As raposas são populares por seres elegantes, ágeis e exímias ladras de galinhas. O senhor Raposo (voz de George Clooney, na versão original) é um perfeito representante dessa fama da espécie. Mas a senhora Raposo (voz de Meryl Streep) vai ter um filhote e as coisas têm de mudar. Doze “anos de raposa” depois, Ash (dublado por Jason Schwartzman) é um adolescente em constante crise. Mas Raposo tem seus próprios problemas: ele não consegue mais ignorar seus instintos e o trabalho como colunista do jornal local não o satisfaz mais.
Quando ele se muda para uma casa na árvore – ambiente estranho à sua espécie – ao lado de três grandes fazendas, conduzidas por cruéis fazendeiros, o protagonista ouve o chamado da natureza e volta à vida de roubos, incapaz de ignorar seus instintos, dando início a um grande furdunço que envolve os animais que moram ao seu redor.
O Fantástico Sr. Raposo é um filme extremamente divertido. Os diálogos são espertos e trazem referências tanto à espécie humana quanto às características naturais de cada uma das espécies que viraram personagens da animação. Originalmente, o projeto foi desenvolvido em 2004 por Anderson e Henry Selick, que trabalharam juntos em A Vida Aquática de Steve Zissou, no mesmo ano. Mas, quando Selick foi contratado para dirigir Coraline e o Mundo Secreto, Mark Gustafson o substituiu como responsável pelo trabalho de animação deste longa. Pouco conhecido – pelo menos em comparação a Selick -, Gustafson faz um trabalho excelente no desenvolvimento visual de O Fantástico Sr. Raposo.
O filme não se parece esteticamente com as animações digitais atuais, ele tem uma estética mais amarelada, com cara de antiga, mais ou menos como os filmes em live action de Andserson. Assim, até na estética de um filme com animais vestidos com roupas de humanos o diretor é capaz de manter sua marca como diretor e, por isso, a animação é essencial para os admiradores do trabalho do cineasta, bem como uma excelente pedida para quem não o conhece, mas não perde um bom filme. Simples assim.
Estreia: dia 04, sexta, nos cinemas nacionais
Classificação: livre
(angélica bito*)
* a amiga jornalista angélica bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site cineclick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
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