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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Seu filho vê: Ben 10

Sucesso entre as crianças, Ben 10 é uma animação baseada nos cultuados animes. O herói dessa história, um garoto de 10 anos chamado Ben, tem sua vida virada de cabeça para baixo nas férias de verão ao acampar com a sua prima Gwen e seu avô Max. Quando tudo parecia ir bem, o menino tem um desentedimento com a prima e decide dar uma volta sozinho e, para sua surpresa, avista um objeto caindo do céu. Claro que ele não resistiu e decidiu averiguar, encontrando uma esfera metálica e, dentro dela, um esquisito relógio.

Ao pegá-lo, o aparelho gruda em seu pulso e ele logo descobre que o Omnitrix guarda o DNA de dez espécies alienígenas diferentes, cada uma com caracerística própria. E melhor, quando acionado, ele tem a capacidade de transformar o usuário nos ETs. A partir daí, Ben passa a combater o mal e os malvados extraterrestres que vivem ameaçando a paz na Terra.

Ben 10 tornou-se uma das franquias mais rentáveis do Cartoon Network, gerando uma série de produtos licenciados como brinquedos, roupas, DVD (por aqui saiu a 1ª temporada), jogos para celulares, computador e consoles domésticos. Também rendeu uma peça de teatro, filme com atores reais e série derivada, que traz Ben adolescente. Confira abaixo uma entrevista com o criador da série animada, Alex Soto.

Qual é o diferencial da série em relação a outras que tratam de super-poderes?
A diferença é que, quando falamos em super-heróis, logo pensamos em Super-Homem, Batman, Homem-Aranha. Enfim, humanos com roupas apertadas. Eu não queria algo assim. Então, tive a idéia de incluir extra-terrestres e mostrar um herói que poderia ter vários poderes.

Por que você prefere animação tradicional em uma época em que se fala tanto em animação 3D?
A animação 3D para a TV traz dois grandes problemas: demora muito e custa muito dinheiro. E eu adoro animação tradicional: você pode ter mais controle. Também é mais barato e rápido, porque a tecnologia fez com que pudéssemos usar o computador para colorir e animar, o que antes só fazíamos à mão mesmo.

Como caracterizaria o desenho?
Tem muita ação, drama, comédia e diversos personagens. As crianças querem ver um pouco de tudo. E elas ficam felizes por se identificarem com Ben 10. Consigo isso por ter três filhos bagunceiros; apenas reproduzo o que vejo eles aprontando com os amigos.

Exibição: segunda a sexta, 12h30, 15h30, Cartoon Network

Indicação: a partir de 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Seu filho vê: Pocoyo

Curioso e brincalhão, Pocoyo é uma criança de 3 anos que vive as diversas aventuras ao lado de seus amigos Pato, Lula, Sonequita e Elly, a elefanta rosa. Com momentos divertidos e brincadeiras visuais, o universo do garotino é repleto de cores e imaginação. Pocoyo comunica-se com os pequenos telespectadores fazendo-os experimentar situações com as quais podem se identificar facilmente.

O objetivo é fazer com que as crianças pulem, dancem e riam com os personagens enquanto descobrem o mundo, desde saber para que serve uma rádio até aprender a imitar animais ou jogar golfe. No início de cada episódio, Pocoyo está brincando com seus amigos. De repente, alguma criatura ou objeto chama sua atenção. O pequeno personagem o estuda com a ajuda do telespectador, até finalmente celebrar a incorporação do novo elemento a seu mundo.

Criada por David Cantolla, Guillermo García e Luis Gallego, em tecnologia 3D, a série foi cuidadosamente concebida para utilizar a linguagem e o material apropriados para uma criança em idade pré-escolar, além de apresentar um mundo de fantasia que ajuda a estimular a imaginação.

A grande maioria dos conceitos didáticos, como os números, o espaço e as formas, é apresentada de maneira simples e clara. Os episódios ainda esbanjam humor, movimentos engraçados e surpresas que deliciam os mini-telespectadores, prendem sua atenção e fortalecem sua conexão com os temas mostrados no programa.

Pocoyo - o menino de 3 anos, como qualquer criança de sua idade, às vezes, está rindo e outras, chorando. É espontâneo, valente e muito curioso, tendo uma vida cheia de momentos emocionantes. O garotinho sempre encontra uma forma de aprender se divertindo e se encanta ao aprender conceitos escolares e das relações e emoções das pessoas.

Pato - o melhor amigo de Pocoyo tem 7 anos e é um pouco tímido.

Elly - a elenfantinha cor-de-rosa surpreende pela agilidade. Ela é um pouco maior que seus amigos e costuma aconselhá-los utilizando objetos que encontra em sua mochila.

Loula - a cachorrinha de Pocoyo é cheia de energia e adora brincar, sendo muito sensível aos sentimentos de seu dono. Se o menino está triste, ela tenta encontrar uma bola para diverti-lo e, assim, vê-lo sorrir.

Sonequita - ele é um pássaro muito dorminhoco e costuma acordar só para desligar o despertador. Às vezes, Pocoyo precisa despertá-lo para que ele participe das aventuras e brincadeiras.

Exibição: segunda a sexta, 5h30; sábados e domingos, 5h30 e 15h, Discovery Kids

Indicação: a partir dos 3 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Seu filho vê: Escola Wayside

Muitas gerações de jovens leitores já se deliciaram com as histórias cômicas e absurdas sobre as crianças que estudam no último andar de um prédio de 30 andares. Inspirado no livro best-seller de Louis Sachar (Sideways Stories from Wayside School), a série animada Escola Wayside é um colégio onde todas as crianças gostariam de estudar - e os pais não iriam "fazer bico" toda vez que precisassem comparecer a alguma reunião ou evento de seus filhos.

A escola possui um ambiente fantástico, onde os estudantes são mais inteligentes que os professores e, muitas vezes, se aprende mais dormindo do que prestando atenção à aula. A comida parece ter poderes estranhos, os professores ficam mudos quando alguém os chama de chatos e alguns alunos sempre se encontram no meio de problemas, aparentemente sem motivo algum.

Apesar das histórias exageradas, a narrativa aborda os pensamentos e condutas não lineares das crianças e cada episódio representa acontecimentos do dia-a-dia, sob o olhar das crianças, como a pressão cotidiana, o primeiro amor, e aqueles dilemas básicos que todos têm durante o crescimento.

A divertida animação é dirigida por Riccardo Durante e escrita/editada por John Derevlany, que escreveu o piloto e desenvolveu a série. O piloto foi lançado em DVD (nos EUA e no Canadá), com o título Wayside: The Movie, no dia 25 de setembro de 2007.

Personagens

Todd - o garoto tem mania de perguntar o porquê de tudo e nunca aceita uma resposta fácil. Não costuma se irritar com as esquisitices da escola, mas faz de tudo para decifrá-las. Sua marca registrada é inventar teorias sobre as paredes que se movimentam, a comida particular da Srta. Mush ou tudo o que acontece na escola. Às vezes, uma delas é interrompida pela Sra. Jewls. Geralmente, quando isso acontece, o nome dele é escrito no quadro-negro. Mesmo quando se frustra ou alguém em Wayside impede seus planos mirabolantes, sempre está pronto para criar novas teorias para isso.

Maurecia - a menina tem uma personalidade forte e demonstra seus sentimentos com alguns golpes. Ela é do tipo que dá um tapinha nas costas dos colegas em vez de simplesmente dizer "olá". Se ela realmente gostar de você, pode tentar te bater. É feminina em sua maneira de se vestir e quase todos os dias está de patins correndo como louca pelos corredores e salas de aula. Sempre carrega na mochila o mascote Fluffy, seu porquinho de estimação, e insiste que os outros façam carinho nele. Apesar da aparente grosseria, no fundo, ela é uma das estudantes mais sensíveis do colégio.

Myron - ele tem apenas uma meta na vida: ser o representante de classe da Sra. Jewls. Essa ambição consome sua existência e leva-o a agir de maneira ridícula. Só há um problema, ele é o menos qualificado para se tornar presidente de qualquer coisa. Além disso, não se preocupa muito consigo mesmo, não tem habilidade social e é incapaz de levar a sério a obrigação mais importante que o presidente de classe tem: acender a luz de manhã.

Sra. Jewls - para as crianças, os professores são criaturas estranhas, misteriosas, inexplicáveis. A Sra. Jewls é uma professora diferente das outras, apesar de ser um pouco excêntrica. Os alunos a adoram e acham que não há método de ensino melhor que o dela. Não importa o que esteja ensinando, as crianças sempre aprendem com ela.

Srta. Mush - ela é a encantadora, escandalosa e bem-intencionada encarregada lanchonete. Todas as crianças gostam muito dela, o único problema é o medo que elas têm da sua comida. Na visão deles, a comida vem com coisas estranhas, como plantas, principalmente quando cozinha a "surpresa de cogumelos". De vez em quando, alguns se atrevem a provar a receita e até incentivam a Srta. Mush a fazer novos cardápios. Mas o tiro sempre sai pela culatra e cada vez fica mais difícil inventar uma desculpa para não comer o "especial do dia".

Louis - é o encarregado da turma e o único adulto normal. Ex-estudante da Escola Wayside, entende as peculiaridades do colégio. Ajuda as crianças e conhece seus problemas. É uma pessoa com autoridade, além de ser o "homem faz tudo". Sempre tem uma piada na ponta da língua e palavras de conforto.

Sr. Kidswatter - o diretor da Escola Wayside não tem idéia sobre o que as crianças aprendem ou quem são os professores, pois passa o tempo todo correndo pelos corredores. Ele adora falar ao microfone, mas só diz coisas estúpidas e desagradáveis. Usa o dinheiro do colégio para seus "projetos especiais e pessoais", como uma pista de patinação que construiu para ele no sótão do prédio e a sala de massagem polonesa no lugar da biblioteca. Ele não é nem um pouco querido pelas criançasas crianças não gostam dele.

Exibição: segunda a sexta, 10h, Nickelodeon

Indicação: a partir dos 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Seu filho vê: Caillou

Encantador, curioso, alegre... Este é Caillou, personagem-título desta série animada canadense exibida com sucesso em mais de 75 países. E como o protagonista de 4 anos sabe muito bem, ser uma criança pequena tem seu lado bom e divertido. Nessa idade, a vida é uma enorme brincadeira e as atenções da família são todas para você. Mas, às vezes, ser pequeno também pode ser muito chato. Nem sempre você pode fazer o que quer e comer o que gosta. Além disso, em muitas ocasiões, é preciso brincar sozinho, pois os adultos estão ocupados com seus afazeres. E assim segue o dia-a-dia de Caillou, que transforma seu cotidiano em uma verdadeira viagem de descobertas.

Baseado em livros de Jeannine Beaulieu que tornaram-se sucesso em todo o mundo, Caillou é um programa pré-escolar que apresenta o personagem em situações da vida real. Algumas são difícies, outras, engraçadas... Dessa forma, os problemas normais do crescimento, como pesadelos, o primeiro dia da escola, novos amigos, entre outros. Nosso herói lida com esses problemas infantis de maneira bem peculiar, utilizando-se de imaginação e muito senso de humor. Cada uma dessas situações é abordada sob vários pontos de vista e, sejam boas, ruins ou divertidas, sempre há uma lição a aprender e a ensinar.

O resultado é educativo e divertido para crianças e adultos. A série também encanta pela sua simplicidade visual. Seu fundo branco e os traços dos personagens reforçam o tom adequado para a pré-escola. As imagens são realistas e de fácil compreensão, ganhado vida por meio de cores primárias. A característica mais marcante do visual da animação vem de seu senso de escala: o mundo de Caillou tem a perspectiva dos olhos de uma criança.

As coloridas histórias animadas nas quais Caillou se envolve em cada episódio levam os telespectadores para o divertido e desafiador unviverso das crianças, onde Mamãe, Papai, a irmãzinha Rosie, o adorável gato Gilbert, Vovó e Vovô, e uma série de amigos interagem, mostrando situações da vida real em um caloroso ambiente familiar: uma casa simples e aconchegante em uma vizinhança segura e amigável.

Exibição: sábados e domingos, 16h30, Discovery Kids


Indicação: a partir dos 3 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Seu filho vê: Madeline

Baseada no livro de Ludwig Bemelman, a série animada Madeline narra a história de uma garotinha que vive em um orfanato em Paris. Ao lado das amigas, ela protagoniza inúmeras aventuras. A ruivinha sapeca é uma daquelas menininhas que conquistam e encantam multidões.

O orfanato é o seu lar e a freira diretora da escola e as colegas são a família dela. Sua vida segue tranquila até que o velho e rabugento dono da casa resolve vender a propriedade. Madeline lidera o grupo, disposto a fazer o que for preciso para manter a família unida.

Durante as histórias, todos falam algumas palavras e expressões em francês, ensinando naturalmente ao público infantil um pouco do idioma. Apesar de simples, o desenho está longe de ser bobinho ou infantil demais. Sem excentricidades ou grandes novidades, o programa não tem excessos ou faltas - é tudo na medida certa. As tramas sempre têm um fundo educativo claro e receptivo, sem soar forçado demais. Há ainda a participação de um narrador, que fala usando rimas, um recurso a mais paa chamar a atenção dos espectadores mirins.

Personagens

Madeline - a protagonista da animação tem cerca de 8 anos e perdeu a mãe cedo. O fato trágico fez com que tivesse de morar no Orfanato de Lorde Croissant, que tem como tutora a Senhorita Clavel.

Senhorita Clavel - bondosa e tutura das meninas, ela é como uma mãe para elas.
Sempre se veste como freira e ama muito as garotinhas que têm sob seu teto.

Pepito - menino rico, ele é um grande amigo de Madeline. É curioso e muito esperto, tendo como hábito levar as meninas para viajar a diversos países ao redor do mundo, como Turquia, Espanha e Egito.

Cloe - uma das melhores amigas de Madeline tem cabelos ruivos e toca muito bem violino. Ela é muito querida no orfanato.

Nicole - outra amiga da protagonista, que é conhecida por ser muito chorona.

Genevieve - a cachorrinha mestiça de Madeline é muito esperta e sabe fazer coisas incríveis, como nadar e contar.

Yvett - outra amiga da Madeline, ela é muito vaidosa e, às vezes, chata e egoísta.

Lorde Croissant - o senhor rabugento dono do orfanato das meninas.

Paquito, Pablito e Panchito - são os primos de Pepito e muito mal-educados. Costumam zombar de Madeline e suas amigas por elas não terem família nem dinheiro.

Exibição: segunda a sexta, 13h, canal Futura

Indicação: a partir dos 5 anos

Confira a abertura do desenho abaixo.



(shirley paradizo)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Seu filho vê: Capitão Flamingo

Cansado de ser excluído pelas crianças mais velhas, o garoto Milo Powell veste sua roupa do super-herói Capitão Flamingo e ajuda crianças em apuros. E não importa em qual situação de perigo elas se encontram - desde problemas como uma como uma casa de árvore invadida por esquilos mutantes e um cabeleireiro destruidor de cabelos até uma roupa de banho que foi parar no fundo da piscina.

Ao contrário do que parece, Milo não tem superpoderes, mas uma vontade enorme de ser um grande herói. Armado com sua mochila cheia de brincadeiras e produtos para piadas, o garoto salva o mundo todo dia com uma “pequena” ajuda de Lizbeth, sua melhor amiga, aliada e admiradora secreta. Basta gritar "Uh-oh, Flamingo!" e o menino logo chega para salvar o dia na mais forma inesperada.

"Capitão Flamingo é sobre ser um garoto em um mundo adulto - onde as crianças têm problemas tão importantes como os adultos", disse Siegel Bonita, diretor de produções da Corus Children's Television ao site Canal Canada. "Quem entre nós nunca pensou em se vestir como um herói em algum momento de nossas vidas (bem, talvez não um flamingo!). Capitão Flamingo pode ser rosa, mas ele é definitivamente memorável ", completa Kevin Gillis, produtor executivo da série animada.

O desenho não é um primor em termos de roteiro e realização, mas tem seus bons momentos, como mostrar às crianças que, mesmo sem superpoderes, é possível enfrentar as situações difíceis que surgem em seu cotidiano ou ainda ajudar um amigo com problemas. Claro que, no desenho, tudo é colocado de forma bem exagerada, o que rende ótimas piadas, tanto para as crianças como para os pais - que podem se divertir ao relembrar as situações embaraçosas que um dia passaram ao tentar encarar esse mundo tão complicado: o dos adultos. Confira abaixo a galeria dos personagens.

Milo Powell - equipado com imaginação e fé suficientes para se tornar um super-herói, ele consegue se manter de pé bravamente com as meia-calças superapertadas, o capacete de bico de flamingo pesado e a capa, pronto para pôr ordem no mundo. Com Milo, as coisas raramente saem como planejadas, mas terminam de uma forma positiva. Ele carrega uma carga pesada pela responsabilidade de ser herói, pois as crianças sempre recorrem a ele, que leva a tarefa muito a sério, como se o destino do mundo dependesse disso!

Lizbeth Zaragoza - garota concentrada e organizada, ela se torna um poço de sentimentos confusos quando Milo Powell entra em cena. Ela é uma seguidora devotada a ele e relatora de seus feitos heróicos. E também a voz que sempre o aconselha e o faz salvar o dia. Forte, a esperta Lizbeth acredita que garotas amadurecem mais rápido que os meninos, então sabe que um dia Milo vai entender tudo e se apaixonar por ela. Mas, por enquanto, está disposta e guiá-lo e esperar por esse dia especial.

Thor Powell - o bebê irmão mais novo de Milo adora rastejar atrás dele e esconder sua capa, além de babar nas meias-calças. Milo sempre precisa se desdobrar entre a jornada de herói e ser babá de Thor.

Max - garoto esperto, é o mais sofisticado de todas as crianças da rua. Não é culpa dele, mas é duas vezes mais alto que os demais e têm um problema ridículo de dicção. Com sorte, Capitão Flamingo sempre o livra dos problemas.

Rutger - ele sempre morde mais do que pode mastigar. Por exemplo, em vez de brincar com um barquinho em uma piscina, prefere construir um navio monstruoso do calibre de um Titanic de brinquedinhos flutuantes só para afundar dramaticamente com ele a bordo. A única criança que pensa tão grande quanto ele é o Capitão e Rutger sempre pede seu auxílio.

Owen-Only - filho único superprotegido, foi mantido dentro de uma bola de cristal toda sua vida e nunca pôde fazer coisas normais de criança. Ele está bem atrás de todas as crianças em termos de experiência. Essa criança nunca experimentou junk food, nunca sentiu o vento tocar seu cabelo enquanto andava de patinete ou contou uma piada sobre pum. Na maior parte do tempo, é preciso perdoá-lo por não entender as piadas, sempre falar o óbvio e, às vezes, ele beira o insuportável.

Avi - tem um talento especial para desastres. Será somente azar ou culpa dos cachos longos que cobrem seus olhos? Seja qual for a causa, Avi é algo desastroso. Basta apenas um de seus “uh-oh” para desencadear uma inevitável cadeia de acontecimentos inimagináveis. Capitão Flamingo não se importa de limpar a bagunça dele, mas às vezes ele gostaria que o garoto pudesse avisá-lo antes de fazer as coisas, pois se ele vai com a mãe no shopping chinês na segunda, Milo precisa desmarcar a agenda de compromissos da semana!

Wendell - o primo de Milo também é seu inimigo. Eles estão sempre competindo entre si. Wendell não cansa de falar aos outros que é muito melhor que Milo em tudo (pelo fato dele ser um pouco maior que o primo). Um pouco nerd, Wendell sempre recorre à matemática ou ciência para se sobressair. Sua última invenção é seu alter ego superheróico, Comandante Whopping Crane.

Ruth Ann - a versão loira de Lizbeth e sua rival, Ruth Ann tem Milo na ponta do dedo, como todos os garotos da cidade. Ela deixa Lizbeth em ponto de explosão e mais de uma vez votou em não salvar sua inimiga porque ela sabe que se ela brincar com o coração de Milo, vai destruí-lo. Então ela briga com Ruth Ann pelo seu menino dos olhos toda vez.

Tabitha - tem duas opções na vida: surtar e surtar. Todo dia a vida dela está a todo vapor. Qualquer momento do dia é planejado e ela deseja terminar a faculdade e tornar-se médica. Mas quando a vida de alguém se move de forma tão rápida quanto a sua, as coisas deslizam com facilidade e Capitão está sempre lá para juntar os pedaços.

Sanjay - tipo de garoto que se distrai com facilidade. Na verdade, nem ele mesmo percebe que está prestes a ser salvo pelo corajoso e sempre atento Capitão.

Otto - ele poderia ser um gênio... ou um completo pirado. O problema é que a resposta para esse enigma só ficará clara depois que ele crescer. Por enquanto, constrói robôs que não dão certo e desenvolve universos paralelos que fogem de seu controle. Mas, Capitão salva Otto com freqüência e sem perguntar nada a ele – e talvez possa até considerá-lo seu cliente favorito.

Kirsten - a garota doce acredita veemente no Capitão Flamingo e está sempre fazendo um trabalho sobre ele na faculdade. Quando fica perto de Milo dispara perguntas de fãs que sempre começam com “eu estava apenas pensando...”.

Exibição: sábados e domingos, 6h30, Nickelodeon

Indicação: a partir de 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Seu filho vê: Peixonauta

A luta de um peixe e seus amigos para manter o meio ambiente em ordem se transformou em um grande sucesso entre as crianças. Peixonauta foi o programa mais visto por crianças de 4 a 11 anos na TV paga, em seu horário de exibição (das 19h30 às 20h), na semana em que estreou (20 a 24 de abril). A faceta tem uma explicação.

Dividida em 52 episódios de 11 minutos apresentados em 26 blocos, a série animada explora os temas cidadania, ecologia e sustentabilidade ambiental de maneira acessível, divertida e interativa, que permite à criança refletir sobre a importância do ambiente para o futuro do planeta. Ou seja, é repleta de boas intenções. Além disso, e o mais importante, fala a língua da garotada.

Peixonauta é uma animação 100% nacional, realizada em uma parceria entre a excelente TV PinGuim e o Discovery Kids. Até a trilha sonora leva a assinatura de um artista tupiniquim. As canções são de responsabilidade de Paulo Tatit, do Palavra Cantada, e trabalha elementos e instrumentos tipicamente brasileiros. "Nós tivemos a preocupação de desenvolver um produto essencialmente brasileiro sem que fosse marcado por isso", afirmou Kiko Mistrorigo, idealizador da série ao lado de Célia Catunda.

Como não bastasse, o desenho tem um roteiro para lá de interessante e muito bem escrito e desenvolvido. Na trama, o peixe que dá nome ao título do animado trabalha como agente da O.S.T.R.A. (Organização Secreta para Total Recuperação Ambiental) e tem como missão buscar soluções para proteger o meio ambiente. Nessa busca, ele conta com a ajuda da menina Marina e do macaco Zico. Mas nem tudo acontece embaixo d'água. Para desvendar os mistérios e encontrar soluções para proteger o meio ambiente, ele usa um escafandro cheio d’água (o Bublex), que permite ao peixinho viver entre o “mundo molhado” e o “mundo seco”.

Ele e seus amigos recebem dicas de como solucionar cada problema por meio da POP, uma bola mágica que traz dentro de si pistas para que os personagens resolvam os mistérios. A bola só se abre quando todos repetem uma sequência de movimentos de percussão corporal que muda a cada episódio. Nessa hora, eles pedem a a ajuda de seus amiguinhos do outro lado tela, levando as crianças a interagir com o desenho.

Temas complexos como diversidade da fauna, reciclagem, compostagem, contaminação da água e metamorfose são apresentados às crianças em idade pré-escolar por meio de uma linguagem dinâmica e lúdica, sem nunca deixar de lado a fantasia.

Essa popular turminha, em breve, também poderá ser vista nas salas de cinema. Peixonauta já tem previsto um longa-metragem a ser lançado em 2010. Enquanto isso não acontece, vale curtir essa primorosa produção na TV.

Exibição: segunda a sexta-feira, 11h30 e 19h30, Discovery Kids

Indicação: todas as idades

(shirley paradizo)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Seu filho vê: Naruto

Adaptado do mangá homônimo criado por Masashi Kishimoto, Naruto gira em torno de um grupo de jovens ninjas que aspiram se tornar grandes guerreiros, enfrentando tipos barras-pesadas em um universo recheado de referências às filosofias orientais. O desenho foi exibido pela primeira vez em 2002, na TV Tokyo, do Japão. Desde então, virou febre e arrebatou milhões de fãs no mundo, inclusive no Brasil. Mas qual será o segredo do sucesso de Naruto ao redor do planeta?

Reposta bem simples. O desenho é uma metáfora sobre os problemas que qualquer adolescente enfrenta em seu dia-a-dia, como preconceito, auto-afirmação, primeiro amor, rebeldia e o auto-descobrimento. Outro ponto forte é o fato de retratar a arte ninja, uma das principais referências da cultura japonesa, de forma bem interessante para o público adolescente e adulto. E ainda tem a irresistível história de vida do protagonista.

Desde o primeiro episódio, é difícil resistir à triste história do protagonista. Uzumaki Naruto tem, literalmente, “o diabo no corpo”. Tudo por que uma raposa diabólica que ameaçava a vila onde ele morava é trancada em seu corpo quando ele ainda era um bebê. Por causa desse fato nefasto, sofre represálias e passa a ser um excluído. Aos 12 anos, ele se torna uma criança-problema, ao mesmo tempo em que busca a redenção ao superar os obstáculos para se tornar o maior ninja de todos os tempos. Mas não é tão fácil.

Em seu primeiro teste na escola de ninjas, ele é reprovado. Em seguida, apaixona-se por uma colega e não é correspondido. Para piorar, não consegue controlar seus poderes. Sua má sorte e seu jeito desajeitado rendem ótimos momentos de humor. Apesar de o canal Cartoon ter optado pela versão americana do desenho, na qual muitas cenas mais pesadas foram censuradas, Naruto é indicado para crianças com mais de 9 anos, por conter de violência, mortes e uma trama mais densa e detalhista.

Personagens

Uzumaki Naruto – órfão, ele é barulhento, atrapalhado e chato, mas honesto. Um de seus maiores poderes é a auto-confiança e seu sonho é se tornar o maior ninja de seu mundo.

Uchila Sasuke – Apesar da aparência fria, distante, tem um coração gentil e se preocupa com os colegas. Todas as garotas são fissuradas nele e os colegas o invejam, inclusive Naruto.

Haruno Sakura – Seu sonho é virar ninja e seguir com Sasuke. Fraca no começo, cresce muito no decorrer da série, deixando de ser uma chorona e se tornando uma mulher determinada.

Hatake Kakashi – O jeito desleixado engana. Forte e determinado, Kakashi é o melhor do grupo, por isso tem como trabalho assistir e treinar a sua equipe.

Exibição: segunda a sexta, 12h, SBT

(shirley paradizo)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Seu filho vê: Teatro Rá Tim Bum

Ao entrar no estúdio de gravações do Teatro Rá Tim Bum, um mundo encantado se abre à sua frente. Muita cor, brilho e um vaivém de animais falantes enchem os olhos de satisfação. Não fosse pelas câmeras, os holofotes e os constantes gritos de “gravando” ou “corta”, a sensação é a de se estar dentro da história de Alice no País das Maravilhas. Porém, para quem está no local participando da gravação, a conversa é outra. No ano passado, acompanhei um dia nas gravações de uma das telepeças do programa, Todo Bicho Tudo Pode Sendo o Bicho que se É!, e entendi que levar magia para as crianças pode ser compensador, mas não é nada fácil.

A intenção da atração é transformar grandes clássicos como Rapunzel e Os Três Porquinhos em versões para o teatro televisivo. Histórias originais também são bem-vindas. É o caso de Todo Bicho Tudo Pode Sendo o Bicho que se É!, sobre três bichos que buscam o sonho de se serem em algo que não são. “O pavão quer ser um gato; o pombo, um pavão; e a passarinha, que ainda é bebê, quer voar. Mas, no fim das contas, eles descobrem que ser eles mesmos é muito melhor. E isso que é o legal dessa história, mostrar que o legal e serem elas mesmas”, conta a diretora Bete Rodrigues. “As produções são sempre caprichadas, com cenários bacanas e figurinos coloridos. Tudo isso só para dar à garotada a oportunidade de ver imperdíveis peças teatrais, sem sair de casa”, completa.

Para levar esse universo fantástico às crianças do outro lado da telinha, o trabalho de toda a equipe do programa começa meses antes do início das gravações, quando Bete percorre os teatros para garimpar as peças infantis. “Hoje mesmo vou sair daqui correndo para ver uma peça que pode ser nossa próxima investida.” Após a escolha do tema, a equipe do Teatro se reúne com o grupo de atores que participou da peça para decidirem as mudanças no roteiro. “Teatro e televisão são mídias muito diferentes. Então, temos de fazer a adaptação dessa história para um formato e uma linguagem televisiva”, conta Bete.

Nas peças em que há a participação da platéia, por exemplo, é preciso usar a criatividade para que não fique a sensação de um “buraco” em cena. “Inventamos novas sequências, transformamos essa interação em diálogos, colocamos personagens ou tiramos outros. Mas sempre mantendo a essência da história e cara do grupo que a apresentou a história nos palcos. Afinal, são os próprios atores da peça que irão atuar no nosso teleatro.”

Cerca de 20 depois, as gravações são iniciadas e, com ela, a corrida contra o tempo. “Temos apenas uns quatro dias para gravar os 45 minutos de programa, contando com a montagem de cenário. Normalmente, trabalhaos das 14h às 21h, mas os atores chegam bem mais cedo para se aprontar e ensaiar”, conta. Aí, é um tal de arrumar cabelos, fazer maquiagens, ajustar roupas e perucas e ficar andando de um lado para o outro “recitando” as falas dos personagens.


Como os atores são profissionais do teatro e nunca tiveram contato com as câmeras, o processo de gravação é mais lento. Uma sequência de 3 a 5 minutos demora aproximadamente 1 hora para ser gravada. “Além de termos de parar várias vezes para retocar a maquiagem dos artistas, trocar o cenário de lugar, é preciso orientar os atores. Às vezes, eles se perdem um pouco, então temos de explicar a cena, suas falas, para onde devem olhar, falar o que está acontecendo”, diz Bete.

Porém, ninguém reclama. Ao contrário. “É bem puxado, mas, quando assistimos o resultado final, ficamos orgulhosos de nosso trabalhos. Os atores nem conseguem acreditar que aquela bagunça toda virou algo mágico”. Realmente é mundo encantado, no qual as crianças podem soltar a imaginação. Confira abaixo uma entrevista com a diretora.

Há quanto tempo existe O Teatro Rá Tim Bum?
Gravamos o primeiro programa, em março de 2006, foi a adaptação da peça As Velhas Fiandeiras. Era para ser apenas um especial, mas o retorno da audiência foi grande e pessoal do canal adorou a idéia. Este ano, o Teatro virou série. Ou seja, agora temos de gravar uns 13 programas por ano. Isso por que todo mês a TV Rá Tim Bum tem de exibir uma telepeça diferente, mesmo que as antigas sejam reprisadas. Todo Bicho Tudo Pode Sendo o Bicho que Se É! é a primeira do ano, então temos mais 12 pela frente! Vai ser uma maratona e tanto, mas farei com prazer.


Por que reaproveitar os atores da peça do teatro em vez dos da TV?
Isso vem do projeto. Eles já estão ensaiados, com o texto na ponta da língua e isso agiliza as gravações. Além disso, não achamos justo procurar outros atores. Nesse caso, a negociação seria outra. E é legal, pois mostramos gente nova televisão, sempre um rosto diferente, descobrimos pessoas e também preservamos o teatro. Afinal, essa é a intenção, é teatro televisivo. Se colocarmos atores conhecidos, vira uma novelinha e não um teatro infantil.


Os figurinos e o cenário também são os mesmos usados na peça?
Não usamos quase nada. Os figurinos aproveitamos muito pouco, mas procuramos criar novos sempre respeitando a idéia original. Na TV, tudo precisa ser mais pomposo e com mais brilho para chamar a atenção das crianças. A personagem enguia, por exemplo, originalmente usava uma tailer rosa e branco, bem simples. Na TV, colocamos lente de contato branca, roupa mais brilhante, para dar a magia que um programa como esse exige. Já os cenários, é tudo novo. O que funciona no teatro, não funciona para a gente.


Como os atores não são profissionais da TV, é preciso algum trabalho especial?
Eles não têm a linguagem da TV, como não fixar os olhos na câmera, fazer cena a cena e não como no teatro, que é tudo seqüencial. A maioria deles nunca fez TV e, quando vê o estúdio e os equipamentos, ficam meio assustados. Mas sempre tiram tudo de letra.


(shirley paradizo)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Seu filho vê: Dora, a Aventureira

Aprender números, palavras e até outro idioma se torna bem mais fácil com a série animada Dora, a Aventureira, uma simpática garotinha que vive muitas aventuras para salvar quem está em perigo. Ao lado do macaquinho Botas, Dora tenta descobrir como ajudar alguém que está com problemas em qualquer lugar do planeta. Para isso, eles contam ainda com o personagem Mapa, que em cena para mostrar o caminho a ser seguido, sempre em três etapas. No trajeto entre uma etapa e outra, pode ser necessário usar alguns dos objetos que Dora carrega em sua Mochila. Também pode aparecer o Raposo, que, apesar de não ser exatamente malvado, sempre tenta roubar os objetos de Dora e seus amigos.

O espectador tem um papel muito importante em cada história de Dora e seus amiguinhos Botas, Mapa e Mochila, ajudando os personagens a cumprir a sua missão. Por mais que tenha a orientação geográfica do Mapa e dos objetos de Mochila, Dora sempre recorre ao espectador para saber qual será o próximo passo ou relembrar seus planos, fazendo perguntas diretamente para quem está do outro lado da tela. No final de cada missão, a garotinha se dirige para seu público para saber qual foi a parte do desenho que mais gostou.

A proposta do desenho é fazer com que a platéia se sinta como se estivesse na frente de um computador, podendo usar um "mouse" imaginário para responder a cada pergunta. A animação ainda leva pequenos aprendizados para as crianças de forma divertida. Enquanto ajudam Dora a seguir o melhor caminho, as crianças aprendem com a protagonista cálculos, nomes de cores e objetos e até palavras em inglês - por meio de um recurso chamado “pausa coreografada”, uma pausa longa o suficiente para permitir que as crianças assimilem novos conhecimentos.

Dora, a Aventureira foi indicada quatro vezes ao Emmy Awards (2004 a 2006) e virou febre nos EUA, sendo um dos programas mais assistidos pelas crianças em fase pré-escolar desde 2002. A série ainda rendeu diversos produtos, como roupas, acessórios, games, papelaria entre outros.

Exibição: segunda a sexta, 9h, Nickelodeon

Indicação: a partir de 3 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Seu filho vê: Teca na TV

Em 2007, acompanhei os bastidores da nova safra do programa Teca na TV, que considero altamente recomendável para as crianças e, por isso, é uma das atrações que selecionei para o Seu Filho Vê. Produzido no Brasil, o programa acompanha o dia-a-dia de uma garotinha sapeca que, ao lado dos pais, do irmão e dos amigos, vive muitas aventuras no bairro onde mora. Aqui vai o texto que saiu desse encontro bacana com atores e equipe do Teca para você conhecer melhor um pouco desse programa para lá divertido e que tem muito a ensinar para a garotada.

Depois de quatro anos sem uma nova temporada, o programa infantil Teca na TV está de volta completamente reformulado. Neste ano, a menina vive aventuras em um lugar colorido e real. “Antes a série se passava em um cenário virtual, agora as filmagens acontecem em uma locação”, conta o diretor Caetano Caruso. Sala de jantar, quartos, cozinha, quintal e até uma garagem que faz as vezes de oficina maluca compõem o novo universo de Teca. “Tivemos de fazer uma big reforma no imóvel, mudamos parte elétrica, derrubamos paredes, pintamos e decoramos. Tudo isso em apenas 15 dias!”, diz a produtora Deca Farroco. E esse foi só um começo das mudanças.

O elenco é totalmente novo e liderado pela atriz-mirim Clara Tiezzi na pele da garota do título da série. Teca e seu irmão, Guto (José Carlos Gurgel), também ganham outros amigos: Bia (Gabrielly Martins Nunes), Nara (Manuela Soares Raposo) e Vitor (Luigi Matheus). Neste ano ainda finalmente serão apresentados para o público os pais da garota, interpretados por Josie Antello e Antônio Fragoso. “Há ainda o avô da Bia, um tipo de cientista maluco que tem uma oficina na casa de Teca”, fala Deca. De todas as transformações, a principal delas foi o formato. “O Teca tem cerca de 20 minutos de duração, sendo que cinco são de dramaturgia e o restante, pequenos quadros com animação e documentários”, diz Caetano. A essência, porém, permanece a mesma. Teca na TV continua a estimular as crianças em áreas diversas, desde cuidados pessoais e meio ambiente até ética.

Porém, transformá-lo em um programa moderno e antenado não foi uma tarefa fácil para a equipe. “Foram quatro meses de filmagens, sendo que cada episódio de três minutos levava em média duas horas para ser gravado. Filmamos mais de 200 mini-capítulos”, conta o diretor Caetano. Já para os atores-mirins a maratona foi bem cansativa. “Vamos para a escola de manhã, depois gravamos à tarde e à noite fazemos os deveres de casa. Ás vezes, temos saudade de brincar e inventamos brincadeiras nos intervalos das gravações mesmo”, fala a protagonista Clara. O tempo livre no set é bem curto.

Apesar de chegarem com o roteiro na ponta da língua, é preciso fazer ajustes e uma simples cena de um segundo pode demorar mais de vinte minutos para ser gravada. Mesmo assim, eles não reclamam e adoraram participar de tudo isso. “É muito legal gravar e ficamos todos grandes amigos. O José Carlos até passou cinco dias na minha casa quando os pais deles viajaram. Nós aprontamos bastante”, completa Clara.

Apesar do jeito sapeca dessa turminha, eles encaram o trabalho feito gente grande, surpreendendo a equipe com sua dedicação, talento e criatividade. “São crianças inteligentes e com muitas idéias na cabeça. Elas chegam ao set com suas falas decoradas, mas as interpretam da forma que acham que deve ser”, fala Caetano. Se isso é um problema? Que nada. O diretor aproveita essa inocência e imaginação dos pequenos em proveito do programa: “Basta encontrar um ponto de equilíbrio entre o que elas pensam com o que eu preciso para a história.” O resultado é realmente incrível. É como entrar em um universo fantástico, cheio de magia, cor e crianças que se divertem enquanto aprendem.

NOVOS PERSONAGENS integram a terceira temporada de Teca na TV. A menina agora compartilha suas incríveis aventuras com o irmão Guto, os amigos Nara, Vitor e Bia, os pais e um simpático avô que faz experiências bem malucas.

A MUDANÇA NO CONCEITO do programa foi fundamental para a modernização do programa. Para imprimir o ar de quadrinhos, o diretor Caetano Caruso optou pelo uso de apenas uma camêra grande angular, para valorizar mais os personagens e o cenário.

OS CENÁRIOS VIRTUAIS foram deixados de lado. Agora a garota e seus amigos vivem aventuras em uma casa de verdade, com sala de jantar, quartos, cozinha, quintal, varanda e uma oficina. O imóvel passou por uma reforma especial para ser transformado no universo da Teca.

Garota travessa
De sorriso fácil e muito falante, a atriz Clara Tiezzi, de 8 anos, se parece muito com a personagem que interpreta: tem energia e esperteza de sobra

Como é viver no mundo da Teca?
É um paraíso, adoro todos que trabalham no programa e toda a equipe.

Você acha que sua vida vai mudar?
Acho vai ser uma correria. Tenho certeza de que na hora do recreio terei de ficar trancada no banheiro, porque todos os meus amigos vão querer comentar. Sei disso, por que uma vez fiz um polvo em uma peça na escola e os meninos ficaram o tempo todo me zoando, pedindo autógrafo. E acho que com o Teca vai ser igualzinho.

Como é seu relacionamento com as outras crianças do show?
Gosto de todos elas. A Gabrielly (que interpreta Bia) eu já conhecia antes lá da agência, fizemos alguns cursos juntas. Os outros conheci nas filmagens, mas parece que somos amigos há anos.

Do que vai sentir mais falta quando as gravações acabarem?
De tudo. No mês passado, tivemos uma semana de folga para remontarem o cenário e eu fiquei muito triste. Um dia estava olhando pela janela do apartamento onde moro pensando nas filmagens e, quando percebi, estava com lágrimas no olho. Vou sentir falta das pessoas e das gravações também. Todos daqui são muito bacanas.

Você se parece com a Teca?
A Teca é muito travessa, sempre fica perturbando o irmão. Ela é uma menina com muita pilha, não pára quieta e quer fazer tudo ao mesmo tempo. Ela ama salada, e eu não detesto. Ela vive o tempo todo comendo, eu não. Só tomo café-da-manhã, almoço, faço um lanchinho e depois janto. Bem, eu também tenho bastante pilha.

Exibição: segunda a sexta, 9h, 14h e 19h, Canal Futura

Indicação: a partir dos 5 anos

(shirley paradizo)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Criança & TV: Sem benefícios para os bebês?

A relação entre as crianças e a televisão sempre foi alvo de polêmica. Agora, uma pesquisa americana sugere que a TV não traz nenhum benefício às habilidades cognitivas e motoras de seu filho antes dos 2 anos de idade. De acordo com o estudo, o que faz diferença realmente para o desenvolvimento infantil é o contato com os pais. E não é só isso: conta também o tipo de ambiente doméstico e as relações entre mãe e filho, por exemplo.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas avaliaram 872 crianças em três fases diferentes - aos 6 meses de idade, com 1 e 2 anos - e pediram às mães para preencher um questionário sobre os hábitos dos pequenos. De acordo com Sebastião Alves de Souza, psicólogo da clínica Escola VínculoVida, a TV realmente não tem tanta influência antes dos 3 anos. "A criança, nessa fase, ainda não é tão verbal. Ela vai aprender mais com o toque, o cafuné, o aconchego." A Sociedade Americana de Pediatria, inclusive, não indica programas televisivos até essa idade.

Mas não se preocupe se você deixa seu filho em frente à tela por algum tempo enquanto termina de preparar o jantar ou de se arrumar para sair. De acordo com a pesquisa, apesar de não promover benefícios para o desenvolvimento da criança, os programas televisivos também não trazem prejuízos. Bia Rosenberg, autora do livro A TV Que Seu Filho Vê – Como Usar a Televisão no Desenvolvimento da Criança (leia entrevista aqui), afirma que o importante é não exagerar. “Os pais devem escolher programas adequados e prestar atenção no comportamento do filho, reparar se ele não fica muito agitado após ver TV...”, diz.

Televisão e mau comportamento
Scooby-Doo ou Pokemon poderiam estimular mau comportamento? Em outra pesquisa, também divulgada recentemente, o tema foi a relação entre programas televisivos e as crianças maiores, de 10 a 11 anos de idade. Pesquisadores da Iowa University, dos Estados Unidos, avaliaram 95 meninas nessa faixa etária e verificaram que elas imitam atitudes “negativas” dos personagens, como fazer fofocas, mostrar desdém e usar uma linguagem mais agressiva.

Além de Scooby-Doo e Pokemon, os estudiosos avaliaram programas como American Idol, Lost e Buffy, a Caça Vampiros. Maria Ângela Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP, diz que os programas infantis podem, sim, influenciar os comportamentos das crianças. Mas, antes de culpar apenas a televisão, é preciso avaliar o contexto. “Um filme ou desenho, apenas, não vai ser o problema. A questão é que muitas crianças passam um bom tempo vendo TV sozinhas”, diz.

Cabe aos pais, então, explicar o que é ou não adequado, pois, a criança vai copiar a fala do personagem simplesmente pelo prazer de imitar. “É por meio do diálogo que ela vai aprender a refletir sobre o que é considerado mau comportamento e deve ser evitado”, diz.

Como reduzir as horas em frente à televisão
Não é preciso proibir o acesso de seus filhos à TV. Basta tomar alguns cuidados.

• Escolha, junto com a criança, o que ela realmente quer assistir, em vez de deixá-la zapeando à vontade.

• Estimule seu filho a se distrair com outras atividades logo após o desenho favorito, como fazer esportes, brincar ou ouvir música.

• O diálogo é sempre a melhor saída. Reserve um tempo para ver TV junto com a criança e explique a diferença entre ficção e realidade.

• Leia para seu filho antes mesmo de ele se alfabetizar. Isso vai estimular o interesse dele pela leitura. Em vez de usar a TV como “embalador de sono”, use livros.

• Limite o tempo e os horários. Deixe que a criança veja TV, por exemplo, só depois de fazer a lição ou até começar o horário da programação adulta. Outra sugestão é fazer um “acordo” com seu filho.

• Reduza o tempo durante a semana, mas deixe um pouco mais aos sábados e domingos.

* fontes: bia rosenberg, autora do livro a tv que seu filho vê; maria ângela carneiro, professora da faculdade de educação da puc-sp; sebastião alves de souza, psicólogo da clínica escola vínculoVida.

** texto de simoni tinti, publicado originalmente no site da revista crescer

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Seu filho vê: Edgar & Ellen

Os irmãos gêmeos Edgar e Ellen vivem sozinhos com o bichinho de estimação Bicho (uma criatura peluda de um olho só) em umamansão abandonada, em frente a um cemitério. A diversão dos pestinhas protagonistas de Edgar & Ellen é pregar peças (as mais criativas e maldosas possívies) um no outro e no coitado contra o pobre Bicho, além de infernizar os vizinhos. E tudo para espantar o tédio. Certa vez, sem muito o que fazer, eles decidem viajar, mas, como não têm dinheiro, roubam todos os animais de estimação dos vizinhos a fim de transformá-los em criaturas exóticas e vendê-las.

Certa vez, sem muito o que fazer, eles decidiram viajar, mas, como não tinham dinheiro, roubaram os animais de estimação dos vizinhos a fim de transformá-los em criaturas exóticas e vendê-las. Ou seja, a duplinha é da pesada, sempre se mete em encrenca e acaba pagando um preço alto pelos problemas que criam àqueles a seu redor. Não sem antes provocar desastres na pacata cidade onde moram, viver grandes aventuras e arrancar boas gargalhadas dos espectadores.

A cada episódio, eles têm de encarar de frente seus erros, deixando-nos a sensação de que "o crime não compensa" - uma boa lição para as crianças e apresentada de forma divertidíssima. O desenho foi inspirado em livro infanto-juvenil homônimo criado por Charles Ogden, que já foi traduzido para 12 idiomas, em mais de 60 países.

Exibição: segunda a sexta, 10h30, Cartoon Network

Indicação: a partir dos 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Seu filho vê: Kim Possible

Divertida série animada assinada pelo estúdio Disney, Kim Possible gira em torno de uma adolescente inteligente e alegre que mora na cidade de Middletown. A menina que dá nome ao título do desenho encara os mais perigosos vilões pelos quatros cantos do planeta. Sua vida de heroína começou após criar uma página na Internet dizendo “Faço qualquer coisa”. Desde então, ela recebe milhares de pedidos de socorro de todo o mundo.

Graças ao conselhos sempre bem-vindos que seu amigo Wade envia pelo "kimunicador” – um pequeno aparelho que a mantém conectada à rede o tempo todo –, Kim encontra a melhor maneira de vencer seus inimigos. Ao lado de Ron Stoppable e de sua mascote Rufus - uma toupeira careca amestrada capaz de entrar nos lugares mais inacessíveis -, ela luta contra as tarefas escolares e as mais extraordinárias aventuras ao redor do mundo. E, às vezes, descobre que vencer os malvados é mais fácil que enfrentar as pressões comuns da adolescência.

Curiosidades
- A série animada teve quatro temporadas e 88 episódios, uma marca raramente atingida por um desenho produzido pela Disney. Normalmente o estúdio produz 56 episódios, divididos em três temporadas. Mas, devido ao sucesso do animado, uma quarta temporada foi realizada na qual Kim e Ron começam a namorar a pedido dos fãs.

- O último episódio da trama tem uma hora de duração e é ambientado na faculdade, trazend um desfecho bem curioso e incomum no gênero.

- Além da série de animação, Kim Possible protagonizou dois filmes, um CD musical e seis games.

- O desenho foi premiado com um Emmy Awards.

Exibição: segundas, 12h30, Disney Channel

Indicação: a partir dos 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Seu filho vê: George, o Curioso

Na década de 1920, o casal alemão Hans Augusto e Margret Rey passou a fazer do Brasil sua moradia. Quanto mais conheciam o país, mais a dupla se encantava com a diversidade da nossa flora e fauna, sobretudo com os macacos. E foi aqui que nasceram os primeiros esboços do viria a ser a série literária George, o Curioso, protagonizada por macaquinho travesso e simpático que até hoje encanta adultos e crianças no mundo todo. Em 2006, Carol Greenwald e Ellen Cockrill transformaram as páginas dos livros em um longa-metragem e, em seguida, em uma divertida série animada.

Fiel aos propósitos dos criadores do personagem, o desenho mantém o traço, a caracterização e o clima das obras. A cada episódio, George explora tudo que há a seu redor e, graças ao seu desejo insaciável de entender como as coisas funcionam, ele vive aventuras incríveis – levando sempre consigo os pequenos telespectadores a embarcarem em uma verdadeira jornada lúdica de conhecimento e exploração do mundo. O desenho introduz, de maneira simples e divertida, conceitos básicos de matemática, ciência e engenharia.

Além de George, o desenho traz outros personagens, como o o Homem do Chapéu Amarelo (melhor amigo e mentor de George), os irmãos Betsy e Stev, o cozinheiro Chefe Pisghetti, a Professora Wiseman, entre outros. Conheça um pouco mais sobre a série nesta entrevista com Carol Greenwald, com quem conversei em outubro de 2008, época em que o desenho estreava no canal Discovery Kids.

Como George, o Curioso entrou na sua vida?
Eu cresci com meus pais lendo os livros da série para mim e hoje eu os leio para meus filhos, desde que eram muito pequenos. George, o Curioso é uma obra clássica, com histórias muito ricas. Além disso, moro em Boston, Massachusetts, que é onde Margret e Hans Rey se estabeleceram quando se vieram para os EUA. Não os conheci pessoalmente, mas tive contato com os editores originais dos livros e as pessoas que trabalharam para eles. Isso, de uma certa forma, me aproximou mais deles e me fez querer conhecer um pouco mais suas obras.

Então, transformar os livros em uma série de TV sempre foi um sonho?
Eu amo os livros do George e gerações de crianças também. Eles foram publicados por mais de 65 anos e achei que seria uma oportunidade maravilhosa apresentar às crianças essas histórias bem-humoradas no contexto da televisão. E, acima de tudo, eu adoro o personagem em si. Ele é muito curioso, divertido e tem muito a ensinar às crianças, fazendo com que despertem o interesse por ciência, matemática e engenharia.

A série tem já tem cerca de 60 episódios produzidos. Como tirar tudo isso de uma coleção de apenas oito livros?
Os livros ajudaram a definir o mundo de George, mas depois foi preciso expandir um pouco. Para isso, pesquisamos as ilustrações originais e tentamos ler a história escondida em cada linha, imaginando o que os Rey estariam pensando. Assim, encontramos personagens nos planos de fundo, um cocker spanniel em algum lugar; um gato, em outro; o porteiro do edifício... Pegamos todos eles e lhes demos personalidades e papéis mais importantes na série animada, de modo que pudéssemos ter mais personagens para mais histórias.

Em geral, nas animações infatis, os animais falam, andam e têm atitudes de gente. Por que George é diferente?
Margret Rey deixou claro em seu testamento que o personagem nunca deveria falar. Ela queria que ele permanecesse o mais parecido possível com um macaco e que não fosse se tornando cada vez mais humano. Nossa equipe acredita que essa decisão faz com que George seja único e permite que brinquemos com a comunicação não-verbal.

O desenho foi desenvolvido em animação tradicional. Em tempos de tecnologia 3D, você não acha que desenhos tradicionais chamam menos a atenção?
Bem, primeiro não temos planos de fazer a série em 3D, pelo menos neste momento, porque ela funciona perfeitamente em 2D. Nosso objetivo é manter a experiência proporcionada pelos livros. Acreditamos que a animação tradicional é a melhor forma de conexão com os livros, que continuam muito populares há mais de meio século e que resistiram ao tempo e a outros estilos e modismos passageiros. Além disso, nossa audiência vem respondendo muito bem a esse tipo de animação – por mais que eles gostem de novos visuais e técnicas, eles também gostam do jeito tradicional de narrativa. Acreditamos que há muito espaço para ambos.

Exibição: segunda a sexta, 7h e 13h30, Discovery Kids

Indicação: a partir de 2 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Seu filho vê: Chowder

Há quem goste de cozinhar. Outros que preferem comer. E outros ainda que só se sentem felizes ao fazer os dois. O garoto que dá nome ao titulo da animação Chowder se encaixa nesta última categoria. Bem, na verdade ele está mais para um esquisito gaxinim roxo do que para um menino. Seja qual for suas caracterísitcas física, o fato é que Chowder trabalha como assistente de cozinheiro e vive aprontando na cidade de Marzipã. Um lugar esquisito onde os "carrocóis" congestionam as ruas e os coloridos cidadãos andam sempre apressados.

Ele é aprendiz do lendário chef Mung Daal, exímio cozinheiro dono de um Bufê, e casado com Trufa, uma velhinha com asas que adora gritar e brigar com todos. Chowder divide ainda a cozinha com o ajudante Shnitzel, que só se comunica grunhindo e não gosta nem um pouco do protagonista. Como não bastasse, ele tem muitas responsabiliades, que vão desde assegurar que os Feijões Cantantes fervam até que cantem em total harmonia ou cuidar da banana machucada para que ela se recupere até entregar um biscoito de mil quilos para um homem que vive na cabeça de um gigante.

E Daal sabe mais do que ninguém que seu novo assistente é sinônimo de encrenca. Ele tende a comer tudo o que vê pela frente, distrai-se facilmente e é completamente desastrado. Certo dia, ele errou feio na receita e fez uma torta voadora. Pior foi quando transformou o prato principal em um monstro falante. Para dar mais emoção à trama, o Bufê do Mung Daal tem rivais - a chef Endívia e sua aprendiz Panini, uma garotinha apaixonada por Chowder que aproveita a inocência dele para convencê-lo de que são namorados.

Nonsense e com ares de desenhos da década de 60, o decilicioso animado criado por C. H. Greenblatt (veterano em "story boards" do Cartoon Network Studios e que já trabalhou em animações como Bob Esponja e As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy) tem ingredientes de sobra para agradar crianças e adultos - confusão, piadas inteligentes, design inovador e um história muito, muito criativa que envolve comidas, petiscos, sobremesas e pratos principais. "Quando fazemos um desenho, partimos do ponto de que todos poderiam aproveitá-lo, em qualquer faixa etária. Muito como um entretenimento em família", conta Greenblatt. Vale uma espiada!

Exibição: terças, 18h30 e 22h30, Cartoon Network

Indicação: a partir de 7 anos
(shirley paradizo)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Seu filho vê: Animes

Alguma vez na vida você deve ter ouvido a palavra "anime". Com certeza, seus filhos já devem ter comentado com você... mas nem todos sabem o que, afinal, essa tal palavra quer dizer. Pensando nesses pais que ficam perdidos quando seus pimpolhos relatam que assistiram a um anime bacana na TV, regastei esse texto que escrevi na época em que trabalhava na revista Monet, publicado em dezembro de 2006. Nascidos dos famosos mangás (os quadrinhos japoneses), os animes estão entre nós desde a década de 1960, mas poucos conhecem a origem, as características e os grandes criadores dessa animação que se tornou febre dentro e fora da telinha.

O que é - No mundo ocidental, anime (ou animê) é sinônimo de desenhos originários do Japão com tramas recheadas de violência lutas e batalhas. Para os japoneses, no entanto, a palavra se refere a qualquer tipo de animação. E é exatamente isso o que ele é. Apesar de apresentarem características diferentes dos produtos americanos ou mesmo nacionais, os animes são como qualquer outra animação feita em qualquer parte do mundo, passeando por diversos gêneros – ação, aventura, romance, ficção, policial, erótica, terror – e dirigidos para diferentes idades, dependendo do tema abordado e do conteúdo.

Origem - Os animes nasceram dos mangás, os famosos quadrinhos japoneses que surgiram do Teatro de Sombras, no qual um grupo de artistas percorria vilarejos – na época feudal – contando lendas usando fantoches. Mais tarde, essas histórias passaram a ser escritas em rolos de papel e ilustradas, sendo batizadas de mangás. A partir de 1917, as primeiras versões dos HQs começaram a despontar no cinema e, em 1950, na TV. Não demorou para entrarem no Ocidente e se tornarem mania. No final dos anos 60, os brasileiros são apresentados a esse novo estilo, e Astro Boy, Speed Racer, Super Dínamo e Patrulha Estelar passaram a fazer parte do universo infantil. E continuam até hoje.

Características - Os animes estão além dos olhos grandes, das aventuras mágicas, dos animais estranhos e dos cabelos verdes, roxos ou azuis. A diferença dessa animação para as outras está nos detalhes. Os cenários, geralmente, são pintados à mão e apresentam cores fortes. Já o personagens se movimentam em cena de forma peculiar: eles parecem “voar” enquanto o cenário permanece estático. Com algumas exceções, os desenhos japoneses têm sempre um grupo de heróis e não apenas um protagonista principal. Além disso, a representação dos sentimentos é única: uma gota d’água que aparece ao lado do rosto mostrando constrangimento ou diminuição súbita do personagem para mostrar vergonha. Os episódios não costumam ter uma história fechada. Como em uma novela, a trama vai se desenrolando por vários capítulos e, para entender tudo, é preciso assistir sempre ao desenho para não perder o fio da meada.

A febre - Para se ter idéia da influência dos animes no planeta, a expressão Dragon Ball, em 2002, foi a mais procurada no site de busca Lycos e Naruto está entre as mais buscados no Google. Nos últimos anos, a mania por desenhos e HQs nipônicos no Brasil criou uma nova tribo, os otakus (termo usando no Japão para definir um fanático por qualquer assunto). Eles lotam convenções e eventos - onde costumam comparecer vestidos como seu personagem preferido - que se espalham pelo país e mantêm fóruns e blogs na internet com informações sobre tudo o que acontece nesse universo. Apesar de não serem tão obsessivos como os grupos japoneses, costumam ser tão radicais quanto a comunidade dos trekkers, os fãs de Star Trek – Jornada nas Estrelas. A maioria deles não admite críticas ao produto que reverenciam e tratam seus heróis de forma quase religiosa.

Na telinha - No Brasil, os animes fazem parte do cotidiano das crianças e são cultuadíssos, tanto que os canais infantis recheiam sua programação com esses desenhos. Quando um ou outro favorito sai da grade, o alarde é geral. É o caso de Ragnarök, o famoso anime baseado em jogo online com uma fama maior ainda, e Naruto, inspirado em mangá de Masashi Kimishimoto e que acompanha um jovem órfão em sua luta para se tornar um grande ninja. Outros nem aportaram por aqui e já são velhos conhecidos dos brasileiros. Para ter ideia, antes mesmo de estrear por aqui, Naruto já fazia parte do cotidiano dos fãs brasileiros via internet – seus episódios estavam disponíveis na rede em diversos endereços. Apesar de nunca ter sido exibido na TV brasileira, a animação contava com legiões de seguidores fiéis, que montaram sites e criaram uma comunidade com mais de 60 mil membros no Orkut.

Alguns dos mestres

Eles ganharam fama com suas criações e são tratados como “deuses”. Conheças alguns dos grandes nomes dos animes

Osamu Tezuka - O rei dos HQs japoneses (1928-1989) marcou época ao criar o estilo mais presente nos mangás e animes: cabeça e olhos grandes, nariz e boca pequenos. Além disso, foi ele quem abriu o caminho dos desenhos japoneses para mundo ocidental com os clássicos Astro Boy, Kimba, Patrulha Estelar, Don Drácula, A Princesa e Cavaleiro e muitos outros.

Hayao Miyazaki - Venerado por suas obras ecológicas e filosóficas, como Princesa Mononoke ou Meu Vizinho Totoro, Hayao é um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonês. Entre o público brasileiro, ele é famoso pela adaptação de Heidi para a televisão, pelos filmes A Viagem de Chihiro - vencedor do Oscar 2003 de animação (imagem acima) - e O Castelo Animado.

Satoshi Kon - Considerado um dos mais interessantes diretores de animes, o desenhista de mangás tem em seu currículo trabalhos como Perfect Blue, Millenium Actress, Tokyo Godfathers e o longa de animação Paprika, baseado em livro de ficção escrito por Tsutsui Yasutaka.

A invasão dos animes em terras brasileiras


Anos 60 - Os animes chegam ao Brasil e causam estranheza no público, já habituados com as animações da Walt Disney. Aos poucos, porém, conquistam a todos. Era a época de Homem de Aço, Oitavo Homem e Samurai Kid – apesar de ter sido criado por Sanpei Shirato, foi animado por Hayo Miyazaki. Astro Boy, o pioneiro do gênero na TV e criado por Osamu Tezuka, nunca foi exibido por aqui. Muitos o confundem com O Menino Biônico, também de Tezuka, e exibido na década de 1980.

Anos 70 - Os desenhos japoneses começam a ganhar força nas telinhas brasileiras. Speed Racer e A Princesa e o Cavaleiro praticamente imperam absolutos. Outros heróis nipônicos também estavam presentes, como o leãozinho branco Kimba, Fantomas e Super Dínamo.

Anos 80 - A atenção do público se volta para Patrulha Estelar, O Pirata do Espaço, Don Drácula e Zillion, desenhos que até hoje causam saudades nos fãs. Os dramas japoneses também entraram com tudo e arrancavam lágrimas dos espectadores com história de partir o coração da pequena Heidi.

Anos 90 - A vinda de Os Cavaleiros do Zodíaco (imagem acima) causou uma febre sem precedentes. Brinquedos, roupas e artigos escolares eram tão comuns nas lojas quanto os calorosos fóruns de discussões de fãs. Na cola de seu sucesso, muitos outros foram despontando, como Shurato, Samurai Warriors e Saillor Moon, que abriu as portas para os animês voltados para as garotas.

Anos 2000 - A mania já estava enraizada entre os fãs brasileiros. Explodem na telinha os heróis e os estranhos monstrinhos de Pokémon (um fenômeno de audiência), Digimon e os cultuados Dragon Ball e Yu-Gi-Oh!. Os animes ganham repercussão também no cinema em longas como A Viagem de Chihiro. Em 2005, os fãs comemoram a chegada de um canal com programação focada em animes para os mais grandinhos - em sua maioria os desenhos são indicados para mariores de 16 anos. Lançado no Japão em 1998, com rápida expansão por toda a Ásia, o Animax hoje está presente em mais de 62 países na Europa e América Latina, em aproximadamente 53 milhões de domicílios e transmitido em 15 idiomas diferentes.

(shirley paradizo)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Seu filho vê: Harry e o Balde de Dinossauros

Harry é um garotinho de 5 anos curioso e inteligente. Certo dia, ele recebe de seu avô o melhor dos presentes: um balde azul com seis dinossauros de brinquedos que ganham vida. Os animais pré-históricos de Harry e o Balde de Dinossauros são a chave para a Dinolândia, onde reina a fantasia. Para abrir esse portal, basta o menino dizer "um, dois, três", pular dentro do balde e cair em um mundo cheio de criaturas fascinantes.

Inspirada em obras de Ian Whybrow, premiado escritor canadense, a série animada realizada em 2D é uma combinação ideal entre o mundo real e as fantasias das crianças, que irão se juntar ao menino Harry e aos dinossauros Taury, Trike, Pterence, Sid, Patsy e Steggy em uma nova e deliciosa aventura a cada dia. No caminho, Harry e seus amigos transmitem, com muito humor, pequenas lições aos minitelespectadores, como conceitos de amizade e cooperação, união.

Exibição: segunda a sexta, 11h39, Discovery Kids

Indicação: a partir de 3 anos
(shirley paradizo)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Seu filho vê: Meu Amigo de Escola É um Macaco

Imagine estudar em uma escola na qual, além da lições e dos professores, seria preciso enfrentar animais ferozes e sobreviver de acordo com a lei da selva? É em uma escola assim que estuda Adão Leão, um garoto de 12 anos, que, por causa de seu nome nada comum, foi acidentalemnte em uma escola para bichos. Em Meu Amigo de Escola É um Macaco, Adão convive diariamente com os filhotes dos animais do Zoológico e do aquário da cidade que, como ele, frequentam a Escola Charles Darwin.

Adão é o único garoto humano do lugar e sofre diariamente as conseqüências por ser diferente. Apesar dos cartazes com os dizeres “Não coma os outros alunos” espalhados por todo os cantos do colégio, o menino é o que mais tem dificuldade em chegar vivo ao final do dia. Afinal, quando o assunto é força e rapidez, ele é um verdadeiro fracasso. Por isso, nunca se dá bem nas aulas de educação física e é importunado pelos "valentões" da escola.

Para enfrentar ajudá-lo em situações extremas, ele conta com a ajuda de seu melhor amigo Jake, um macaco-aranha brincalhão que não dá a mínima para o fato de Adão ser gente. Juntos, eles aprontam poucas e boas, deixando o diretor Sapão de cabelos em pé.

No ar desde 2006, o desenho tem humor afiado e pequenas lições de vida a cada episódio, como respeitar os amigos, ter responsabilidade e trabalhar em equipe.

Exibição: domingos, 8h, Cartoon Network

Indicação: a partir de 7 anos

(shirley paradizo)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Seu filho vê: Vila Sésamo

Esses dias, sem muito o que fazer – na verdade, havia muitas coisas a se fazer, mas a vontade era pouca –, comecei a zapear pelos canais da TV e dei de cara com o novo programa Vila Sésamo, que trouxe à tona a emoção que vivi ao acompanhar os bastidores desta nova safra em janeiro de 2008, quando trabalhava para a revista Monet. Como é um programa que recomendo para todas as idades, regastei um texto que escrevi para o site da revista na época e uma entrevista com diretora Bete Rodrigues, que coloco aqui na íntegra.

O enorme bicho metade galinha metade avestruz que tanto encantou as crianças na década de 70 desapareceu das telinhas brasileiras sem explicações, deixando centenas e centenas de rostinhos infelizes com o sumiço. Agora os personagens de Vila Sésamo retornam à nossa televisão em aventuras completamente recauchutadas e coloridas. O Garibaldo que aparece na TV Rá Tim Bum desde 2008 não é mais cinza-escuro – a primeira versão do programa era exibido por aqui em preto-e-branco – nem azul, mas amarelo. E não foi só a cor mudou.

Apesar de manter o mesmo mote dos originais – ensinar enquanto diverte e sempre com a mais alta qualidade –, a atração ganhou quadros novos e Garibaldo não contracena mais com os humanos Armando Bogus (Juca), Aracy Balabanian (Gabriela), Milton Gonçalves (professor Leão) e os então novatos Flávio Galvão (Antônio) e Sônia Braga (professora Ana Maria), como acontecia na década de 70. Sua companheira de cena agora é a simpática e sapeca Bel, uma monstrinha cor-de-rosa criada especialmente para a versão brasileira. Para descobrir os segredos dessa nova safra de Vila Sésamo, visitei o set de filmagem do programa e fiquei encantada com o cuidado minucioso da equipe com o cenário. Tudo parece real, desde os detalhes das casas, como janelas e parapeitos, até os postes de luz, as flores e as árvores que complementam a cena.

Ter a chance de novamente entrar – dessa vez literalmente – no mundo de Vila Sésamo foi algo especial, com sabor de infância. Mas nada se compara com a sensação de deparar com Garibaldo cara a cara. Confesso que tive de me conter para não invadir o cenário e pedir um autógrafo ao enorme pássaro que todas as manhãs me convidava para brincar, cantar e a aprender a seu lado quando ainda era criança. Mas o lado profissional falou mais alto e eu me comportei. Fiz o meu trabalho. Conversei com a diretora Bete Rodrigues, que contou detalhes bem interessantes sobre os bastidores da produção, com a Bel e, claro, o Garibaldo.

Nessa hora, tive uma pequena decaída e, pasmem, abracei o Garibaldo. Minha atitude impulsiva quebrou o gelo entre repórter e entrevistados, e tudo virou um bate-papo descontraído e cheio de histórias bacanas. Confira abaixo a entrevista com a Bete Rodrigues e conheça um pouco sobre este programa altamente recomendável.

Em que essa nova versão difere daquela primeira da década de 1970?
Na versão atual, a Vila é mais condensada, enxuta. Não temos personagens humanos contracenando com os bonecos, apenas a Bel e o Garibaldo. Antes também o Garibaldo era azul, pois o amarelo na TV em preto-e-branco ficaria sem destaque. Na primeira versão, a maior parte dos blocos era gravado aqui, o que não acontece hoje. Só gravamos aqui os mini-documentários e a parte do Garibaldo com a Bel. O restante vem da Sesame Workshop [uma organização sem fins lucrativos composta por educadores, pesquisadores, psicólogos, especialistas em desenvolvimento, artistas, escritores e até músicos que é a responsável tanto pela nova versão como a original]. No mais, pouco mudou. Continuamos a ter o Gugu, o Ênio, o Beto e todos os outros bonecos.

Como funciona essa divisão de blocos nacionais e americanos?
Cada episódio tem 53 minutos de duração, para cobrir uma hora de grade. São 12 minutos de produção nacional e o restante divididos em mais três blocos americanos, com Gugu, Cookie Monters, Beto, Ênio e toda a turma da Vila. A Sesame envia os quadros, nós dublamos no Brasil e fazemos a passagem de um bloco para outro. Também temos uma parte com mini-documentários.

E esses mini-documentários, o que são?
Eles foram realizados para mostrar a diversidade da criança brasileira e são concentrados nas grandes cidades. Tentamos cobrir o maior número de lugares possíveis. Duas equipes saíram de viagem pelo Brasil para conhecer as crianças e suas histórias, fizeram uma pré-produção de quase dois meses. Depois, voltamos já sabendo quais os lugares e as crianças que teríamos de gravar. Temos histórias bem curiosas. Temos crianças que vivem em fazendas, à beira do rio Amazonas, no Sul, que tem outro tipo de cultura.

As histórias que envolvem a produção nacional foram criadas aqui?
O conteúdo local, que inclui tanto os mini-documentários como as aventuras de Garibaldo e Bel, foi discutido com a equipe da Sesame antes de começarmos as gravações. Levamos nossas ideias e fomos criando tudo juntos. Mas eles interferem muito pouco no nosso roteiro. Escrevíamos nossa história e enviávamos para o grupo. Normalmente, eles mandavam de volta com algumas sugestões, nunca imposições. Se achávamos que estavam certos, fazíamos as alterações. Além disso, o conteúdo pedagógico de uma criança em idade pré-escolar é o mesmo em quase todo o mundo: aprender letras, números, noções básicas de ecologia, convívio social.

Para construir o cenário, em que se inspiraram?
Fizemos uma pesquisa grande, pois queríamos ter o Brasil representado em cada pedacinho do cenário. Buscamos detalhes em Minas, Parati e em diversos lugares. Ele carrega um pouco de cada um desses locais, como as janelas, as pastilhas da calçada, os azulejos das paredes das casas...

Como foi o processo de criação da boneca brasileira Bel?
Como personagem, a Bel teria de ser bem brasileira. Porém, não queríamos esteriótipos, como cabelos rastafári, colar de penas, fru-frus nos cabelos. O Brasil está representado na personalidade dela, no gracejo, na graça. A Bel é divertida, curiosa, carinhosa, doce. E é isso que queríamos mostrar do Brasil, essas múltiplas facetas, o fato recebermos sempre bem as pessoas que vêm de fora. Na aparência, seguimos, então, o padrão dos bonecos americanos, escolhemos cor, o tipo de cabelo, essas coisas.

Ao ser convidada para dirigir o programa, qual foi sua primeira reação?
Eu cresci com o Vila Sésamo, adorava o programa. Mas nunca pensei que um dia ele fosse voltar à TV. Há mais ou menos um ano, comecei a ouvir rumores de que a série iria ganhar uma nova versão, mas nunca pensei que fossem me chamar para dirigir. Quando me convidaram, fiquei extasiada e, ao mesmo tempo, pensando se iria conseguir. Era muita responsabilidade, apesar de eu já ter experiência nesse tipo de programa com o Teatro Rá Tim Bum.

Quais são suas expectativas com essa versão atual?
Espero que o programa cumpra a função para a qual foi criado, juntar o entretenimento com educação, preparando nossas crianças para entrar com uma melhor formação na escola para ser alfabetizada. Minha grande expectativa é que a série faça parte da memória delas daqui há 30 anos, como a primeira versão faz parte da minha hoje. Que seja algo para sempre.

Exibição: diariamente, 11h30, TV Rá Tim Bum

Indicação: a partir de 3 anos

(shirley paradizo)