sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cinema: Alice no País das Maravilhas

A Alice no País das Maravilhas de Tim Burton é um passaporte para a maturidade da personagem criada por Lewis Carroll por brincadeira, para divertir uma criança (a musa inspiradora, Alice Liddell) em 1862. Alvo de sucessivas adaptações, inclusive um famoso desenho animado em 1951 dos estúdios Disney, produtores desta nova versão, a personagem aqui deixa a infância, tornando-se uma bela e casadoira jovem de 19 anos (interpretada pela australiana Mia Wasikowska).

Com a liberdade de imaginação desencadeada na versão de Burton, com roteiro de Linda Wooverton (a escriba por trás de A Bela e a Fera e O Rei Leão), a história de Alice torna-se um pequeno conto feminista, aproveitando o contexto vitoriano original da história de Carroll e o cenário do mundo fantástico matriarcal, que sedia uma guerra entre duas irmãs e rainhas (Helena Bonham-Carter e Anne Hathaway).


Alice é órfã de pai e está sendo praticamente empurrada para um noivado e casamento precoces – na época, nem tanto. Na festa que foi tramada como uma verdadeira conspiração para que ela diga sim, ela avista um misterioso coelho no jardim, olhando seu relógio. Um símbolo, como tantas coisas nesta história, que sinaliza o tempo que passa tão rápido entre a infância e a adolescência, rumo à vida adulta. Seguindo o animal, Alice cai no buraco que a leva ao Mundo Subterrâneo, cenário de aventuras das quais ela não retornará a mesma.

A mágica dos efeitos visuais – e do 3D, em algumas cópias – valoriza as experiências de Alice de aumentar e encolher seu tamanho, mediante a ingestão de um líquido ou de um bolo, bem como seu encontro com criaturas míticas, caso do gato risonho (voz de Stephen Fry nas cópias legendadas), da lagarta Absolem (Alan Rickman) e do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp).

Personagem secundário na história original, o Chapeleiro Maluco aqui é um coadjuvante com direito a muito espaço e peripécias. Em vários momentos, ele será o protetor de Alice, em outros, seu instigador e mais seria, quem sabe, se Burton tivesse total liberdade e este não fosse, afinal, um filme para crianças. Esta obrigatoriedade do “filme-família”, padrão por excelência da Disney, no fim das contas, funciona como uma trava à criatividade nem sempre bem-comportada (aqui, sim) do diretor de Marte Ataca! (1996), Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2003) e Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007). Alice cresceu, sim, mas não pode voar tão alto. E seu destino de empresária rumo à China parece também um pouco demais...

neusa barbosa*

* a querida amiga neusa barbosa - que há tempos não encontro - é especialista em críticas de cinema, jornalista e pesquisadora e atualmente edita o site
cineweb, especializado em cinema

Cinema: Mary e Max – Uma Amizade Diferente

Na animação Mary e Max – Uma Amizade Diferente, os protagonistas são duas pessoas um pouco diferentes, mas com algumas coisas em comum. E isso não tem nada a ver com o fato de serem de massinha. Mary (voz de Bethany Whitmore) é uma menina australiana, de 8 anos, que não tem o amor ou a atenção dos pais. Ela é muito solitária, por isso, seu único amigo é um galo. Já Max (Philip Seymour Hoffman) é adulto, mora do outro lado do planeta, em Nova York, e “gostaria de morar na Lua, para não ter contato com as pessoas”.

Apesar da distância e das peculiaridades de cada um, Mary e Max tornam-se amigos por correspondência. A troca de cartas começa meio a contragosto por parte do americano, que não quer de forma alguma relacionar-se com outras pessoas. Mas a menina é insistente e surpreendente. Em uma de suas primeiras cartas, pergunta de onde vêm os bebês.

Aos poucos a amizade floresce, nos moldes de Nunca te Vi, Sempre te Amei (1987), apenas pela troca de cartas. O filme acompanha alguns anos das idas e vindas das correspondências e na vida dos dois personagens. Ambos são marginais, no sentido de nunca se encaixarem em um padrão e por isso viverem solitários e, até certo ponto, infelizes. A Austrália de Mary é sempre acinzentada, enquanto a Nova York de Max, em tons de marrom.

Mary vai à escola, onde é esnobada, mas ainda assim, enquanto cresce, encontra o seu lugar no mundo. Namora e casa com o garoto por quem é apaixonada, tem um filho e também se forma em medicina. Quando a personagem entra na adolescência, passa a ser dublada por Toni Collette. O futuro não é tão promissor para Max. Ele fica cada vez mais isolado e tem sérias variações de humor – o que, às vezes, é prejudicial à correspondência -, sintomas que ele detecta mais tarde serem parte de uma Síndrome de Asperge.

Escrito e dirigido por Adam Eliott, Mary e Max começa como uma comédia bizarra e caminha, até sua conclusão, rumo a um drama melancólico. Seus temas e a forma como são abordados deixam claro que não se trata de um filme para o público infantil. Mas também parece não encontrar totalmente seu tom para dirigir-se ao público adulto. Afinal, fica num meio-termo que, embora bonitinho, às vezes parece uma piada esticada demais. Quando as situações começam a repetir-se, Eliott parece perder um pouco a mão e nunca reencontra o que havia de bom da primeira parte do filme - meio obcecado, agora, mais com o que há de excêntrico em relação a Mary e a Max do que com seus aspectos humanos.

Eliott, que ganhou um Oscar e um prêmio no Anima Mundi por seu curta Harvie Krumpet, também assina o desenho de produção de Mary e Max. Ele fez seu filme inteiro na técnica stop-motion, em que cada cena é fotografada quadro a quadro, como, por exemplo, os filmes dos personagens Wallace e Gromit. Em seu primeiro longa, embora bonito e bastante melancólico, o animador parece não saber ao certo a que público o filme se destina.


alysson oliveira*

* texto do amigo alysson oliveira, publicado originalmento no site cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte

Cinema: Lissi no Reino dos Birutas

Um pouquinho do visual de A Era do Gelo aqui, uma boa dose de Shrek ali, uma pitada de cultura alemã acolá e pronto o resultado é a animação Lissi no Reino dos Birutas. O filme, que não traz nenhuma novidade no gênero e caberia muito bem direto na tela da televisão, tem um humor bem peculiar com algumas insinuações (bem de leve) politicamente incorretas. Ele foi escrito e dirigido pelo ator alemão Michael Berg, que, na versão original dubla diversos personagens (inclusive a heroína do título), e é uma animação competente, mas que ganha pontos mesmo no quesito humor capaz de tirar algumas risadas - para os adultos, por causa de sua sagacidade, e as crianças com os momentos de humor pastelão.

A história começa em alguma região gélida, à lá A Era do Gelo, em que um Abominável Monstro das Neves vive de fanfarrice e devora os animais para se alimentar. Quando cai em um penhasco ele faz um pacto com o Diabo para salvar sua vida: capturar a moça mais bela do mundo - ele tem uma semana para fazer isso. Num Reino não muito distante dali, a Imperatriz Lissi espera a chegada do Imperador - seu amado. Ele é um pouco aparvalhado, mas tem bom coração, e os dois se amam. Quando ele retorna, o casal retoma suas atividades preferidas, como golfe com chocolate e caça a patinadores no gelo.

Tecnicamente, Lissi não é lá muito bela, mas para questões do filme, a beleza dela serve. E a criatura monstruosa do gelo a captura. Lissi, com sua ingenuidade um tanto patética quer ser amiga do animal. O Imperador, por sua vez, também sai em busca de Lissi e oferece uma recompensa se alguém capturar o Monstro das Neves. Entram em cena dois camponeses aparvalhados que tentam capturar a criatura, mas colocam em risco a vida da Imperatriz.

O humor de Lissi no Reino dos Birutas vem, basicamente, de absurdos e de diálogos. Como a Rainha, mãe do Imperador, que quer a todo custo seduzir um militar, ou os dois camponeses que param tudo para tomar chá se alguém pergunta se eles são ingleses. É uma pena que essa animação corre o risco de passar despercebida, já que estreia no mesmo final de semana quando os olhos cinéfilos se voltam para outra personagem de nome bem parecido, mas que está no País das Maravilhas.


alysson oliveira*

* texto do amigo alysson oliveira, publicado originalmento no site
cineweb, um endereço bem bacana para os amantes da sétima arte

domingo, 4 de abril de 2010

Animação nacional em alta

E o cinema de animação nacional continua crescendo. Nada mais que quatro animações tupiniquins foram selecionadas para a mostra competitiva do Festival de Animação de Annecy, o maior evento internacional de animados do mundo e que acontece entre 7 a 12 de junho de 2010, na cidade de Annecy. Vão participar Miúda e o Guarda-Chuva e Historietas Assombradas (dois pilotos do Anima TV), Contemporânimos (um projeto de graduação da PUC-Rio) e Switching (um comercial feito nos Estados Unidos e dirigido por um brasileiro).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Estreia: Star Wars - A Guerra dos Clones

A guerra pelo controle da galáxia está tomando rumos inesperados para os Cavaleiros Jedi, que mantêm a valentia em sua luta pela paz, por mais que os recursos aparentemente ilimitados do exército separatista os estejam esgotando. Para tornar o cenário ainda mais sombrio, os separatistas passam a contar com o apoio dos mais temidos caçadores de recompensas do universo, contratados para tentar acabar com o equilíbrio desta disputa de poder. São estes mercenários, perigosos, brutais e sem qualquer senso de honra, que vão se tornar a maior ameaça para a Ordem Jedi na segunda temporada de Star Wars: A Guerra dos Clones.

Mas antes de embarcar nessa nova aventura, o Cartoon Networks exibe, dia 04, domingo, a partir das 8h, uma maratona com todos os 22 episódios do primeiro ano em seu formato “decodificado” (com informações do tipo trivia mostradas em formato texto ao longo da capítulo). Ao final do especial, chegam de uma vez só os três primeiros episódios da nova temporada, que promete batalhas ainda maiores e mais surpreendentes. A partir da semana seguinte, os episódios inéditos passam a ser exibidos todos os domingos, sempre às 18h.

Cronologicamente situada entre os Episódios II e III da franquia cinematográfica, Star Wars: A Guerra dos Clones agora tem um novo nome entre os vilões: Cad Bane, um homem frio, cruel, calculista e com uma aptidão particular pela maldade. Pelo preço certo, ele não pode ser parado – e agora sua missão é cravar uma estaca certeira no coração da República. Quem é fã da saga criada por George Lucas vai reconhecer alguns rostos familiares na gangue de Bane, saídos diretamente dos filmes – como Bossk (de O Império Contra-Ataca) e Aurra Sing (de A Ameaça Fantasma). E novos inimigos vão sair das sombras dos lugares mais inesperados.

Lendas brasileiras na telinha

O episódio de Animania desta semana está imperdível! Zeca 2D faz uma pesquisa sobre lendas brasileiras e Seth desconfia que tenha Saci solto no estúdio. Mas o que eles ficam sabendo é que as lendas andam soltas na animação, como no filme A Pisadeira, de Ricardo Carneiro, feito com massinha, que retrata uma lenda do sul do país. O grande pajé animado Rui de Oliveira aparece para falar como surgiram os personagens do filme A Lenda do Dia e da Noite, no qual ele buscou referências na arte dos índios Karajá. Zeca ainda mostra A Última Lenda, de Alexandre Bersot, sobre o encontro de um homem com antigas lendas numa noite escura. Para lidar com tanta lenda, só mesmo chamando um “pajé” para fazer uma pajelança no estúdio e mudar um pouco as coisas (leia mais sobre o programa aqui).

Exibição: dia 03, sábado, 18h30, TV Cultura

Estreia: TV Cultura turbinada

Desde o dia 29 de março, a TV Cultura turbinou sua grade de programação. Entre as estreias estão os desenhos Pequenos Cientistas, Minúsculos – A Vida Privada dos Insetos e Escola pra Cachorro, além de novas temporadas de Baú de Histórias e Super Fofos e a volta do clássico Contos de Fada. A grade infantil ganhou nova distribuição e organização dos programas. Confira algumas das novidades abaixo

Escola pra Cachorro (segunda a sexta, 10h30 e 15h45; sábados, 15h45; aos domingos, 12h) - a série animada faz uma criativa inversão de papéis ao colocar uma trupe de cachorrinhos – Lucas, Lili, Koda, Suki e Pedro – para frequentar a escola e fazer lições de casa. O desenho desenvolve o conceito da diversidade ao mostrar o relacionamento e a convivência entre amigos de raças, opiniões e culturas diferentes. A primeira temporada conta com 26 episódios, de 11 minutos cada, e é destinada para crianças de 3 a 7 anos.

Minúsculos: A Vida Privada dos Insetos (segunda a sexta, 14h e 16h45; sábados, 13h30 e 16h15) - os pequenos vão mergulhar na vida diária de formigas, joaninhas, moscas, abelhas e besouros. As crianças não são entomologistas profissionais, mas quando vão para o interior e atravessam campos e florestas, passam muito tempo observando os insetos. Ao contrário dos especialistas, os observadores mirins, de shorts e sandálias, têm uma percepção bem diferente desses bichos minúsculos e são capazes de imaginá-los nas situações mais absurdas.

Pequenos Cientistas (segunda a sexta, 9h) - os dinossauros Diná e Rex mostram curiosidades sobre química e física e ajudam os pequenos a entender melhor a natureza e até a conhecer as profissões. Muito curioso e atrapalhado, Rex faz mil perguntas e busca uma resposta para todas elas. Já sua melhor amiga, Diná, inteligente e estudiosa, o ajuda a descobrir a solução para esses mistérios por meio dos livros.

Reestreia: Anima TV

A TV Cultura volta a exibir o Anima TV a partir de sábado, dia 03. A emissora vai reapresentar, sempre aos fins de semana, as 17 produções integrantes do projeto, incluído as vencedoras Tromba Trem (imagem acima) e Carrapatos e Catapultas, que de pilotos de 11 minutos de duração virarão, em breve, séries de 12 episódios.

Já neste sábado, dia 03, às 13h45, você poderá confirar ou relembrar a animação Vai Dar Samba, de Humberto Dias de Avellar, com produção da Urca Filmes. Em um uma loja de instrumentos musicais, três meninos e duas meninas se encontram secretamente para brincar de fazer música. A loja, na verdade, esconde um sergredo: os instrumentos são mágicos e têm muitas histórias para “cantar” e contar. Situações no dia a dia das personagens, como medo, solidão, limites e discriminação, compõem o norte temático dos episódios, tendo seu desfecho contado ao ritmo de sambas e choros adaptados a partir de letras de músicas populares brasileiras.

No domingo, dia 04, às 13h45, entra em cena a produção Miúda e o Guarda-Chuva, de Victor de Morais Cayres, com produção da Santo Forte. Miúda e o guarda-chuva se propõem a trabalhar com uma linguagem metafórica que conta com o espaço co-criativo e co-autoral do espectador. Miúda alimenta diariamente sua planta carnívora com formigas que, cansadas de serem comidas, arquitetam um plano secreto, que envolve guarda-chuvas e uma frase de sua poeta preferida, enchendo os dias de Miúda de fatos extraordinários. Em uma atmosfera minimalista, que oscila entre a melancolia e a comicidade, a animação enfatiza a estranheza do olhar diante das mudanças. Confira a programação completa abaixo.


Sábados, sempre às 13h45
10/04 – A Princesa do Coração Gelado
17/04 – Bolota & Chumbrega
24/04 – Abílio e Traquitana
01/05 – Tromba Trem
08/05 – Ja Já Arara Rara
15/05 – Wilbur
22/05 – Vivi Viravento
29/05 – Hiperion
05/06 – Piratas vs Ninjas vs Robôs vs Cowboys
12/06 – Platz na Cidade
19/06 – Carrapatos e Catapultas
26/06 – Scratch
03/07 – Nave Sub-D
10/07 – Historietas Assombradas
17/07 – Zica e os Camaleões
24/07 – Miúda e o Guarda-Chuva

Domingos, sempre às 12h15
11/04 – Zica e os Camaleões
18/04 – Historietas Assombradas
25/04 – Nave Sub-D
02/05 – Scratch
09/05 – Carrapatos e Catapultas
16/05 – Platz na Cidade
23/05 – Piratas vs Ninjas vs Robôs vs Cowboys
30/05 – Vivi Viravento
06/06 – Hiperion
13/06 – Wilbur
20/06 – Ja Já Arara Rara
27/06 – Tromba Trem
04/07 – Abílio e Traquitana
11/07 – Bolota & Chumbrega
19/07 – A princesa do Coração Gelado
31/07 – Vai Dar Samba


shirley paradizo

Cinema: Como Treinar o Seu Dragão

Seria uma pequena maldade dizer que o novo desenho animado da DreamWorks é tão bom que parece da Pixar. Maldade, porém verdade. Como Treinar o Seu Dragão, a mais recente animação do estúdio que criou Shrek, traz de volta um padrão de qualidade que andava meio esquecido nos últimos trabalhos da DreamWorks. Não necessariamente pela trama - que retoma o velho tema do "peixe fora d´água" - mas, sim, pela direção, pela construção dos personagens e pela precisão do traço.

O "peixe fora d´água" em questão é Soluço, um jovem viking que mora numa aldeia onde seus conterrâneos são exímios caçadores de dragões. E nem poderia ser diferente, pois, neste caso, matar os monstros cuspidores de fogo é necessidade vital do lugar, já que os dragões são predadores das ovelhas que garantem o sustento da vila. Soluço, porém, não leva o mínimo jeito para a coisa e vai subverter os caminhos da tradição.

Sim, este tema básico - do protagonista que deseja ser diferentes dos demais, sofre preconceitos por isso e acaba se transformando em herói justamente porque ousou seguir por caminhos que não lhe estavam previamente determinados - tem sido a base de vários desenhos animados recentes, como Ratatouille, Vida de Inseto, Espanta Tubarões, Kung Fu Panda e muitos outros. Sem problemas. Vamos dizer que seja um tema... "clássico". O que diferencia Como Treinar seu Dragão é a forma por meio da qual a velha história é (re)contada.

Os diretores Dean DeBlois e Chris Sanders conseguem criar uma galeria de personagens repletos de humanidade, que equilibram heroísmo e bom humor em doses precisas, obtendo assim uma forte dose de empatia com o público. Principalmente o protagonista, Soluço. Os bons diálogos, o ritmo da aventura e a qualidade da animação também são pontos fortes do desenho. As cenas de lutas e batalhas são preciosas e cativantes, desembocando num final empolgante digno dos grandes clássicos da antiga Era Disney.

Tudo bem que a relação de Soluço com o dragão Banguela, escondido no meio da mata, lembra bastante o antigo seriado clássico Robô Gigante, mas no cinema também pouco se cria, pouco se perde, tudo se referencia. Vale a releitura para as novas gerações. E falando em dragão Bangela, qualquer semelhança dele com o personagem Stitch não é mera coincidência: os diretores DeBlois e Sanders são os mesmos de Lilo e Stitch.

(celso sabadin)

* O multimídia - e querido amigo - Celso Sabadin é autor do livro autor do livro Vocês Ainda Não Ouviram Nada – A Barulhenta História do Cinema Mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. Atualmente, dirige o Planeta Tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV Gazeta e da rádio Bandeirantes.