terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Cinema: Bolt - Supercão

Depois que a Disney comprou a Pixar por US$ 7,4 bilhões, John Lasseter (diretor de Toy Story, Vida de Inseto e Carros) assumiu o cargo de diretor-geral de criação da Walt Disney e Pixar Animation Studios. Bolt - Supercão é o primeiro longa-metragem do estúdio produzido sob a supervisão de Lasseter. O que finalmente confere às produções digitais da Disney – que ainda pecavam em alguns aspectos, em comparação às produções da impecável Pixar - um bom roteiro e personagens que conquistam facilmente o espectador, grandes trunfos desta animação.

O Bolt do título (dublado por John Travolta) é um cachorro que pensa ser um supercão. Astro de um seriado de ação, cresceu desde filhote levado a acreditar que tem superpoderes quando o assunto é salvar sua dona, a menina Penny (Miley Cyrus). Por uma confusão nos estúdios em Los Angeles, Bolt atravessa o país e vai parar em Nova York. Os perigos que a cidade grande oferecem fazem com que ele imagine ter enfraquecido.

Nessa jornada, ele também conhece alguns personagens impagáveis, como um trio de pombas, a complicada gata Mittens e o hilário hamster Rhino, fã número 1 de Bolt. Com a ajuda destes dois últimos, Bolt tenta voltar a Hollywood a fim de salvar sua dona dos perigos aos quais é exposta.

Bolt – Supercão brinca com a ficção e a realidade o tempo todo, mas dentro do mundo do próprio protagonista. As cenas de ação da série protagonizada por Bolt na trama são muito bem trabalhadas na animação, que também será lançada nos cinemas que possuem a tecnologia necessária em 3D. Por mais que o filme perca um pouco o ritmo na metade, quando o trio de aventureiros parte em direção de Hollywood, o longa ainda é capaz de prender a atenção do público.

A animação é muito bem realizada – o que já é de se esperar, já que Bolt – Supercão é resultado da parceria de dois dos estúdios de animação mais significativos atualmente –, os personagens são carismáticos e bem-desenvolvidos. Vale destacar também o competente trabalho de dublagem na versão brasileira, mesmo sem a presença vocal de astros do naipe de Travolta e Miley.

Tudo isso acaba resultando não somente numa animação divertida, mas também capaz de tocar em pontos que sempre acabam conquistando a simpatia do público, como a relação da menina com seu bicho de estimação e na jornada do protagonista na descoberta que, mesmo sem super-poderes, ainda pode ser herói.

Exibição: a partir do dia 01 de janeiro

Classificação: livre

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)

Esquilos ganham continuação

A Fox Film confirmou os boatos da produção de Alvin e os Esquilos 2, com Betty Thomas (de Todas Contra John) substituindo Tim Hill na direção do longa. Todo o elenco original volta para a sequência, incluindo os dubladores das vozes dos Esquilos. Novamente, o filme acompanha os três esquilos Alvin, Simon e Theodore e o agente e pai do trio, Dave Seville. Na nova aventura, os pequenos protagonistas ganham companheiras da mesma espécie. No Brasil, o lançamento está marcado para 19 de março de 2010.

(shirley paradizo)

De volta ao país das maravilhas

Foi confirmado que Anne Hathaway (de O Diabo Veste Prada) irá interpretar a boazinha Rainha Branca na nova versão de Tim Burton do clássico da literatura infantil Alice no País das Maravilhas. "É uma pequena participação em um filme que não é sobre mim. Estou contente em ser uma pincelada amarela em uma cena em qual Tim precisava de amarelo", disse a atriz.

Hathaway também revelou ter ficado encantada com Johnny Depp, que encarna o Chapeleiro Maluco. "Tenho algumas cenas com ele. Adoraria estar bem com isso e dizer que era apenas Johnny. Mas me senti realmente envergonhada e nem era fã dele. Fiquei o tempo inteiro encarando ele, mas ele não percebeu", finalizou.

A atriz australiana Mia Wasikowska viverá Alice. Mia é conhecida por atuar no drama Em Terapia, exibido na HBO. O diretor irá filmar a história utilizando animação por captura de movimentos, como em A Lenda de Beowulf.

Alice no País das Maravilhas é a obra mais conhecida de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário nonsense. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar em um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

O filme tem estreia prevista para 5 de março de 2010.

(shirley paradizo)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Uma história de amizade

A Disney divulgou uma nova imagem da nova animação da Pixar Up: Altas Aventuras. Com direção de Peter Docter (de Monstros S.A.) e roteiro Bob Peterson (de Procurando Nemo), o animado é sobre um senhor na casa dos 70 anos que se torna amigo de um jovem guarda florestal. Juntos, eles vivem muitas aventuras ao redor do mundo.

Up: Altas Aventuras tem estréia marcada para 4 de setembro de 2009.

(shirley paradizo)

Marley bate recordes nas bilheterias

O romance Marley & Eu (leia a crítica aqui), estrelado por Jennifer Aniston (de Separados pelo Casamento) e Owen Wilson (de Drillbit Taylor), bateu o recorde das estréias no feriado prolongado do Natal, arrecadando mais de de US$ 37 milhões nas bilheterias americanas durante o fim de semana. A marca anterior pertencia a Ali, de 2001, protagonizado por Will Smith, que arrecadou US$ 10,216 milhões. Só no dia 25, a história do cão inspirado em livro de John Grogan arrecadou US$ 14,6 milhões.

A grande aposta dos estúdios Disney foi a comédia de Adam Sandler, Um Faz de Conta que Acontece, que emplacou a segunda posição ao faturar 28,1 milhões. Dirigido por Adam Shankman (de Hairspray: Em Busca da Fama e Operação Babá), o longa protagonizado por Adam Sandler chega aos cinemas nacionais no dia 23 de janeiro e gira em torno de Skeeter Bronson, o faz-tudo de um hotel que tem sua vida virada de cabeça para quando as histórias que ele conta para seus sobrinhos misteriosamente começam se transformar em realidade. Ele tenta tirar vantagem do fenômeno, incorporando suas próprias aspirações pessoais em histórias cada vez mais bizarras. Porém, são as contribuições inesperadas das crianças que vão colocar o tio em boas enrascadas.

Já a fantasia romântica de Brad Pitt e Cate Blanchett O Curioso Caso de Benjamin Button ocupa a terceira posição entre os mais vistos, com US$ 27,2 milhões. O filme Operação Valquíria, que traz Tom Cruise como um oficial nazista, estreou em quarto, com US$ 21,5 milhões arrecadados. Em quinto, e vem a comédia Sim, Senhor, estrelado por Jim Carrey, com US$ 16,5 milhões. Confira o top 10 abaixo.

01. Marley & Eu (US$ 37 milhões)

02. Um Faz de Conta que Acontece (US$ 28,1 milhões)

03. O Curioso Caso de Benjamin Button (US$ 27 milhões)

04. Operação Valquíria (US$ 21,5 milhões)

05. Sim, Senhor (US$ 16,4 milhões)

06. Sete Vidas (US$ 13,4 milhões)

07. O Corajoso Ratinho Desperaux (US$ 9,3 milhões)

08. O Dia em que a Terra Parou (US$ 7,9 milhões)

09. The Spirit - O Filme (US$ 6,5 milhões)

10. Dúvida (US$ 5,6 milhões)

(shirley paradizo)

Para cantar com Bolt

Com a estréia nos cinemas nacionais prevista para esta quinta-feira, dia 01 de janeiro, a animação Bolt: Supercão acaba de ter sua trilha sonora lançada em terras tupiniquins. Composto por 19 faixas (sendo que 16 são instrumentais), o disco traz canções produzidas pelo aclamado compositor John Powell (de A Identidade Bourne). "Ele entende de animação e foi uma escolha natural para este filme. Ele fez um trabalho fenomenal e creio que os espectadores irão curtir e apreciar a transição do seriado de TV para o mundo real. Ele pega os temas do seriado e gradualmente os incorpora ao mundo real", explica Clark Spencer, produtor do animado.

Bolt: Supercão acompanha as aventuras de um cachorro (voz de John Travolta) astro de um seriado de TV, no qual vive um super-cão. Nele, o animal precisa defender Penny (Miley Cyrus), sua dona, das maldades do Dr. Calico (Malcom McDowell). Porém, ele acaba sendo enviado, acidentalmente, para fora Nova York e descobre que seus super-poderes não funcionam no mundo real. Confira abaixo a lista das canções do longa-metragem.

01. I Thought I Lost You (John Travolta & Miley Cyrus)

02. Barking at the Moon (Jenny Lewis)

03. Meet Bolt (Instrumental)

04. Bolt Transforms (Instrumental)

05. Scooter Chas (Instrumental)

06. New York (Instrumental)

07. Meet Mittens (Instrumental)

08. The Rv Park (Instrumental)

09. A Fast Train (Instrumental)

10. Where Were You on St. Rhino's Day? (Instrumental)

11. Sing-Along Rhino (Instrumental)

12. Saving Mittens (Instrumental)

13. House on Wheels (Instrumental)

14. Las Vegas (Instrumental)

15. A Friend in Need (Instrumental)

16. Rescuing Penny (Instrumental)

17. A Real Live Superbark (Instrumental)

18. Unbelievable TV (Instrumental)

19. Home at Last / Barking at the Moon (Reprise)

(shirley paradizo)

Conto de fadas moderno

O canal americano ABC confirmou a produção de um episódio piloto para a série de quadrinhos Fábulas. Stu Zicherman e Raven Metzner serão os responsáveis pelo roteiro, enquanto David Semel (de Buffy, A Caça-Vampiros, Angel, House e Heroes) foi contratado para dirigir.

Criado por Bill Willingham em 2002, Fábulas narra a história de diversos personagens de contos de fadas que foram forçados a morar em uma comunidade secreta em Nova York por um inimigo misterioso conhecido apenas como Adversário. Já a série de TV será produzida para permitir que qualquer personagem de fábulas já conhecidas possa aparecer a qualquer momento, mas a história gravitará principalmente em torno do Lobo Mal - o xerife da comunidade secreta - e da Branca de Neve - que supervisiona a vida dos exilados.

(shirley paradizo)

Mutantes em nova temporada

A Marvel Animation e a Toonz Entertainment anunciaram que a série animada Wolverine e os X-Men vai ganhar nova temporada em 2009. Os resultados do primeiro ano da série tem agradado seus produtores e a decisão de fazer dar uma continuação parace ter sido fácil. O animado, exibido na América Latina no canal pelo Jetix, tem conquistado o público por onde passa.

A segunda temporada vai contar com mais 26 episódios e, se tudo der certo, deve chegar no Brasil em 2009.

(shirley paradizo)

Tintim tem futuro incerto

Depois que a DreamWorks se "separou" da Universal, o projeto de Steven Spielberg e Peter Jackson de levar para as telas de cinema a versão em 3D dos quadrinhos As Aventuras de Tintim (criado pelo belga Hergé) ficou por um tempo com um futuro incerto. Recentemente, porém, a Sony Pictures Entertainment e a Paramount começaram a negociar com a dupla para finacianciar o filme. Segundo a revista especializada Variety, se tudo der certo, a Paramount distribuirá o filme nos Estados Unidos e Inglaterra e a Sony ficará com a distribuição internacional.

Com o atraso, Spielberg perdeu Thomas Sangster, que faria os movimentos e a voz do protagonista (a produção, vale lembrar, irá seguir os moldes de A Lenda de Beowulf). Outro ator deve ser anunciado em breve, já que o cineasta ainda acredita que conseguirá começar o filme a tempo para um lançamento em 2010. A mudança de estúdio também parece ter vitimado os planos de Spielberg e Jackson para a franquia. A dupla imaginava uma trilogia, mas tudo indica que os novos parceiros só estão dispostos a arriscarem um filme (o de Spielberg) e a continuação (de Jackson).

(shirley paradizo)

Literatura: O Pequeno Príncipe em quadrinhos

A história mágica que narra a tragetória de um príncipe solitário que abandona sua rosa no planeta onde vive e vem à Terra em busca de novos amigos ganha uma versão em quadrinhos pelas mãos do quadrinista francês Joan Sfar. Em sua adaptação de O Pequeno Príncipe (R$ 34,90, Agir), clássico da literatura infanto-juvenil de Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O Gato do Rabino optou por dar uma nova imagem ao personagem, bem diferente da obra original - ilustrada em aquarela por Exupéry.

Sfar preferiu dar ares de mangá e um novo corte de cabelo ao Pequeno Príncipe. O texto, porém, está quase inalterado - chama atenção, na edição brasileira, que os personagens continuam usando a linguagem bem rebuscada (com "tu" em vez de "você") do original. Ele apenas toma algumas liberdades, como é típico de suas HQs, tal como inserir o narrador do original como personagem da história - um aviador, assim como o próprio Exupéry.

O Pequeno Príncipe é um dos livros mais importantes e mais famosos da literatura mundial, sendo escrito em 1943, um ano antes da morte do autor e piloto Antoine de Saint-Exupéry - seu avião foi abatido por um piloto alemão e nunca foi encontrado. À primeira vista, o livro parece contar uma simples história para o público infantil. Mas não se engane. Ele é muito mais do que isso. Suas páginas trazem uma reflexão profunda dos sentimentos humanos, escrito em grande parte de forma enigmática, filosófica e metafórica. Detalhe que poucas pessoas percebem, já que sua leitura é bem simples para um livro que carrega todas essas características.

Desde seu lançamento, O Pequeno Príncipe já foi traduzido para mais de 160 idiomas, tornando-o a segunda obra literária mais traduzida em todo o planeta (a primeira é a Bíblia). No Brasil, onde é editado há 50 anos, a obra já vendeu mais de seis milhões de exemplares.

(shirley paradizo)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Animação abre Festival de Sundance

A animação Mary & Max, do diretor australiano Adam Elliot, foi selecionada para abrir o Festival de Sundance de 2009, que acontece no dia 15 de janeiro. Trata-se de um longa todo produzido em massinha sobre dois amigos que se correspondem por meio de cartas. Max (dublado por Phillip Seymour Hoffman) é um homem de 44 anos que vive em Nova York e sofre de obesidade mórbida, já Mary (Toni Collette) é uma solitária garota de 8 anos que mora na Austrália.

Apesar de tratar de temas mais pesados, como autismo, alcoolismo, obesidade, diferenças sexuais e religiosas, o animado tem recebido diversos elogios, inclusive de Geoffrey Gilmore, o diretor de Sundance: “Este retrato da amizade global entre dois maravilhosos e disfuncionais personagens é tocante, engraçado e se trata de um instigante trabalho. Mary & Max é o primeiro filme do tipo a abrir o festival e já adianto que a audiência vai adorar o longa, por sua história comovente, excepcionais talentos vocais e criatividade tecnológica.”

Vale lembrar que Adam Elliot já ganhou Oscar de Melhor Curta de Animação em 2004, por Harvie Krumpet (foto acima).

(shirley paradizo)

Dos games para o cinema

Em desenvolvimento há alguns anos, o longa-metragem que adapta o videogame da Midway Area 51 tem Grant Morrison, um dos mais famosos quadrinistas em atividade, como roteirista. Há algum tempo que o escritor não falava sobre o projeto, mas agora ele comentou bastante sobre o filme à MTV americana. “Será uma nova abordagem sobre a mitologia da Área 51", prometeu.

O longa será um suspense em live-action (com atores reais) de ficção científica. Na história, o exército norte-americano recebe um sinal de alerta da Área-51 quando um vírus escapa da instalação secreta de pesquisas. Um pequeno time é enviado para investigar. Chegando lá, descobrem que uma colônia alienígena se instalou no subterrâneo. “Essa é a história existente e eu tive que pegar sua essência, desmontá-la e fazê-la funcionar como filme. Será um ponto-de-vista totalmente diferente de alienígenas e toda a mitologia que os envolvem", explicou, dizendo que a adaptação terá personagens conhecidos dos jogos e outros novos.

Morrison disse ainda que escrever para o cinema é mais simples do que para os quadrinhos. "Os quadrinhos podem ser mais sofisticados, com mais camadas de idéias, já que você pode voltar as páginas se perder alguma coisa. Mas com os filmes, você precisa atingir um público maior. Tem aquele sujeito no [estado do] Milwaukee que não liga para nada, então a idéia tem que ser mais simplista. E apenas uma. Chegue perto de duas idéias e você terá um problema. Você tem que ser meio linear porque se alguém perdeu alguma coisa, não tem como voltar atrás", completou.

(shirley paradizo)

Rei da selva saradão

Já era de se esperar. Abarrotado de projetos, Guillerme Del Toro abandonou o projeto da nova versão para os cinemas das aventuras de Tarzan, criação literária máxima de Edgar Rice Burroughs. Segundo a revista Entertainment Weekly, a equipe que assumiu a produção vai se dedicar a realizar uma grande mudança no filme em relação ao original.

O diretor Stephen Sommers (de A Múmia e que atualmente filma a adaptação de Comandos em Ação) e o roteirista Stuart Beattie (de Piratas do Caribe), escalados pela Warner Bros. há cerca de três meses, vão deixar de lado a história de origem do garoto criado por macacos. De acordo com a revista, podemos esperar "uma aventura com romance ambientada nos anos 1930, com atores bombados e bronzeados (?) saltando por árvores ao melhor estilo parkour". A comparação imediata que a EW faz é com o tom cartunesco de Piratas do Caribe.

Ainda não há cronograma de produção definido para o novo Tarzan.

(shirley paradizo)

Invasão alienígena

O animado Monstros vs. Alienígenas pode não ser um dos mais esperados do ano, mas promete um bom entretenimento. Primeiro título da DWA a ser produzido em 3D, traz Reese Witherspoon (de Legalmente Loira) emprestando a voz para Susan Murphy, uma garota da Califórnia que é atingida por um meteoro no dia de seu casamento e fica com 15 metros de altura. Depois que é capturada pelos militares e mantida em um local secreto do governo, o mundo descobre que o exército, durante muitos anos, está reunindo em segredo outros monstros.

Rainn Wilson (da série de The Office) dubla o malvado alienígena Gallaxhar; Paul Rudd (de Ligeramente Grávidos) faz Derek, o noivo de Susan; Kiefer Sutherland (da série 24 Horas) empresta a voz para o General W.R. Monger; e Stephen Colbert (da série The Daily Show) faz o Presidente.

Unindo-se ao personagem Susan Murphy de Witherspoon (que é chamada de Ginormica pelos militares) para lutarem contra Gallaxhar, estão Seth Rogen (de 'Ligeramente Grávidos') como B.O.B.

Monstros vs. Alienígenas chega aos cinemas nacionais em 3 de abril de 2009. Confira o trailer.



(shirley paradizo)

In memoriam: Eartha Kitt

A atriz e cantora americana Eartha Kitt morreu na última quinta-feira, dia 25, aos 81 anos. Dona de uma sensualidade e voz provocante, ela emprestou dublou a personagem Yzma, a vilã de A Nova Onda do Imperador, longa-metragem de animação dos estúdios de Walt Disney, no ano de 2000. Seu trabalho mais conhecido foi a Mulher-Gato, do seriado Batman, durante os anos 60.

Eartha lutava contra um câncer de cólon e fazia tratamento em Nova York (EUA). Segundo o agente da atriz, Andrew Freedman, Eartha "era certamente uma artista legendária e quando penso que há tantas imitações, lembrou como foi original", disse em comunicado. Ela não teve sucesso apenas nas telinhas, sendo indicada aos prêmios Tony e Grammy. O cineasta Orson Welles (de Cidadão Kane) a considerava a mulher mais sexy do mundo.

Nos cinemas, ela atuou em diversos longas como New Faces (1954), St. Louis Blues (1958), O Cometa do Amor (1987) e Abrindo o Zíper (1995). Eartha começou sua carreira como dançarina em Paris (França) e logo alcançou o sucesso também como cantora. Ela trabalhava na Broadway e seu último trabalho na TV foi no desenho A Nova Escola do Imperador.

(shirley paradizo)

* Fonte: G1

sábado, 27 de dezembro de 2008

Made in Brazil

Feita em computação gráfica - a mesma tecnologia usada em A Era do Gelo - o longa animado nacional O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes promete se tornar um sucesso entre a garotada. O personagem dessa história não é novo para os fãs de animação. Seu primeiro filme estreou nos cinemas em 2001 e foi visto por mais de 260 mil espectadores.

Na trama, o Grilo Feliz quer gravar um CD, mesmo desejo de uma divertida banda de rap formada por sapos, porém ambos se deparam com a vilã Trambika, que pirateia suas músicas, e acaba por unir sapos e insetos em uma inesperada aventura. A estréia do desenho está prevista para 9 de janeiro de 2009. Confira o trailer abaixo.


(shirley paradizo)

De volta à floresta

Foi divulgado um trailer da sequência de O Bicho Vai Pegar, que será lançado apenas em DVD e Blu-Ray e com previsão para o dia 27 de janeiro de 2009. Os extras incluem Como Desenhar: Boog, Elliot & Fifi, Cenas deletadas, Vídeo musical Who Let the Dogs Out, Going WILD! com o elenco de vozes de O Bicho Vai Pegar 2 e Games interativos. Já o Blu-ray trará, ainda, o jogo exclusivo Save Mr. Weenie.

O animado acompanha o Senhor Weenie, o cachorrinho Dachshund que foge dos donos para se juntar à rebelião dos animais da floresta. O primeiro filme arrecadou US$ 85 milhões nos Estados Unidos.



(shirley paradizo)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Estreia: Stardust - O Mistério da Estrela

Para quem busca uma boa diversão, repleta de fantasia, a fábula Stardust - O Mistério da Estrela é uma excelente pedida. Nele, o diretor Matthew Vaughn (de Nem Tudo É o que Parece) troca as histórias policiais por um romance rasgado. Tudo começa na pequena vila de Muralha (Wall, no original) cidadezinha que tem este nome justamente por estar cercada por um muro teoricamente instransponível.

Um de seus habitantes, porém, resolve desafiar as leis do lugar, ultrapassa a muralha e passa uma noite inesquecível no reino mágico de Stormhold, que fica ali do ladinho. Nove meses depois, o rapaz recebe o "resultado" desta sua - literalmente - pulada de muro: um bebê de nome Tristan. É exatamente sobre o jovem Tristan (Charlie Cox), 18 anos depois, que o filme se concentra.

Ele se transforma na figura central da incrível saga que a bruxa maligna Lamia (Michelle Pfeiffer) e o cruel príncipe herdeiro Septimus (Mark Strong) empreendem em busca de uma estrela que caiu na terra (Claire Danes). Para Lamia, a estrela é fonte de beleza eterna; para Septimus, de poder total. E, para Tristan, de amor verdadeiro, embora ele mesmo não saiba disso.

Stardust - O Mistério da Estrela é baseado na graphic novel homônima publicada em 1997, escrita por Neil Gaiman e desenhada por Charles Vess (leia sobre o livro aqui). Assumidamente romântico e fantasioso, o filme tem no refinado humor inglês um de seus maiores méritos. Situações espirituosas (algumas, aliás, literalmente, envolvendo um divertido bando de fantasmas) e diálogos sarcásticos fazem a alegria de quem vai ao cinema em busca de algo mais que uma simples aventura de príncipes e bruxas.

Não se levar a sério é um dos grandes pontos positivos da produção. O ponto baixo fica por conta da maquiagem e dos efeitos especiais, bem aquém dos atuais padrões de um público cada vez mais exigente. Talvez por isso ele tenha fracassado nas bilheterias americanas, onde faturou somente pouco mais da metade de seus custos de produção, estimado em US$ 65 milhões. Um resultado talvez severo demais para um filme divertido e agradável de ser visto.

Exibição: dia 27, sábado, 22h, Telecine Premium

(celso sabadin)

* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.

Estreia: Mimzy – A Chave do Universo

Duas crianças encontram um coelho mágico que lhes fornece poderes especiais para enfrentarem um momento muito especial do planeta em Mimzy – A Chave do Universo. As crianças em questão são Noah (Chris O'Neil) e Emma (Rhiannon Leigh Wryn), que vão passar férias na praia com sua mãe Jô (Joely Richardson, da série Nip/Tuck). Os garotos descobrem uma misteriosa caixa junto ao mar que, quando tocada por Noah, se abre misteriosamente e revela um interior cheio de objetos. Entre eles, um coelhinho de pelúcia que é prontamente adotado por Emma.

Aparentemente comum, o coelhinho é capaz de se comunicar com a menina, em uma linguagem que só ela entende. Descrente a princípio, o irmão começa a acreditar nos poderes do coelho quando o que ele diz à irmã antecipa com precisão o futuro. A presença do coelho e outros objetos da caixa - que foram escondidos pelas crianças em seu quarto - começa a ter efeitos inesperados sobre Noah e Emma. Até então um aluno desatento, Noah torna-se capaz de elaborar sozinho um sofisticado projeto para a feira de ciências. A menina faz proezas de mágica tão ousadas que apavoram sua babá. Mas a descoberta traz uma responsabilidade: agora eles precisam salvar a Terra da destruição.

O filme na verdade, não apresenta nada muito novo do que já foi feito no gênero até hoje. Muitas cenas chegam a lembrar Jumanji ou Zathura - Uma Viagem Espacial. Porém, tem seus encantos. Os efeitos especiais não deixam a desejar a nenhum de seus antecessores, além de trazer a boa dose habitual de fantasia e os famosos Timothy Hutton e Joely Richardson (filha de Vanessa Redgrave) como os pais.

Minzy – A Chave do Universo leva a assinatura de Robert Shave que produziu a famosa trilogia O Senhor dos Anéis, e é uma adaptação de uma história escrita por Lewis Padgett, em 1943, e publicada como conto em revista de ficção cientifica que, se tornou cult.

Exibição: dia 26, sexta, 19h, HBO Family

(shirley paradizo)

Super-heróis em ação

O History Channel presta homenagem aos heróis, heroínas e vilões que conquistaram milhares de fãs ao longo dos anos. Cada episódio da série Super-Heróis revela as características e a história desses personagens que fizeram, e ainda fazem, parte de gibis, filmes, séries e desenhos da TV, além de jogos e brinquedos.

Em Os Maiores Super-Heróis do Mundo, o canal mostra a história e os inimigos dos principais super-heróis que trouxeram alegria para várias gerações, como Batman, Superman, Capitão América, Homem-Aranha e X-Men. Depois é a vez das heroínas entrarem em cena em Poderosas, que traz mulheres valentes e aventureiras que disputaram a atenção com os heróis do sexo masculino, entre elas Mulher Maravilha, Tempestade e Vampira.

Para encerrar o especial, o canal não poderia deixar de lado a "legião do mal". No episódio Super Vilões, os sujeitos mais temíveis da história dos quadrinhos como Coringa, Pinguim, Duende Verde e Lex Luthor são analisados por especialistas. Além disso, cineastas e atores revelam técnicas e curiosidades para interpretar um grande vilão.

Exibição: dia 28, domingo, a partir das 17h, History Channel

(shirley paradizo)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cinema: Coração de Tinta - O Livro Mágico

A primeira cena do filme Coração de Tinta - O Livro Mágico já dá o tom. Um narrador em off explica que existe uma categoria muito especial de pessoas – os chamados “Língua Encantada” – que têm o poder de materializar as histórias que contam em voz alta. Depois desta explicação, o personagem Mortimer (Brendan Fraser, de Viagem ao Centro da Terra) começa a ler a fábula de Chapeuzinho Vermelho para a filha. Em seguida, um capuz vermelho se materializa ao vento, vindo do nada, e pousa caprichosamente à janela do protagonista.

A pergunta que não quer calar: por que raios alguém teve a infeliz idéia de começar a cena com um narrador em off, explicando o que iria acontecer? Por que não deixar para o público o prazer da descoberta? Será que alguém (um produtor, talvez?) achou que a platéia não iria entender o enredo, e resolveu colocar uma voz misteriosa para que tudo ficasse muito bem explicadinho?

Seja qual for a resposta, o resultado é que Coração de Tinta é um longa que repete, durante toda a projeção, o mesmo erro da cena inicial. Ou seja, faz questão de deixar tudo explicadinho, verbaliza demais, subestima a capacidade de abstração do público, e consequentemente elimina aquele que deveria ser o seu maior trunfo: a magia.

Só para dar um exemplo, a informação de que para cada personagem que “sai” do livro deve corresponder a um humano que “entra” na história é falada durante o filme umas 5 ou 6 vezes. De qualquer maneira, no quesito “verbalização demais, cinema de menos”, o filme não chega a ser tão sonolento quanto O Senhor dos Anéis. (Pronto, falei. Agora aguenta).

A trama até que é boa, e foi baseada no livro da escritora Cornelia Funk, a mesma que escreveu os livros que originou os filmes O Pequeno Vampiro e O Senhor dos Ladrões. Tudo começa quando o pacato Mortimer descobre ter o poder de trazer personagens de livros à vida real. Há um corte de tempo e logo se perceberá que tal poder acabou por separar a sua própria família, que agora precisa ser reunida numa saga através do mundo da Magia. Faltou, porém, mais sutileza ao roteiro de David Lindsay-Abaire (que deverá escrever o próximo Homem-Aranha) e mais sensibilidade ao diretor inglês Iain Softley, de Asas do Amor.

Em cartaz: dia 25, quinta, em todos os cinemas nacionais

Classificação: livre
(celso sabadin)

* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.

Seres artificiais ameaçam o planeta

Como já se especulava há algum tempo na internet, o animê de ficção científica Bubblegum Crisis vai mesmo ganhar uma versão em live-action. A produtora de animações japonesa Anime International Company fechou recentemente um acordo com a Cubix de Cingapura e quer investir no mercado dos EUA, onde o filme está previsto para ser lançado em 2011.

A equipe criativa ainda não foi anunciada, mas as companhias já esboçaram interesse de trabalhar em sintonia com os criadores do animê, Shinji Aramaki e Kenichi Sonoda, para manter o tom e o visual do original.

Na trama, ambientada em 2032 depois de um terremoto que dividiu Tóquio, seres artificiais criados para substituir humanos em trabalhos manuais, chamados Boomers, caem em mãos erradas e são usados como armas letais. Para combatê-los organiza-se o grupo de mercenárias Knight Sabers.

Bubblegum Crisis foi lançado originalmente entre 1987 e 1991 no Japão como uma minissérie em oito partes direto para vídeo. Graças à sua popularidade, logo vieram um prelúdio, AD Police Files, e uma continuação, Bubblegum Crash, além de séries animadas e games.

(shirley paradizo)

Uma passada em Nárnia

O terceiro filme da franquia inspirada na série de livros de C.S. Lewis ganhou as primeiras artes conceituais, divulgadas no DVD do segundo filme. Em Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada, Edmundo e Lúcia ajudam a localizar sete lordes banidos de Nárnia, junto com o primo chato Eustáquio Scrubb.

A Walt Disney Pictures e a Walden Media escolheram o aclamado cineasta Michael Apted (de O Destino Mudou sua Vida e 007 - O Mundo Não É o Bastante) para conduzir a nova aventura.

Lançada em 2005, a primeira adaptação cinematográfica do clássico de C.S. Lewis arrecadou mundialmente cerca de US$ 750 milhões. A Viagem do Peregrino da Alvorada tem estréia prevista para 7 de maio de 2010 e será nosso último passeio por Nárnia, infelizmente.

(shirley paradizo)

Heroína amazona ganha animação

O longa-metragem animado protagonizado pela Mulher-Maravilha, que a Warner Bros. vai lançar direto em DVD nos EUA em 3 de março do ano que vem, teve mais imagens e sinopse divulgadas. The Wonder Woman irá contar a origem da amazona na mística ilha grega de Temíscera e sua inevitável jornada pelo mundo dos homens, no qual ela se estabelece como uma heroína que segue suas próprias regras. Entretanto, o conflito acontece quando o deus da guerra, Ares, escapa de sua prisão e promete se vingar do mundo dos mortais e dos deuses. É aí que a poderosa Mulher-Maravilha entra em ação.

Além de Keri Russell (de Felicity), que dublará a amazona, no elenco de vozes estão Nathan Fillon (Steve Trevor), Alfred Molina (Ares), Virgina Madsen (Hippolyta) e Rosario Dawson (Artemis). A animação é dirigida por Lauren Montgomery, que já trabalhou como animadora em Ben 10, diretora de episódios de Legion of Super Heroes e fez storyboards em Liga da Justiça Sem Limites. A produção é de Bruce Timm, co-criador do já clássico Batman: The Animated Series.

Ainda não há datas definidas para o lançamento do animado no Brasil.

(shirley paradizo)

Os jovens mutantes

Os heróis mutantes vão retornar ao cinema. A 20th Century Fox divulgou que o filme inspirado nos quadrinhos que acompanha os jovens mutantes da Marvel irá se chamar X-Men: First Class e terá como roteirista Josh Schwartz, produtor das séries de TV Gossip Girl, Chuck e The O.C. De acordo com a revista especializada Variety, a Fox ofereceu a direção a Schwartz, mas ele não aceitou. Por isso, por enquanto, ainda não há um diretor contratado.

Nos quadrinhos, First Class foi uma minissérie em oito partes que narrou os primeiros dias da escola para jovens superdotados de Charles Xavier. A "Primeira Classe" se refere à equipe original mutante, formada por Ciclope, Garota Marvel, Anjo, Fera e Homem de Gelo.

Como a idéia do longa é mostrar os mais jovens alunos de Xavier, o estúdio deve fazer uma mescla: pegar Homem de Gelo e Anjo da equipe original (que apareceram pouco e eram os mais jovens na trilogia cinematográfica, ao contrário de Ciclope, por exemplo) e incluir aí Vampira, Colossus, Jubileu e Lince Negra.

Schwartz foi chamado para dar a essa equipe uma cara mais antenada com a geração que assiste justamente Gossip Girl e afins. Na produção, ao lado de Simon Kinberg (roteirista de X-Men: O Confronto Final), permanece Lauren Shuler Donner, que supervisionou os três filmes da série e também X-Men Origins: Wolverine.

(shirley paradizo)

Cinema: Marley & Eu

Se considerarmos o tremendo sucesso editorial que o livro Marley & Eu, o filme deve ser muito bem-sucedido nas bilheterias mundiais. A publicação, que se encontra há mais de 100 semanas entre as dez mais vendidas das livrarias brasileiras, é levada ao cinema sob a direção de David Frankel, já experiente no quesito "adaptações cinematográficas de best sellers" depois de O Diabo Veste Prada.

Marley & Eu, que estreia nos cinemas dia 25, quinta, é autobiográfico. Escrito por John Grogan - aqui, interpretado por Owen Wilson -, a história acompanha o autor e como sua família é formada a partir da aquisição de um cão, o tal Marley do título. Quando o jornalista casa com Jennifer (Jennifer Aniston), pensa em constituir família, mas, por sugestão do melhor amigo Sebastian (Eric Dane), resolve adquirir um cachorro de estimação como uma espécie de "treino" para o que pode vir com os filhos.

A questão é que o labrador logo se mostra "o pior cão do mundo". Marley serve como guia para que o autor conte como ele e a esposa constituíram família. É, portanto, uma história familiar, que vem a calhar nos cinemas durante as férias escolares. Por mais que o labrador esteja em destaque até no título do filme, a história não é necessariamente somente sobre ele, mas como ocorre a dinâmica dos protagonistas nesta tão complicada jornada de se formar uma família.

Mas é claro que o personagem canino rouba a cena graças ao excelente trabalho de adestramento coordenado por Mark Forbes (de filmes como As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian e Um Hotel Bom pra Cachorro). Marley & Eu é repleto de elementos capazes de conquistar imediatamente a simpatia do público: um cachorro (ou melhor, 22 deles) adorável, astros carismáticos, toques bem dosados de drama e humor. Soma-se a estes fatores o sucesso da obra literária que deu origem ao longa-metragem e temos uma fórmula eficiente de sucesso nas bilheterias, que deve dialogar muito bem com o grande público.

Em cartaz: dia 25, quinta, em todos os cinemas nacionais

Classificação: 10 anos

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Estreia: Tá Dando Onda

Enquanto os estúdios esgotam a lista de heróis de quadrinhos em suas adaptações cinematográficas, os das animações levam aos cinemas todo o tipo de animais, insetos e contos de fadas. Depois de cães, gatos, formigas, dinossauros e até ogros, os pinguins também ganharam sua chance de brilhar nas salas escuras. Começando como mero coadjuvantes em produções como Mary Poppins, Madagascar e Batman, as aves marinhas alcançaram o posto de protagonistas em fitas como o oscarizado Happy Feet e o documentário A Marcha dos Pinguins. Das geleiras para o mundo, eles conquistaram o público ora com seu jeito desengonçado e carismático e ora com ares de psicopatas.

Já os pinguins de Tá Dando Onda são exímios esportistas e deixaram sua marca ao inventar o surfe. Isso mesmo. O famoso esporte aquático que lembra portes atléticos, cabelos parafinados, praia, sol e lindas mulheres foi criado por essas exóticas aves e imortalizado pelo lendário Big Z, o maior surfista que já deslizou nas ondas dos sete mares.

Ele é o ídolo do pequeno Cadú Maverick (Shia LaBeouf), o único praticante da modalidade na Antártica e que sonha em se tornar um surfista de renome. Para isso, o jovem deixa sua família em Frio de Janeiro e viaja para a ensolarada ilha Pingú a fim de participar de seu primeiro campeonato profissional.

No caminho, ele faz novos amigos, como o surfista do meio-oeste João Frango (Jon Heder), o empresário Régis Belafonte (James Wood), o caçador de talentos Mikey Abromowitz (Mario Cantone) e a bela salva-vidas Lani Aliikai (Zooey Deschanel) – por quem ele se apaixona. Tudo seguido de perto por uma “equipe de filmagem”, que registra as experiências de seu astro para um “longa”. Não faltam entrevistas com familiares, amigos, a recordação da primeira onda...

Vida real
A intenção dos diretores Ash Brannon (de Toy Story 2) e Chris Buck (de Tarzan) era criar uma animação diferente de tudo o que já foi feito no gênero até hoje. “A originalidade de Tá Dando Onda consiste em contar a história de Cadú como um documentário dentro do filme. Achei irresistível a idéia de mostrar um personagem animado com câmeras e microfones à sua frente’, conta Brannon, em uma entrevista por telefone ao Estado de S.Paulo.


A exemplo dos programas de entrevistas, reality shows e afins, a animação que concorreu ao Oscar este ano conta com “figurantes” em diversas cenas, como se fossem aquelas pessoas ávidas para aparecer na TV, que ficam acenando ou mandando beijos no fundo da câmera, atrás do entrevistado.

Mas não é só coadjuvantes anônimos que dão as caras. Os campeões Rob Machado e Kelly e o famoso locutor esportivo Sac Masekela fazem uma ponta no desenho, “interpretando” eles mesmos. Só que, claro, na forma de pinguins. Os desenhistas captaram suas personalidades e trejeitos e os próprios surfistas dublaram suas vozes.

E como em qualquer bom filme de surfe, na trilha sonora não faltam bandas que fazem alusão ao espírito da rebeldia e da liberdade dos “pegadores” de onda. O animado resgata a cantora de r&b Lauryn Hill, coloca ao fundo de uma cena a canção Holiday, do Green Day, e traz várias músicas do Incubus e do Pearl Jam, além de uma original do grupo Sugar Ray. Já as imagens de época – inspiradas em fatos reais – são embaladas a ritmos que lembram os cantados por Elvis Presley, na década de 1960.

(shirley paradizo)

Exibição: dia 25, quinta, 19h30, HBO

* Texto de Shirley Paradizo, publicado originalmente na revista On TVA, edição de dezembro

Giacchino assume a batuta do Oscar

Na próxima vez que um ganhador do Oscar se alongar demais no discurso de agradecimento, um novo maestro vai colocar a orquestra para tocar. Michael Giacchino, que compôs as trilhas sonoras do filme Ratatouille e da série de TV Lost, foi escalado como diretor musical da próxima cerimônia do Oscar, de acordo com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

O músico, que é vencedor do prêmio Emmy, foi escolhido pelo produtor Laurence Mark e o produtor-executivo Bill Condon, que também assumem suas funções na realização do evento.

Giacchino, que nunca regeu uma orquestra durante uma transmissão televisiva ao vivo, afirmou que espera dar um clima nostálgico à cerimônia, prevista para o dia 22 de fevereiro, no Teatro Kodak, em Los Angeles. "É um cenário de conto de fadas", disse Giacchino, "É isso que eu amo nesta cidade. Acho que vamos tentar incorporar esse sentimento ao show, queremos homenagear os ideais que estão por trás de tudo isso, suas origens."

Giacchino assume o posto que pertencia ao compositor Bill Conti, criador do tema de Rocky. Conti serviu como diretor musical do Oscar 19 vezes desde sua primeira participação, em 1977.

Na última edição do prêmio, Giacchino foi indicado ao Oscar de melhor trilha sonora original por Ratatouille. Ele também trabalhou em Speed Racer, Missão: Impossível 3 e Os Incríveis.

* Fonte: Globo.com

Monstros bizarros viram heróis

A tecnologia 3D é a nova arma da DreamWorks Animation para enfrentar a concorrência da gigante Disney/Pixar. E, desta vez, o estúdio de Steven Spielberg vem com toda a munição. A nova animação da Dreamworks, Monstros vs. Alienígenas, aposta na tecnologia para dar vida a uma turma de monstros bizarros dos quadrinhos e atrair tanto o público infantil quanto adulto.

O G1 teve acesso exclusivo às primeiras cenas do longa-metragem, que tem estréia no Brasil prevista para 3 de abril de 2009. As imagens apresentam os protagonistas, que são dublados por Reese Witherspoon (de Legalmente Loira), Kiefer Sutherland (da série 24 Horas), Hugh Laurie (de House) e Seth Rogen (de Ligeiramente Grávidos), entre outros.

Inspirada nos quadrinhos de terror Rex Havoc, a trama faz uma sátira dos filmes do gênero catástrofe e traz como heróis os monstros Ginórmica, uma garota de 15 metros de altura, Dr. Barata, um cientista transformado em inseto falante, Elo Perdido, um ser pré-histórico entre o macaco e o peixe, Bob, um sujeito disforme e gelatinoso, e Insectosaurus, um inseto que cresceu 106 metros depois de submetido a radiação. A semelhança com os personagens de Monstros S.A., da Pixar, é mera coincidência, segundo o estúdio.

Personagens e trama
Os monstros se conhecem em uma prisão confidencial depois de serem detidos pelo governo americano e considerados aberrações da natureza, mantidos em segredo. Mas, quando o mundo é invadido por alienígenas do mal, o mesmo governo pede ajuda a Ginórmica, Dr. Barata, Elo Perdido, Bob e Insectosaurus para expulsar os invasores e promete sua liberdade em troca.


Os 30 minutos revelados mostram três sequências que dão uma idéia do que vem por aí. Na primeira, os alienígenas chegam à Terra e ameaçam a vida humana. Um presidente americano metido a herói (e poderia ser diferente?) tenta dialogar com o invasor, um robô gigante com um único e enorme olho. Mas o vilão não está para conversa e ignora os apelos do presidente, responsável pelas melhores piadas da cena.

Na segunda seqüência, Ginórmica chega à prisão e se dá conta de seu tamanho monstruoso pela primeira vez. Ela ficou assim depois que foi atingida por um meteoro no dia de seu casamento. Na prisão, ela conhece seus colegas monstros, um mais bizarro que o outro. Já a terceira cena exibida traz o primeiro combate entre a turma de monstros e os alienígenas, com muita ação.

Ambientada no sobe-e-desce das ruas de San Francisco, na Califórnia, a batalha é de rolar de rir, com Ginórmica desengonçada usando carros como patins e os demais monstros sem saberem se salvam os humanos, atacam o vilão ou caem na gargalhada.

Tecnologia 'InTru3D'
O filme traz a novidade de ter sido criado diretamente para a projeção em 3D, e não adaptado posteriormente para essa tecnologia, o que o estúdio chama de “InTru3D” (algo como o verdadeiro 3D). “Nossos filmes estão sendo criados para essa mídia desde a primeira seqüência do roteiro, entramos num mundo criativo completamente novo”, diz Jeffrey Katzenberg, executivo-chefe da Dreamworks Animation.


Como resultado, as imagens colocam o público praticamente dentro da tela, transformando a ida ao cinema em uma experiência ainda mais envolvente e impossível de ser reproduzida em casa. Essa tecnologia é a resposta dos estúdios de Hollywood ao crescimento da distribuição online de filmes e à pirataria, impedindo uma grande debandada das salas de cinema e a conseqüente queda das bilheterias.

Com óculos modernos (muito mais simpáticos do que aqueles antigos de papelão, com lentes azul e vermelha), a nova tecnologia faz uso de cada manobra dos personagens e do cenário para surpreender o espectador, sem no entanto transformar o filme em um desfile de efeitos especiais sem sentido. “O D de 3D não é só dimensionalidade visual, mas também emocional”, afirma Katzenberg.

Agora é esperar para ver o que a Disney/Pixar vai trazer na próxima temporada para fazer frente à diversão e qualidade técnica de Monstros vs. Alienígenas. O animado tem estréia prevista para o dia 3 de abril nos cinemas brasileiros.

* Publicado originalmente no site G1

Robôs invadem o planeta

Alfred Gough e Miles Millar - produtores-executivos de Smallville até a temporada passada e roteiristas de A Múmia: A Tumba do Imperador Dragão e Homem-Aranha 2 - assinaram com a Warner Bros. para escrever a adaptação do animê Robotech. Lawrence Kasdan, roteirista de O Império Contra-Ataca e Caçadores da Arca Perdida, escreveu a primeira versão do roteiro. Não se sabe, porém, se o texto será aproveitado.

O épico de ficção científica começa quando a Terra desenvolve robôs gigantes a partir de tecnologia de uma nave alienígena que caiu em uma ilha no sul do Oceano Pacífico. Os seres humanos são levados a usar a tecnologia para se defender de sucessivas tentativas de invasões extraterrestres. Agora, a sobrevivência do planeta acaba na mão de dois jovens pilotos.

Akiva Goldsman, Chuck Roven, Tobey Maguire e Drew Crevello produzem o filme, que ainda não tem cronograma nem diretor.

(shirley paradizo)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pinóquio vai retornar aos cinemas

Além de se empenhar nas filmagens de O Hobbit, o diretor Guillermo del Toro (de Hellboy) está também desenvolvendo uma versão sombria da clássica história de Pinóquio, segundo informou a revista especializada Variety. Além de dirigir, ele será o produtor executivo do projeto, que será realizado em stop motion. Gris Grimley e Adam Parrish King irão co-dirigir o filme. O anúncio da produção foi feito pelo próprio del Toro, que contou em uma entrevista para o site bloodydisgusting.com que o filme levará cerca de três anos para ficar pronto.

A primeira aparição do boneco de madeira que sonha em ser um menino de verdade foi no livro As Aventuras de Pinóquio, do escritor Carlo Collodi, no século XIX. A Walt Disney produziu a primeira em versão animada em 1940, considerada uma obra-prima do cinema de animação, sendo a versão mais conhecida da história. No Brasil, Monteiro Lobato trouxe o personagem para o contexto do Sítio do Pica-Pau Amarelo e até mesmo Tia Nastácia foi incumbida de preparar um "irmão" do Pinóquio.

Pinóquio é a última novidade na lista de projetos que Del Toro está envolvido para os próximos anos. O Hobbit é a principal prioridade do diretor, que exigirá dedicação pelos próximos cinco anos. Recentemente, ele ainda fechou um acordo de três anos com a Universal Pictures, em que está programado para dirigir os remakes de Frankenstein, Dr. Jekyll and Mr. Hyde, Slaughterhouse-Five e uma adaptação de Drood, além de diversos outros projetos menores. Será que o cineasta vai dar conta de tudo isso? Vamos torcer para sim!

(shirley paradizo)

Mais sombrio do que nunca

Foi divulgado mais um trailer do sexto filme da saga de Harry Potter (intepretado por Daniel Radcliffe), personagem inspirado em livros de J.K. Rowling. Com cenas inéditas, o vídeo mostra momentos empolgantes da nova aventura do bruxo mais famoso do mundo. Harry Potter e o Enigma do Príncipe parece estar mais sombrio que os últimos longas da série e deve apresentar maiores desafios para Potter. Dumbledore (Michael Gambon) irá ajudá-lo, guiando o bruxo em viagens em busca dos detalhes da vida de Lord Voldemort (Ralph Fiennes).

No novo trailer, podemos ver o professor Slughorn (Jim Broadbent) e os efeitos que a poção mágica de paixão e obsessão causa em Rony (Rupert Grint). Além de algumas rápidas cenas de Quadribol e muitos personagens, entre eles personagens Draco Malfoy (Tom Felton), Luna Lovegood (Evanna Lynch), Gina Weasley (Bonnie Wright) e Hermione Granger (Emma Watson).

Harry Potter e o Enigma do Príncipe está previsto para estrear nos cinemas mundiais de no dia 17 de julho de 2009 (veja a lista dos lançamentos ao lado). Confira o vídeo a seguir.



(shirley paradizo)

Suspense em computação gráfica

Os apreciadores das aventuras de Dylan Dog já estão há algum tempo entusiasmados com a preparação do longa, em animação, do famoso personagem das HQs. E não é para menos. A fita foi anunciada como o primeiro filme de suspense totalmente produzido por meio de computação gráfica. Entrevistado pelo site ShockTillYouDrop, Kevin Munroe (de Tarturugas Ninja) falou bastante sobre a a adaptação. Dead of Night, adaptação para o cinema das histórias em quadrinhos italianas de Dylan Dog, de autoria de Tiziano Sclavi.

O diretor disse que a fase final de financiamento está acontecendo e que a pré-produção começa neste mês para filmagens, em New Orleans. Atualmente, Munroe está em busca do seu elenco, já que até aqui apenas Brandon Routh (de Superman - O Retorno) assinou contrato. "Estamos conversando com alguns atores. Mandamos o roteiro para eles e estamos aguardando interesse. O bom é que o script é tão bacana que as pessoas estão ficando realmente atraídas. Eu acho que dentro de um mês vamos começar a anunciar os nomes."

As criaturas, elementos indispensáveis da obra original, estão sendo desenvolvidas por um maquiador e especialista em efeitos ainda desconhecido, mas Munroe adiantou que veremos lobisomens, zumbis e vampiros no filme. "Além de algumas subcategorias desses bichos." Ele também explica que a trama será a origem da história. "Ele está no fundo do poço no começo. Ele já deixou aquela vida que acompanhamos nos quadrinhos. O filme todo é sobre como ele volta ao topo", concluiu.

Roteirizado por Joshua Oppenheimer e Tom Donnelly (de Sahara), Dylon Dog é inspirado em quadrinhos do italiano Tiziano Sclavi sobre um detetive particular que investiga casos sobrenaturais ocorridos em Londres. O Detetive do Pesadelo, como é conhecido, conta com seu fiel ajudante Groucho, representação exata do genial Groucho Marx. Suas aventuras foram publicadas no Brasil pelas editoras Record, Conrad e Mythos.

(shirley paradizo)

Literatura: Eu Fecho a Torneira

A coleção Com os Pés no Chão trata, em quatro volumes, é boa pedida para as crianças, com seus temas fundamentais para a educação ambiental - preservação de animais e plantas, economia de água, economia de energia elétrica e a reciclagem de lixo. Em Eu Fecho a Torneira (R$ 32, Girafinha), Jean-René Gombert mostra a importância de se econimizar água, respondendo a perguntas do tipo "Por que precisamos de água?", " Como ela é poluída?", "Quem a desperdiça?" e, claro, "Como economizá-la?".

A partir de exemplos da vida cotidiana, colocados sempre de forma bem-humorada, o livro com ilustrações bem bacanas de Joëlle Dreidemy - aborda o problema da economia de água e permite à criança adquirir bons hábitos para economizar o nosso bem mais precioso. Ao final, um pequeno glossário esclarece termos e apresenta o vocabulário científico ao jovem leitor.

(shirley paradizo)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Desta vez, vou ocupar um espaço aqui no blog do No Mundo Animado não para falar de estréias, novidades ou lançamentos, mas para desejar a todos um Natal mais do que Feliz e um Ano Novo repleto de realizações de sonhos, amor, paz, felicidade, dinheiro, universos fantásticos, princesas e príncipes encantados, magia... E, claro, tudo isso regado a centenas e centenas de maravilhosas animações, no cinema, no DVD e na televisão.

(shirley paradizo)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Da minha coleção...



Em tempos de Natal, aqui vai uma dica da amiga jornalista, escritora e blogueira do
Diários da Bicicleta Silvana Tavano: o curta O Natal dos Insetos, do russo Wladyslaw Starewics, de 1913. Vale conferir, é muito fofo.

Cinema: Crepúsculo

Crepúsculo (que estréia hoje, dia 19, nos cinemas nacionais) é o mais recente fenômeno entre a garotada. Tendo custado US$ 37 milhões, rendeu mais de US$ 145 milhões ao redor do planeta em duas semanas nos cinemas. Baseado no best seller homônimo de Stephenie Meyer, o filme reúne elementos que atraem em cheio os espectadores mais jovens: romance e fantasia, além de toques de suspense. A matemática está completa e temos aqui um fenômeno cinematográfico que já tem frutos prometidos: Lua Nova será lançado em 2010.

Dirigido por Catherine Hardwicke (de Os Reis de Dogtown) – que já está fora da continuação -, o filme acompanha o relacionamento entre Bella (Kristen Stewart, de Na Natureza Selvagem) e Edward (Robert Pattinson, de Harry Potter e o Cálice de Fogo). Um romance adolescente – já complicado por definição - que ganha toques de dramaticidade por conta dele ser um vampiro. Tudo ocorre na minúscula e chuvosa cidade de Forks, no Estado norte-americano de Washington, para onde ela se muda para morar com o pai (Billy Burke). O tempo sempre nebuloso é terreno perfeito para que os vampiros Cullen, possam viver, incluindo Edward. Quando Bella se muda para lá, a atração entre os protagonistas é inevitável.

Edward é mais ou menos tudo que uma garota sonha (num mundo fantasioso, evidentemente): lindo, protege Bella e ainda tem superpoderes. Deve ser por isso que ele é capaz de arrancar suspiros não somente da protagonista, mas da platéia feminina também. Tem esse detalhe dele sempre ter de resistir a sugar todo o sangue da amada, mas isso é mero detalhe que Bella tenta superar. Por isso, existe essa tensão entre os dois que nunca passa.

Ao mesmo tempo em que respondem a instintos primitivos relacionados ao amor e ficarem juntos para sempre, Edward tem de superar seus próprios desejos vampirescos e não devorar sua amada. Literalmente. O conflito é transformado em tensão, sofrimento, dor e tudo isso que o amor provoca, mesmo nos seres humanos normais que não brilham como diamantes sob o sol como os vampiros.

Crepúsculo é o tipo de filme que funciona muito bem junto aos espectadores que embarcam em sua viagem. As cenas nas quais Edward mostra toda a sua força e velocidade típicas de sua espécie são impressionantes, principalmente quando ele praticamente flutua pelas paisagens geladas das florestas que circundam a cidade de Forks. Pattinson (que disputou o papel com outros cinco mil atores) e Kristen estão bem nos seus papéis, representando dignamente essa tensão do amor tão dificultado por seus próprios instintos, mas impossível de não ser experimentado pelos personagens.

A fotografia gelada, numa ambientação sempre chuvosa, dá o ar sombrio que a história precisa. Mas algo incomoda em Crepúsculo: a trilha sonora. Essa já cansativa mania dos produtores de Hollywood de utilizarem a música exageradamente para sublinhar sentimentos e momentos de tensão. O final do longa é aberto, evidentemente, já pedindo uma continuação e atiçando o espectador que volte aos cinemas em 2010. A franquia agradece.

Em cartaz: dia 19, sexta, em todos os cinemas nacionais

Classificação: 14 anos

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)