No começo do filme, a turma liderada por Alex e formada pela zebra Marty (Chris Rock), a girafa Melman (David Schwimmer) e o hipopótamo Glória (Jada Pinkett Smith), sem esquecer do lêmure Rei Julien – que, dublado novamente por Sacha Baron Cohen, ganha muito mais destaque e piadas impagáveis neste filme – e de seu fiel escudeiro Maurice (Cedric the Entertainer), pretendem sair de Madagascar em direção a Nova York.
Como pingüins não voam, o avião construído pelo sensacional trio de animais que já ganhava destaque no primeiro longa acaba caindo no próprio continente africano. É onde os quatro personagens principais têm contato com suas raízes, tão esquecida no meio da selva de pedra que é Nova York. Enquanto isso, a velhinha que bate em Alex no primeiro filme está de volta – afinal, o que é uma franquia de animação sem o retorno de pequenos, porém destacados, personagens? -, desta vez desafiando os animais selvagens em plena África.
O quarteto recebe a ajuda de macacos para reconstruir a aeronave e os animais têm de lidar com uma súbita seca. Sim, são muitas trabalhas paralelas, mas não se preocupe: tudo é resolvido de forma a ser completamente compreensível pelo espectador.
Claro que Madagascar 2 não busca a realidade em sua continuação, muito pelo contrário. Seu roteiro tem compromisso somente com tudo que é non sense e isso é o mais divertido neste novo filme. As piadas estão muito mais afiadas e as referências a outras obras cinematográficas, como as sempre presentes relacionadas a O Rei Leão e também Planeta dos Macacos, são capazes de conquistar principalmente o público adulto.
Novamente dirigido por Eric Darnell e Tom McGrath, o filme mostra-se mais bem-resolvido em termos de roteiro – assinado por Etan Cohen (de Trovão Tropical), que não é o diretor de Queime Depois de Ler e outros excelentes longas-metragens, caso você se confunda -, além de trazer a excelência em animação da DreamWorks que já conhecemos de outros carnavais. Mesmo assim, a grande galeria de personagens podem tirar os holofotes dos principais, o que não prejudica o resultado final do longa, mas faz com que perca o foco em alguns momentos. O que não deve impedir que Madagascar 2 seja tão bem-sucedido junto ao público quando a animação de 2005.
(angélica bito)
* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
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