - que morreu num acidente aéreo. Hal é avesso a responsabilidades e tem na figura paterna o herói destemido e corajoso que ele tenta alcançar.
Certo dia, tudo em sua vida muda quando ele depara com nada mais que um piloto alienígena dentro de sua nave. O tal piloto faz parte de um grupo intergalático de protetores do universo conhecidos por Lanternas Verdes, que têm um grande poder graças a um anel que solta raios verdes. O tal piloto alien sofre um acidente e cai na Terra durante uma perseguição ao poderoso vilão "amarelo" Parallax, que se alimenta do medo das pessoas.
Confuso? Então, vamos ao que interessa. O anel do alien escolhe Jordan para ser o próximo Lanterna Verde, em substituição ao que morreu. Jordan, a princípio, não quer esse poder e o que vem junto dele - afinal, como sabemos, e aprendemos bem a lição com Homem-Aranha, "todo grande poder traz grandes responsabilidades". Ele só aceita sua condição de herói quando o malvado Parallax ameaça toda a vida na Terra.
O maior momento do filme é exatamente aí, quando Parallax, em forma de uma grande nuvem de fumaça (meio estranho isso), começa a destruir Nova York ao estilo Godzila. E Jordan (agora "mal disfarçado" de herói com sua roupa brilhante que imita pele e uma máscara ao estilo Zorro) entra em ação para salvar o nosso planeta.
Lanterna Verde se esforça bastante para nos convencer de sua luta e nem sempre consegue. A história é tão picotada - e didática! - que dá uma certa preguiça de se concentrar em todas as partes. Alguns personagens bacanas foram mal aproveitados, como Killowog e Tomar-Re (os aliens que treinam Jordan quando ele chega ao planeta onde os lanternas vivem, Oa).
Lanterna é mais um filme recomendado para as crianças - que vão se divertir a valer com a pancadaria, as luzinhas verdes e até se identificar em alguns momentos - e aos fãs de carteirinha - que já conhecem bem a história do herói e agora vão poder admirar, em ação real, os elementos que os fazem gostar tanto dos gibis protagonizados por Hal Jordan e companhia.
Se vale a pena o preço do ingresso? Sim, com certeza você poderá curtir se não for com muita sede ao pote, encarar como mera diversão e evitar comparações com filmes de super-heróis mais bem resolvidos como Capitão América, X-Men e até Homem de Ferro. Do contrário, a experiência na sala de cinema poderá ser bem frustrante.
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