terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os 10 melhores filmes de animação que assisti em 2010

Dando continuidade às listas de final de ano, agora apresento os 10 longas de aninação que mais me divertiram neste ano.

Toy Story 3 - O reecontro com os personagens que tanto me cativaram há quase uma década teve sabor especial de nostalgia. Sempre eficiente ao retratar o imaginário infantil, Toy Story emociona, faz rir, causa saudosismo e diverte, muito. Como curiosidade, durante as cenas dos créditos finais, a Pixar faz uma homenagem ao mestre Hayao Miyazaki por meio de uma aparição de seu icônico personagem Totoro.

Meu Malvado Favorito - Desde que ogros e pinguins psicopatas ganharam o gosto do público, é crescente o número de feiosos e adeptos da vilania a estamparem seu rosto nas telas do cinema. Foi seguindo essa tendência que o filme dos diretores Pierre Coffin e Chris Renaud garantiu seu posto entre as 10 maiores bilheterias de 2010. É uma diversão totalmente descompromissada, com roteiro redondíssimo e personagens carismáticos.

Megamente - Mais um filme que apostou em um vilão como protagonsita. E deu certo. O animado da DreamWorks rendeu boa bilheteria e críticas positivas. Basicamente, coloca em discussão a necessidade do bem para a existência - ou satisfação - do mal. A divertida história sobre o malvado que mata o herói e perde o sentido da vida é regada a muito rock, contando com canções de AC/DC, George Thorogood, Guns N' Roses, entre outros.

Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar - Só de levar a assinatura de Hayao Miyazaki já valia constar na minha lista. Muita gente falou mal do animado, por ele ser, digamos, muito mais infantil que outros desenhos do cineasta como O Castelo Animado e A Viagem de Chihiro. Nem por isso perde o encanto, a qualidade e, acima de tudo, a magia. Levemente inspirado no conto A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen, traz uma história inspiradora de amor e amizade contada por meio de belíssimas telas desenhadas à mão pelo próprio Miyazaki e sua equipe.

Shrek para Sempre - Neste supostamente quarto e último filme da franquia, o ogro está entediado com sua vida de pai de família. Afinal, desde que estreou no cinema em 2001, ele já salvou a princesa de um dragão, casou, encarou os sogros, salvou o Reino de Tão Tão Distante e, agora, só quer colher os frutos desse trabalho. Não tem comparação com o primeiro nem fecha a série com chave de ouro. Mas tem seus méritos, com bons momentos de ação, comédia, drama e muitas novas referências aos clássicos contos de fadas.

Mary & Max: Uma Amizade Diferente - Animação de stop-motion escrita e dirigida por Adam Elliot usa tom e visual depressivo e sombrio para contar a
história de dois personagens solitários cujas vidas se cruzam por acaso. A direção de arte é inspiradora. Elliot (ganhador do Oscar com o curta Harvie Krumpet, 2003) opta por protagonistas caricatos e simples colocados com cenários riquíssimos em detalhes. Não é um desenho para crianças, por conter temas adulto. Em resumo, é uma animação que toca o coração, perturba e nos faz pensar sobre milhões de coisas. E ainda relembra os velhos tempos das trocas de cartas, no correio e não via internet!

Como Treinar o Seu Dragão - O desenho baseado em uma série de livros de Cressida Cowell é fofíssimo, simples e divertido! Na minha opinião, o melhor filme de animação do ano. Aposta no emocional - em temas sobre amizade, amor, diferença, família - e no humor ágil, ingênuo. Traz visual impecável, personagens encantadores, ação, aventura e cenas aéreas de tirar o fôlego. Enfim, nos leva às alturas!

Onde Vivem os Monstros - Baseado em obra homônina de Maurice Sendak lançada originalmente em 1963, o filme do diretor Spike Jonze faz uma discussão sensível e um tanto depressiva sobre a infância e o amadurecimento. Conta com cenas fascinantes e competente trilha sonora de Karen O., ex-namorada do cineasta e vocalista do Yeah Yeah Yeahs. Apesar dos elementos infantis, é um filme esquisito e sombrio, que funciona mais para adultos do que para as crianças.

9: A Salvação - Bastou o nome de Tim Burton estampado nos créditos para que todos os holofotes se voltassem para esta primorosa fábula. O desenho futurista pós-apocalíptico foi inspirado em curta do cineasta, mas teve direção do jovem Shane Acker. O diretor soube colocar em cena a atmosfera sombria que Burton tanto presa, com visual impecável e uma trama devastadora e interessante. Há ótimos momentos de ação e também singelos, como o grupo de bonecos se divertindo ao som de Somewhere Over the Rainbow, interpretada por Judy Garland em uma citação ao O Mágico de Oz. Também é recheado de referências à ficção científica, de 2001 a Isaac Asimov, passando por Matrix. O filme foi lançado em 2009, mas eu só assisti no começo de 2010. Por isso, consta nesta lista.

Planeta 51 - Não é excepcional nem novidade, mas uma boa animação que tenta regastar os "tempos dourados" dos anos 1950. Os diretores Jorge Blanco, Javier Abad e Marcos Martinez souberam apostar bem na simplicidade e em personagens carismáticos, mostrando que não é preciso se fazer algo extremamente elaborado para ser eficiente. O Dia em que a Terra Parou, Attack of the 50ft. Woman, Vampiros de Almas, Os Eleitos, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Star Wars, Alien – O Oitavo Passageiro, E.T. – O Extra-Terrestre e até Nascido para Matar são citados diversas vezes no longa, em imagens e textualmente. Gostei. Ah, estreou em novembro de 2009, mas também só assisti em janeiro de 2010.

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