terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Estante: As Crônicas de Spiderwick

Existe um verdadeiro revival da moda de fazer épicos infanto-juvenis em Hollywood, embalados pelo sucesso estrondoso da trilogia O Senhor dos Anéis. Personagens e situações que anteriormente poderiam ser facilmente encontrados em clássicos dos anos 80, como História sem Fim e Labirinto, voltam com força total para conquistar o público infantil atual. E As Crônicas de Spiderwick (R$ 29,90, Paramount) de olho exatamente nesse filão.

Baseado na série literária de Tony DiTerlizzi e Holly Black, o filme fantasia mostra a história de uma família que entra em contato com seres mágicos (qualquer semelhança com As Crônicas de Nárnia seria mera coincidência?). Helen Grace (Mary-Louise Parker) acaba de se separar do marido. Sem dinheiro para continuar vivendo na cara Nova York, muda-se para a mansão de um tio distante, Arthur Spiderwick (David Strathairn), desocupada após uma série de eventos misteriosos. Ela leva seus filhos adolescentes para a nova moradia, mas eles não parecem muito satisfeitos. Especialmente Jared (Freddie Highmore); mais revoltado entre os três, custa a comprar a idéia de viver longe do pai, num verdadeiro "fim de mundo".

Seu irmão gêmeo Simon (também vivido por Highmore) parece mais conformado, assim como a irmã mais velha, Mallory (Sarah Bolger).Jared descobre que existem criaturas mágicas vivendo nos arredores da mansão, todas catalogadas em um livro por Spiderwick. O livro, nas mãos erradas, pode causar a extinção das criaturas. Desta forma, os Grace envolvem-se na luta contra o vilão Mulgarath (Nick Nolte), um ogro que quer destruir as criaturas e dominar o mundo.Como é perceptível, trata-se de um longa-metragem de fantasia.

Com efeitos especiais caprichados, traz mais uma das boas atuações de Freddie Highmore (de O Som do Coração). E, desta vez, um dos atores-mirins mais requisitados de Hollywood se apresenta em dose dupla. Sua excelente atuação com certeza faz com que As Crônicas de Spiderwick seja superior aos atuais longas do gênero.

A história mantém o "pé no chão" também pelos toques de drama familiar. Além disso, o fato da trama se resolver sem a necessidade de uma continuação pode ser considerado mais um ponto positivo à fantasia, diferentemente do que ocorre em filmes similares, como A Bússola de Ouro. Em suma, As Crônicas de Spiderwick pode significar diversão garantida tanto aos espectadores mirins quanto aos pais que os acompanhem às salas de cinema.

Extras: Spiderwick - É Tudo Verdade! (o diretor Mark Waters explica de maneira lúdica que "É Tudo Verdade" em Spiderwick, como gnomos, as ninfas, os elfos); Este É o Mundo de Spiderwick! (os criadores Tony DiTerlizzi e Holly Black explicam a concepção do filme e algumas mudanças que foram feitas na versão do cinema); O Guia de Campo de Arthur Spiderwick (é apresentado um índice de todos os personagens e objetos do filme)

Indicação: a partir de 10 anos

(angélica bito)

* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)

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