Piconzé e seus amigos e seus amigos, Louro Papo, um papagaio, e Chico Leitão, um porquinho simpático e irreverente, vivem na pacata vila do Vale Verde. Tudo ia bem até que Gustavo Bigodão e seu bando passaram a roubar os habitantes. Em um desses costumeiros assaltos, Maria Esmeralda (a namorada do Piconzé) é raptada. Assim, ele e sua turma partem para salvá-la. No caminho, enfrentam um dragão, passam pelo reino do Saci e quase são feitos prisioneiros por uma bruxa.
Além de Piconzé, Ypê Nakashima (1926-1974), nascido na província de Oita, criou curtas animados e filmes publicitários como o dos cobertores Parahyba, açúcar Tamoyo e conhaque Napoleão. Uma chance única de se ver o trabalho desse artista inovador, que chegou ao Brasil em 1956, com 30 anos, depois de estudar belas-artes em Kyoto e consagrar-se como cartunista de grandes jornais japoneses, como o Mainichi Shimbun, Yomiuri Shimbun e Asahi Shimbun.
No Brasil, Ypê interessou-se principalmente pelo desenho de animação. Fascinado pelas lendas e folclores brasileiros, Ypê associou os personagens e seres das estórias nas suas criações, gerando o personagem Papapapo, um papagaio que surgiu em vários curtas-metragens que, infelizmente, nunca foram exibidos. Após quase dez anos desde a sua chegada no Brasil, Ypê, com um colaborador brasileiro, realizou os filmes publicitários que lhe trouxeram sucesso considerável.
O projeto de produzir um longa-metragem começou a ser gestado em 1966 e, entre criar a história até finalizar a primeira cópia, passaram-se seis anos. Piconzé estreou nos cinemas em 1972 e ganhou dois prêmios do Instituto Nacional do Cinema (Prêmio Qualidade e Coruja de Ouro pela montagem). O filme ganhou a trilha sonora que continha canções compostas pelo músico Damiano Cozella e letras de Decio Pignatari. Ypê falesceu precocemente dois anos após a estréia do longa-metragem. Em 1975, recebeu postumamente o prêmio Governador do Estado. Mais informações no site da Fundação Japão.
Serviço
Espaço Cultural Fundação Japão - av. Paulista, nº 37, 1º e 2º andares, Paraíso, São Paulo
Dias: terça, dia 02/06, às 19h30, e quinta, dia 04, às 15h
Entrada: gratuita
(shirley paradizo)
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