Partindo de uma idéia do produtor executivo Sergio Pablos, o roteiro de Cinco Paul e Ken Daurio desenvolve-se em torno do auto-intitulado maior vilão do mundo, que atende pelo nome de Gru (voz do comediante Leandro Hassum). Tronco robusto, pernas finas, um sotaque indecifrável, olheiras, careca e nariz pontudo, Gru é um especialista em maldades indiscutíveis, embora miúdas – como estourar um balão na cara de um garotinho e congelar com uma arma especial todas as pessoas à sua frente numa fila de lanchonete, apenas para pegar seu lanche primeiro.
São malvadezas meio infantis e que, por isso, inspiram uma certa simpatia, o que deve acontecer especialmente junto ao público infantil que é o alvo do desenho. Ao longo da história, nota-se o quanto Gru tem dentro de si um coração de criança que não encontrou espaço para crescer, diante de uma mãe excessivamente crítica e dominadora.
Tal como no mundo corporativo da vida real, nessa competição de “maior vilão do mundo”, ele encontra pela frente alguém mais jovem – o nerd Vetor (Marcius Melhem) que acaba de roubar nada menos do que uma das pirâmides do Egito, colocando em seu lugar uma imitação inflável que tapeou turistas e autoridades. Para contrabalançar a façanha do garoto, Gru decide que vai roubar nada a Lua, contando com a assessoria de seu cientista maluco particular, o dr. Nefário, e o incontável exército de seres amarelinhos que o assistem, os fieis mas atrapalhados minions.
Essa história de roubar a Lua, Freud explica. Quando era pequeno e assistia à chegada dos astronautas ao satélite pela TV (ao som de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Gru queria de todo modo chegar lá também. Muitos anos depois, o sonho ressurge. Mas agora ele precisa de uma ferramenta, uma arma que dispare raios encolhedores, para poder transportar a Lua. Um momento hilariante, inspirado na vida real, é quando ele procura financiamento para desenvolver a arma junto ao Banco do Mal – onde uma placa informa que se tratava anteriormente do Lehman Brothers, o notório banco de investimentos nova-iorquino que pediu concordata em 2008, no meio da crise econômica mundial.
Essa é uma das poucas piadas destinadas aos adultos, pais das crianças que as acompanharem no filme. A história centra-se bem mais nas situações em torno do envolvimento de Gru com um trio de órfãs, Margo, Edith e Agnes. As meninas vivem tristes num orfanato, sob a direção da despótica srta. Hattie, e tentando vender biscoitos de porta em porta. Quando descobre que o rival Vetor é louco pelos biscoitos, Gru decide adotar as meninas e usá-las para entrar na bem-guardada fortaleza de Vetor – que tem uma arma de raios de encolher prontinha para uso, o que resolve o problema de Gru não ter conseguido seu financiamento no Banco do Mal (mais adiante, na história, se saberá porquê).
Como é de se esperar, o tiro sai pela culatra. As meninas são mais espertas e sedutoras do que Gru esperava e a situação evolui em outras direções. Os efeitos especiais da empresa francesa Mac Guffe Ligne também funcionam direitinho e não faltam nem humor, nem ternura.
Meu malvado favorito estreia exclusivamente em cópias dubladas, nas versões 3D e também 2D. É uma pena que não esteja sendo lançada nenhuma cópia legendada, não permitindo ter acesso às vozes originais de Steve Carell (como Gru) e Julie Andrews (sua mãe).
São malvadezas meio infantis e que, por isso, inspiram uma certa simpatia, o que deve acontecer especialmente junto ao público infantil que é o alvo do desenho. Ao longo da história, nota-se o quanto Gru tem dentro de si um coração de criança que não encontrou espaço para crescer, diante de uma mãe excessivamente crítica e dominadora.
Tal como no mundo corporativo da vida real, nessa competição de “maior vilão do mundo”, ele encontra pela frente alguém mais jovem – o nerd Vetor (Marcius Melhem) que acaba de roubar nada menos do que uma das pirâmides do Egito, colocando em seu lugar uma imitação inflável que tapeou turistas e autoridades. Para contrabalançar a façanha do garoto, Gru decide que vai roubar nada a Lua, contando com a assessoria de seu cientista maluco particular, o dr. Nefário, e o incontável exército de seres amarelinhos que o assistem, os fieis mas atrapalhados minions.
Essa história de roubar a Lua, Freud explica. Quando era pequeno e assistia à chegada dos astronautas ao satélite pela TV (ao som de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Gru queria de todo modo chegar lá também. Muitos anos depois, o sonho ressurge. Mas agora ele precisa de uma ferramenta, uma arma que dispare raios encolhedores, para poder transportar a Lua. Um momento hilariante, inspirado na vida real, é quando ele procura financiamento para desenvolver a arma junto ao Banco do Mal – onde uma placa informa que se tratava anteriormente do Lehman Brothers, o notório banco de investimentos nova-iorquino que pediu concordata em 2008, no meio da crise econômica mundial.
Essa é uma das poucas piadas destinadas aos adultos, pais das crianças que as acompanharem no filme. A história centra-se bem mais nas situações em torno do envolvimento de Gru com um trio de órfãs, Margo, Edith e Agnes. As meninas vivem tristes num orfanato, sob a direção da despótica srta. Hattie, e tentando vender biscoitos de porta em porta. Quando descobre que o rival Vetor é louco pelos biscoitos, Gru decide adotar as meninas e usá-las para entrar na bem-guardada fortaleza de Vetor – que tem uma arma de raios de encolher prontinha para uso, o que resolve o problema de Gru não ter conseguido seu financiamento no Banco do Mal (mais adiante, na história, se saberá porquê).
Como é de se esperar, o tiro sai pela culatra. As meninas são mais espertas e sedutoras do que Gru esperava e a situação evolui em outras direções. Os efeitos especiais da empresa francesa Mac Guffe Ligne também funcionam direitinho e não faltam nem humor, nem ternura.
Meu malvado favorito estreia exclusivamente em cópias dubladas, nas versões 3D e também 2D. É uma pena que não esteja sendo lançada nenhuma cópia legendada, não permitindo ter acesso às vozes originais de Steve Carell (como Gru) e Julie Andrews (sua mãe).
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* neusa barbosa
* a querida amiga neusa barbosa - que há tempos não encontro - é especialista em críticas de cinema, jornalista e pesquisadora e atualmente edita o site cineweb, especializado em cinema
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