Parece live-action, mas não é e, no caso de Os Fantasmas de Scrooge, a técnica é essencial para recriar o conto fantástico criado por Dickens e adaptado mais de vinte vezes, para produções em TV e cinema, além de ter inspirado muitas outras histórias natalinas. Tendo a liberdade de criar digitalmente, Zemeckis – também autor do roteiro – tem a possibilidade de abusar da criatividade na composição estética dos fantasmas que visitam Scrooge na noite de natal e ensinam a ele uma lição de humanidade.
Ao mesmo tempo, faz com que o protagonista e seus acompanhantes percorram de forma bastante fluída a Londres do século 19 do conto original. Desta forma, o diretor convida o espectador a acompanhar de perto a jornada de Scrooge e os fantasmas pelo passado, presente e futuro do protagonista (todos dublados por Jim Carrey na versão original). A animação também chega em 3D e, neste caso, a tridimensionalidade faz diferença: os elementos que passam pela jornada do protagonista saltam à tela, ajudando a inserir o público nesse drama natalino.
Mas o diretor cumpre o papel de recriar com vivacidade o clássico conto natalino, dando uma roupagem atraente à história. Embora seja uma produção em animação, Os Fantasmas de Scrooge não é, necessariamente, um filme para o público infantil. O protagonista é cruel e as situações nas quais ele é inserido não são nada bonitas. Em muitos momentos, o longa pode assustar os pequenos espectadores desavisados.
Em cartaz: 06, sexta, nos cinemas nacionais
Classificação: livre
(angélica bito*)
* a amiga jornalista angélica bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site cineclick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
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