Televisão é companhia de criança e, ao contrário do que pensa, ela gostaria, sim, de ter um adulto por perto. A Fundação Telefônica divulgou os dados de uma grande pesquisa sobre o uso seguro das tecnologias feita com mais de 25 mil estudantes entre 6 e 18 anos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela em parceria com a Universidade de Navarra, na Espanha. Um dos números mais surpreendentes foi a declaração de 50% das crianças entre 6 e 18 anos de que se sentem sozinhas ao assistir à televisão, e dizem mais: elas sacrificariam o seu programa de TV preferido pela companhia de um parente ou amigo.
Ou seja, trocariam um desenho por uma novela, caso esta fosse a condição para estar ao lado da mãe. "A televisão assume o papel de companhia. Por isso, as crianças passam a realizar todas as tarefas em frente ao aparelho: fazem refeições, estudam, dormem, leem e até navegam na internet", afirma Chacro Sábado, professora da Faculdade de Comunicação de Navarra. Mesmo com o avanço da tecnologia, a TV ainda é a maior fonte de informação presente na vida dos brasileiros. Cerca de 98,2% dos lares possuem, no mínimo, um aparelho em casa.
A facilidade de acesso acaba acomodando os pais que realizam outras tarefas enquanto os filhos estão entretidos com a mídia. "Os responsáveis precisam entender que a televisão deve ser apenas uma fonte de aprendizagem e entretenimento entre tantas outras possíveis", diz o psicólogo Duarte de Oliveira, de São Paulo, que acompanhou uma das escolas que participou da pesquisa. Simples atividades, como fazer um piquenique ao ar livre, dar uma volta de bicicleta, jogar dominó e até mesmo colocar o papo em dia estão perdendo o valor atualmente.
Na medida certa, a TV traz muitos benefícios à educação da criança. Mas esse aprendizado deve ser acompanhado por um adulto para estimular, explicar e limitar o bom e o ruim entre tantos programas disponíveis. A pesquisa abordou outras tecnologias nas mãos de criança e mostrou dados curiosos. Quando o assunto era internet, revelou, por exemplo, que as meninas se interessam mais pelos sites de relacionamentos enquanto os meninos, preferem os games online.
* texto de bruna menegueço, publicado originalmente no site da revista crescer
quarta-feira, 18 de março de 2009
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Um comentário:
Ah, que graça essa matéria que escreveu!
As mulheres no final das contas, serão sempre mulheres, e os homens sempre homens, gostam dos jogos, de filmes de guerra e violência e as mulheres de amor, de romance...
O importante é que a educação ao menos enquando eles estão em for'mação, seja assistida mesmo
Um super beijo, CON
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