sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Corujas em ação

O longa animado prodizudo em 3D A Lenda dos Guardiões (Legend of the Guardians: The Owls of Ga´Hoole) estreia hoje, dia 24, nos cinemas americanos. Primeira animação dirigida por Zack Snyder (de Watchmen e 300), o desenho é uma adaptação da série de livros homônimos assiandos por Kathryn Lasky. Na Floresta de Tyto, vive um grupo de corujas que se junta aos guardiões de Ga'Hoole, quando a paz em seu reino é perturbada por forças do mal. Lá, sábias corujas formam um exército para lutar contra as forças do mal.

No Brasil, o filme tem estreia prevista para 8 de outubro. Confira o trailer abaixo.

Pixar e seu novo animado

A Disney/Pixar divulgou o logo oficial de Brave, a nova animação da parceria entre os dois estúdios. A atriz Reese Witherspoon (de Monstros vs. Alienígenas e O Suspeito) dubla a personagem principal, Merida. Ela é uma princesa que tem muita vontade ser arqueira, mesmo contra a vontade de seus pais. Durante uma das diversas brigas com eles, a jovem coloca o trono do pai e a vida da mãe em perigo. Com a intenção de desfazer todo o mal que causou, ela parte em uma aventura e luta contra as forças imprevisíveis da natureza e uma maldição antiga. Os atores Billy Connolly (de Arquivo X - Eu Quero Acreditar), Emma Thompson (de Nanny Mcphee e as Lições Mágicas) e Julie Walters (de Harry Potter e o Enigma do Príncipe) também emprestam suas vozes para os personagems do filme.

Brave tem estreia prevista nos cinemas americanos somente em 15 de junho 2012.

Da minha coleção...



O filmete Buildings & Vampires é um tributo dos diretores Sebastian Baptista & Nico Casavecchia para a equipe e fãs de Onde Vivem os Monstros, dirigido por Spike Jonze e inspirado em livro homônimo de Maurice Sendak (publicado originalmente em 1963). Como tal, traz uma boa dose de melancolia ao contar a história de um vampirinho que perde seus dentes.

Cinema: Batalha por T.E.R.A.

O título original – Battle for Terra – poderia gerar uma confusão semântica, já que, no filme, o planeta “Terra” não é o nosso (que seria “Earth” no original). Pior: na trama, Terra é um planeta invadido por nós, humanos. Ou seja, terráqueos. Assim, a distribuidora brasileira deu um jeitinho e rebatizou “Terra” como “T.E.R.A.” A solução foi boa. Mesmo porque não é difícil de entender tudo isso depois que o filme começa. Os teranos – habitantes de T.E.R.A. - são pequenos seres pacíficos com olhos enormes e cauda de girino. Vivem em harmonia até que os terríveis humanos – sempre nós – invadem o planeta em busca de sobrevivência, já que fomos capazes de destruir não só a nossa Terra (“Earth”) como também os planetas vizinhos.

Cabe aos terráqueos invadir o planeta, assim como cabe ao teranos a defesa e o contra-ataque. Porém, antes que a guerra se estabeleça, uma jovem terana salva a vida de um piloto terráqueo, criando assim um elo de lealdade e amizade entre as duas espécies. Um elo que, de tão forte, assumirá importância vital na derradeira batalha pela vida. Vencedor de três festivais internacionais, o filme se reveste de uma pesada aura de extrema seriedade para passar sua mensagem de paz e tolerância entre os diferentes. Uma total falta de humor bastante incoerente tanto com o formato de desenho animado como com o gênero aventura/ficção. O resultado é enfadonho e pretensamente solene, não oferecendo à plateia o tipo de diversão e entretenimento que geralmente se espera deste tipo de proposta cinematográfica.

Ou, como se diz popularmente, Batalha por T.E.R.A. (que estreia nesta sexta, dia 24, nos cinemas nacionais) se leva muito a sério e se torna aborrecido. Mesmo porque o roteiro não consegue fugir dos clichês do gênero, com direito até ao líder autoritário militarista sem coração que se opõe cega e burramente às soluções que apontam para a paz. Produzido em 2007, o filme só chegou aos cinemas dos EUA em 2009, onde faturou menos de US$ 2 milhões. Pelas datas de produção e lançamento, fica difícil afirmar se Batalha por T.E.R.A. plagiou ou não Wall-E, já que é notória a semelhança entre o famoso robozinho da Pixar e o mascote do piloto terráqueo que invade T.E.R.A. Coisas do mundo da animação...

celso sabadin*

O querido amigo Celso Sabadin vai me dar uma força nas críticas dos longas animados que estréiam nos cinemas. Ele é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Frankenweenie tem elenco divulgado

Frankenweenie, a nova animação do diretor Tim Burton (de Alice no País das Maravilhas), ganhou seu elenco de vozes. E de peso! Winona Ryder (de O Homem Duplo), Martin Landau (de Os Fantasmas se Divertem), Martin Short (de Marte Ataca!) e Catherine O'Hara (de Onde Vivem os Monstros) foram confirmados na produção. Short e O'Hara cederão a voz para cinco personagens, cada um. Ryder irá dublar Elsa e Landau será o Sr. Rzykruski.

Lançado originalmente em 1984, o curta Frankenweenie foi produzido por Tim Burton no início de sua carreira e conta a história de um garoto chamado Victor que amava seu cão Sparky. Certo dia, enquanto brincava com ele na rua, o animal é atropelado e, após muito tempo chorando sua morte, o menino decide ler livros sobre como trazer alguém de volta à vida. Em uma de suas leituras, ele se depara com a obra Frankenstein, que o incita a tentar reviver seu melhor amigo.

O longa, que será produzido em stop motion e com cenários montados em Londres, tem previsão de estreia nos cinemas em 9 de março de 2012.

Desenho na rede!

Projeto publicitário da Nestlé, o animado brasileiro Galera Animal já pode ser assistido também pela internet. Os episódios, exibidos pela Rede Globo desde o dia 16 de setembro, foram disponibilizados no YouTube e podem ser conferidos on-line. O desenho conta com sete capítulos produzidos em computação gráfica e vão ao ar toda terça, quinta e sábado nos intervalos da novela Passione, com reprise segunda, quarta e sexta na TV Globinho.

No animado, os animais da floresta estão em festa com a chegada da maratona de natação. Zíper, o filhote de hipopótamo, vai competir. Com a ajuda de Badu e Tato, ele pode vencer a disputa. Mas os filhotes não contavam com um enorme imprevisto. Zíper ficou inconsciente e está indo direto para o penhasco. Além de divertir o público, essa galera ensina lições fundamentais de amizade, meio ambiente e cidadania.

Há ainda um site oficial que permite fazer um cadastro, montar avatar e decorar sua própria cabana. Confira o primeiro episódio abaixo.

Literatura: Na Garupa do Meu Tio

Em 1958, o diretor de cinema francês Jacques Tati (1907-1982) lançou o filme Meu Tio, que contava a história de um garoto de 8 anos, chamado Gerárd, que vivia junto com os pais em uma casa muito limpa. Lá, ele quase não podia brincar, pois sua mãe não gostava de desorganização e bagunça. Já o tio de Gerárd, o Sr. Hulot, era bem diferente dos pais do garoto. Era divertido e aventureiro, deixando o menino mais do que feliz toda vez que ia pegá-lo na escola e levá-lo para passear. O longa-metragem deu origem a este primoroso livro-imagem do ilustrador David Merveille, sem uma palavra sequer.

Em Na Garupa do Meu Tio, o personagem cinematográfico, a bordo de uma bicicleta, vive grandes aventuras pelas ruas parisienses, desde a hora em que levanta da cama para encontrar uma moça pela qual é apaixonado até o final do dia. Como em um livro cinematográfico, cada dupla tem uma aba que revela uma surpresa. Vários elementos retirados dos filmes de Tati estão espalhados pelas ilustrações de Merveille: a casa de Hulot e a fonte em forma de peixe de Meu Tio ou a rotatória em Play time. Vale pegar carona na garupa do Hulot. A diversão é garantida para todas as idades.


Sobre o autor
Jacques Tati dedicou boa parte de sua carreira como cineasta à crítica sutil e bem-humorada da modernidade e suas promessas de bem-estar. Em filmes como As Férias do Senhor Hulot (1953), Meu tio (1958) e Play time (1967), ele criou e interpretou o célebre Hulot, personagem que resiste à sociedade organizada e se refugia – com o charme de um clown – nos encantos de uma França pré-moderna. Também participa da edição o ilustrador e humorista Pierre Étaix, assistente no filme Meu Tio como criador de cenários, cujas ilustrações presentes no livro se tornaram marca registrada da estética do universo criativo de Jacques Tati.

Sobre o livro: 60 páginas, Editora Cosac Naify, R$ 42,00

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A menina das tranças em trailer dublado

A Walt Disney divulgou o trailer dublado de Enrolados (Tangled), filme em 3D inspirado no clássico Rapunzel, dos irmãos Grimm. Na história do filme dirigido por Nathan Greno e Byron Howard (de Bolt: Supercão), Flynn Rider, o mais procurado e encantador bandido do reino, encontra Rapunzel ao se esconder em uma misteriosa torre. A moça, uma bela e vivaz adolescente com um cabelão de 21 metros de comprimento, está presa no local há 18 anos. A partir daí, ela começa a armar um plano para sua libertade e decide fazer um trato com o ladrão. E assim começa a aventura desta dupla, repleta de ação e uma gangue da pesada.

O 50º longa-metragem de animação da Walt Disney Animation Studios está previsto para estrear nas salas americanas em novembro deste ano. No Brasil, a animação chega aos cinemas apenas no dia 07 de janeiro de 2011. Confira o trailer abaixo.

Vingadores em nova animação

Chega ao canal Disney XD, em 31 de outubro, a série Os Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra. Nesse dia, às 18h e 23h30, o canal irá exibir um especial com os primeiros episódios da animação. A estreia oficial está prevista para 8 de novembro, quando o desenho animado será exibido regularmente de segunda a sexta-feira, sempre às 19h30. Este é o primeiro projeto em animação realizado pelos estúdios Disney para a Marvel Comics, após o estúdio do Mickey Mouse comprar a empresa no final do ano passado. O desenho animado inicialmente terá 52 capítulos. Confira o trailer abaixo.

Estreia adiada nos cinemas

A PlayArte anuncio que vai adiar a estreia nos cinemas nacionais de O Mundo Encantado de Gigi (Yona Yona Penguin). Inicialmente programado para ser lançado em dia 8 de outubro, o anime em 3D ficou só para 12 de novembro. Com direção assinada por Rintaro (de Metropolis e Galaxy Express 999), o desenho foi exibido nas salas japoneses em dezembro do ano passado. O roteiro da animação foi escrito por Tomoko Konparu (de Urusei Yatsura e Dr. Slump) e mostra a história de três crianças que viajam para um mundo mágico e repleto de fantasia. Este é o primeiro longa-metragem em computação gráfica produzido pelo Madhouse Studios (resposnável por séries como Death Note, Supernatural e Sakura Wars).

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

DreamWorks prepara novo animado

A DreamWorks Animation já está preparando sua nova animação. Recentemente, o estúdio contratou o comediante Seth Rogen (de Monstros vs. Alienígenas, O Segurança Fora de Controle e Tá Rindo do Quê?) para ser a voz do personagem principal de Boo U, que vai contar a história de um fantasminha que não consegue assustar os humanos e, por isso, é obrigado a voltar para a escola de sustos - qualquer semelhança com Gasparzinho é mera coincidência (ou não!!!).

O roteiro está sendo escrito por Jon Vitti, que também assina as séries animadas Os Simpsons e O Rei do Pedaço. A direção vai ficar por conta de Tony Leondis, diretor de Lilo & Stitch 2. Boo U, realizado em computação gráfica e lançamento em 3-D, tem previsão de estrear nos cinemas americanos em 2012 (bem, isso se o mundo não acabar!).

Cinema: Nanny McPhee e as Lições Mágicas

Emma Thompson está encarna mais uma vez a asssutadora babá, com um dente à mostra, verrugas no rosto, nariz torto e todos os sinais que a identificariam com uma bruxa malvada. Mas que, no fundo, é uma espécie de fada que aparece misteriosamente para ajudar pais com dificuldade de controlar filhos indisciplinados. Em Nanny McPhee e as Lições Mágicas (que estreia hoje nos cinemas nacionais) ela tem como desafio será estabelecer a paz entre cinco primos de classe social diferente, na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial.

Isabel Green (Maggie Gyllenhaal) enfrenta dificuldades para cuidar de sua fazenda e dos três filhos, que não param de brigar. Seu marido foi convocado para lutar na guerra e ela se vê obrigada a trabalhar em um armazém para manter a família. Mesmo atolada em dívidas, resiste à idéia de vender a propriedade, porque ainda tem esperanças de que o marido irá retornar e ajudar a superar todos os problemas. Porém, seu cunhado (Rhys Ifans) tenta convencê-la a mudar de idéia, pois, com a venda da fazenda, ele poderá pagar suas dívidas de jogo.


Como não bastasse, ela também precisa impedir que um casal de sobrinhos, que chegou para passar uma temporada no campo, se atraque com seus três filhos. Para pôr ordem na casa, entra em cena a babá McPhee, que se oferece para cuidar das crianças e dar um jeito na situação. Com muito bom humor e - mais vez - uma excelente intepretação de Emma, o filme traz para as crianças mensagens de bondade, cooperação, respeito, esperança e generosidade. E sem ser piegas! Emma, além de atuar, produziu e roterizou o longa-metragem.

Da minha coleção...



Incomodo que já deve ter acontecido com muitos de vocês, Fly traz um inseto que parece existir com a única missão de atormentar um homem que tenta assistir a seu programa de televisão. O coitado faz de tudo para espantar o intruso inoportuno, criando situações bem divertidas. O filmete é dirigido por Alan Short e faz parte do acervo da
Aardman Animations.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cinema: O Último Mestre do Ar (ainda dá tempo para conferir)

O filme era para se chamar Avatar, mas James Cameron e a Fox chegaram primeiro e registraram o nome. O que não tem nada a ver com plágio. Este O Último Mestre do Ar, de M.Night Shyamalan, é a adaptação cinematográfica do desenho animado de televisão Avatar: The Last Airbender (exibido no Brasil apenas como Avatar), que teve quatro temporadas produzidas entre 2005 e 2008. Não há semelhança entre os filmes de Cameron e Shyamalan.

Em O Último Mestre do Ar, o mundo está em guerra, dividido entre quatro nações: Terra, Fogo, Água e Ar. Na Tribo das Águas, os jovens irmãos Sokka (Jackson Rathbone, o Jasper da trilogia Crepúsculo) e Katara (Nicola Peltz) fazem o que podem para arrumar comida em um cenário desolado, onde o pai está fora, em batalha, e a mãe já morreu. Ao caminharem por uma fina camada de gelo, eles encontram uma grande esfera congelada, da qual retiram, inconscientes, um garoto chamado Aang (o expressivo Noah Ringer) e um gigantesco animal voador. Logo ficamos sabendo que Aang é um “Avatar”, ou seja, uma pessoa com a raríssima habilidade de controlar os quatro elementos da natureza, figura fundamental para unir as Nações em guerra e conseguir a paz. Sabendo disso, os beligerantes governantes da Nação do Fogo, justamente a que deu início à grande guerra, tentarão eliminar Aang de todas as maneiras.

Tem início, assim, um filme de proporções épicas (e orçamento idem, estimado em 150 milhões de dólares), com belas locações na Groenlândia e no Vietnã e - claro - caprichado na dose de efeitos especiais. Para o público infantil, a promessa de muita aventura e um show visual. Para o público adulto, a assinatura de M. Night Shyamalan, o excelente diretor de O Sexto Sentido, Corpo Fechado, A Vila e A Dama na Água, entre outros grandes filmes.

Os mais jovens certamente terão suas expectativas satisfeitas. O filme é visualmente atrativo, tem bom ritmo e entrega o que promete. Já o cinéfilo que busca o estilo sempre surpreendente de Shyamalan certamente sairá decepcionado: O Último Mestre do Ar não traz, nem de longe, o talento narrativo, a criatividade e as sutilezas de direção e roteiro que sempre caracterizaram o cineasta indiano.

Ao contrário: o filme é dirigido com uma certa mão pesada, em que o medo de errar parece maior que a vontade de acertar. Percebe-se no roteiro aquele eterno cuidado de deixar tudo explicadinho verbalmente, várias vezes se for preciso, provavelmente temendo que o público não entenda algo da trama, subestimando, dessa forma, a percepção da plateia, e valorizando o texto em detrimento da imagem, um dos grandes pecados de muitas produções de alto orçamento. Exemplo: logo nos primeiros momentos do filme, o personagem da avó de Sokka e Katara explica detalhada e verbalmente aos seus netos a questão da existência e da importância dos Avatares. Coisa que um longo texto colocado bem na abertura já havia feito. Da mesma forma, a música - repleta de percussões - é novamente insistente e onipresente, o que, neste caso, nem chega a ser tão incômodo como em outros filmes do gênero.

O Último Mestre do Ar é repleto de referências à cultura oriental. O conceito das reencarnações sucessivas do personagem principal, por exemplo, é uma clara alusão ao Budismo. Os Deuses, representados por peixes, recebem os nomes de Ying e Yang. Além do fato de as lutas e as batalhas serem regidas muito mais pelo ideal de Equilíbrio que propriamente pela simplista ideologia do Bem contra o Mal. De uma forma geral, o filme agrada, mas não há nenhuma necessidade dele ser exibido em 3D.

Nenhuma cena justifica o preço mais alto do ingresso. Assim como aconteceu em Fúria de Titãs e outros, O Último Mestre do Ar não foi produzido, mas apenas finalizado dentro desse sistema, o que acaba gerando - digamos assim - uma espécie de estelionato. Não é este o nome dado para quem cobra por uma coisa que não existe? Prefira as cópias simples, em 2D, mais baratas e com o mesmo efeito.

celso sabadin*

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* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.
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Meus comentários

Tenho lido muitas críticas negativas ao filme de M.Night Shyamalan - concebido para ser uma trilogia - e concordo com algumas delas. Primeiro, concordo com meu amigo Celso Sabadin e outros críticos sobre o 3D: uma grande "falseta" para arrecadar dinheiro. Não vale pagar a mais por isso. Sou uma fã das tramas do diretor indiano, sempre muito bem construídas e desenvolvidas, com aquelas aguardadas "surpresinhas finais", uma de suas marcas registradas. Dessa forma, paguei mais caro o ingresso e, garanto que, se tivesse visto em 2D, não teria feito a menor diferença.

Bem, voltanto ao filme em si e a Shyamalan, dá para afirmar que o sucesso inicial de suas produções fez com que ele tivesse controle absoluto de seu trabalho, fato raríssimo na história recente dos grandes estúdios. E essa é sua primeira vez que dirige algo que não criou e escreveu. Talvez para ser aceito também como um cineasta de blockbuster ou por pura falta de experiência mesmo tenha escorregado em ocasiões em que não deveria, como o desenvolvimento dos personagens, os diálogos forçados, a direção pesada, os clichês e até tenha deixado de lado o humor característico da animação original. E ainda tem o problema da falta de ritmo. Grande criador de climas e tensão, o diretor do "me ame ou me odeie" fica devendo na hora em que a trama pede ação e uma dose de suspense.

Na outra ponta, sou também uma fã da série animada na qual o longa foi baseado. Ou melhor, copiado, embora resumidamente, para as telas nos mínimos detalhes. Está tudo lá: o menino que carrega nas costas o peso de trazer a paz ao mundo, mas nem sempre tem consciência disso e faz cara de quem prefere brincar e, como li em alguns textos, de "chupar pirulito". Afinal, ele é apenas um garotinho e, muitas vezes, age como tal. Ainda há a imponente Nação da Água, os gananciosos habitantes da Terra do Fogo e uma batalha final de cair o queixo. Aí, dá para esquecer todos os deslizes e sobressaltos anteriores. O que fica é a sensação de se ter visto um épico recheado de efeitos especiais mirabolantes e a curiosidade do que ele fará na continuação. Tomara que tenha aprendido a lição e nos dê um entretenimento de primeira.

Cinema: Como Cães e Gatos 2 - A Vingança de Kitty Galore

Como Cães e Gatos... dois? Como assim? Quando foi o primeiro? Não é muita gente que lembra, mas o primeiro Como Cães e Gatos foi lançado já há quase dez anos, e não foi, por assim dizer, um grande marco de recordação da história do cinema, aqui no Brasil. Por que, então, uma continuação assim tardia? Os números justificam: o filme original - embora pouco expressivo por aqui - fez um razoável sucesso nas bilheterias americanas, nas quais arrecadou quase US$ 100 milhões, na época. Nada desprezível. E hoje, quase dez anos depois, a tecnologia necessária para este tipo de produção já está bem mais acessível (menos cara). Arriscar na franquia, no julgamento dos produtores americanos e australianos que bancaram o projeto, poderia valer a pena. Principalmente com os preços dos ingressos inflacionados pelo 3D.

Números a parte, o filme tem tudo para agradar a garotada, sem aborrecer os papais e titios. Mesmo para quem não viu o primeiro filme, não é difícil acompanhar a história da super espiã Kitty Galore, uma gata (literalmente) que se rebelou contra a MIAU, uma organização internacional de espionagem formada só por felinos, e resolveu agir por conta própria na sua luta insana pela eliminação de todos os cachorros do planeta.

Diante dessa ameaça sem precedentes, acontece o que seria impensável: os agentes secretos do mundos dos gatos se unem aos agentes secretos do mundo dos cães para tentar eliminar a terrível Kitty Galore. Pura política: desafetos históricos se unindo para combater um poderoso inimigo comum. A gente vê isso todo dia no horário eleitoral. Para dar um toque mais humano ao filme (ou seria canino?), um dos principais responsáveis por esta empreitada é o simpático Diggs, um pastor alemão que se torna herói após ser desprezado pela Polícia de San Francisco. O típico caso de segunda chance e redenção, tão querido aos roteiristas de Hollywood.

Como Cães e Gatos 2 tem o cuidado de desenvolver um ritmo ágil de muitas brigas e perseguições - bem ao gosto da garotada - sem esquecer que são os adultos que levam as crianças ao cinema. Assim, desde os créditos iniciais, até a concepção da trilha sonora, são inúmeras as referências aos filmes de James Bond, que certamente têm ressonância muito mais próxima ao público adulto. Mesmo sem ser impressionantes, os efeitos especiais convencem. O que não se pode dizer do fraquinho e dispensável sistema 3D, que faz a alegria dos produtores e exibidores - aumentando o preço do ingresso - mas não muda quase nada para o público. Prefira as cópias convencionais e divirta-se.

celso sabadin*

* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pinguins em novo episódio

O canal Nickelodeon estreia neste quinta, dia 16, às 17h30, um episódio especial dos amalucados Os Pinguins de Madagascar. Nele, Capitão, Recruta, Rico e Kowalski - que agora fazem parte de um esquadrão de elite cuja missão é proteger os animais do zoológico de Nova York - saem em busca de um tesouro, mas acabam cruzando o caminho de um rato nada comum: o Rei dos Esgotos.