Dirigido por Rob Letterman (de O Espanta Tubarões) e Conrad Vernon (de Shrek 2), o filme se passa em uma época pouco definida, mas bem que poderia ser nos anos 50 pelas casinhas planejadas e todo esse cenário tão relacionado ao American Way of Life, conceito surgido nessa época. Susan (voz de Reese Witherspoon, na versão original) é uma moça que está prestes a casar com o Homem do Tempo da TV local. Mas um meteoro que cai sobre ela no dia do casamento faz com que ela vire uma mulher gigante.
Trancada pelo governo norte-americano ao lado do doutor Barata (Hugh Laurie, da série televisiva House), a divertida geléia sem cérebro Bob (Seth Rogen), o simpático Insetossauro e o Elo Perdido, forma com eles, sem querer, o grupo que defende a terra de uma invasão comandada pelo maléfico extraterrestre Gallaxhar (Rainn Wilson).
O roteiro brinca com os clichês desenvolvidos principalmente nos filmes B sobre monstros e extraterrestres. De uma forma divertida, Monstros Vs. Alienígenas satiriza principalmente com o cinema norte-americano e o próprio American Way of Life. O hilário presidente americano, que toca no teclado o tema de Um Tira da Pesada para se comunicar com os invasores de outro planeta, é como uma versão exageradamente pateta do líder que acaba se despedir da Casa Branca.
Com personagens divertidos, bem-delineados psicologicamente, além de uma animação de qualidade incontestável, o animado é mais uma prova da necessidade de investimento em animações que consigam conquistar também o público adulto - especialmente pelas referências cinematográficas que traz -, não somente o infantil, quebrando paradigmas referentes ao cinema de animação que já vêm sendo derrubados a alguns anos no cinema mainstream.
A tecnologia atual ainda permite que os estúdios possam desenvolver filmes que tenham a possibilidade de serem exibidos em 3D, como é o caso de Monstros Vs. Alienígenas, que pode ser assistido desta forma nas salas equipadas com esta tecnologia, que vem crescendo cada vez mais também no mercado brasileiro. E, neste caso, é possível dizer que a tecnologia faz diferença, enriquecendo (mas não é indispensável) a experiência de assistir ao longa-metragem.
Assim, o filme concilia essa tendência de se abrir cada vez o nicho de mercado das produções do gênero - proporcionando a famigerada "diversão para todas as idades" -, mas também supre a necessidade do mercado do entretenimento de absorver de forma voraz as novas tecnologias, que, no caso do cinema atual, está também na exibição em 3D.
Em cartaz: a partir do dia 03, sexta, nos cinemas nacionais
Classificação: livre
(angélica bito*)
* a amiga jornalista angélica bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site cineclick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
Um comentário:
Ri muito do desenho 'besteirol', com típico humor americano. É divertido para os pais e até para as crianças menores que ainda não entendem muitas das piadas. O monstro B.O.B. vale o filme.
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