A produção de O Mágico de Oz não foi exatamente um mar de rosas. Embora Dorothy e seus amigos tenham sido eternamente relacionados aos atores que representaram os papéis - especialmente Judy Garland -, o filme teria sido completamente diferente se os planos de elenco originais tivessem sido seguidos. W.C. Fields foi a primeira escolha para interpretar o Mágico, mas um desentendimento entre o estúdio e o problemático comediante frustrou essa ideia.
A atriz Gale Sondergaard fez o teste para interpretar a Bruxa Má. Ela era uma atriz respeitada, mas sua beleza exótica foi vencida pela aparência mais tradicional de bruxa de Margaret Hamilton. Buddy Ebsen começou as filmagens como o Homem de Lata, mas foi hospitalizado por causa de uma reação quase fatal à tinta prateada usada na maquiagem do personagem. Foi substituído por Jack Haley. E, claro, havia a personagem central. Algumas fontes dizem que o cabeça da MGM, Louis B. Mayer, estava desesperado para dar o papel à estrela mirim Shirley Temple, então sob contrato com a Fox. Com a indisponibilidade de Temple, a MGM optou por Judy Garland.
O papel a transformou em uma estrela, lhe rendeu um Oscar especial e tornou-se parte de sua lenda. A canção inesquecível de Harold Arlen/E.Y Harburg Over the Rainbow (que foi quase cortada do filme) tornou-se o tema de Garland e atingiu o status de cult. O casting não foi o único problema. O filme passou por três diretores e o script foi trabalhado por mais de 16 roteiristas, 13 dos quais não receberam créditos, incluindo os membros do elenco Jack Haley e Bert Lahr, o poeta Ogden Nash e Herman J. Mankiewicz, que assinou o roteiro de Cidadão Kane (1941).
Apesar das dificuldades e do fracasso inicial de bilheteria, O Mágico de Oz foi indicado ao Oscar de melhor filme, fotografia, direção de arte e efeitos especiais, e levou os prêmios de melhor canção (a inesquecível Over the Rainbow) e trilha sonora original. O filme também ocupou o décimo lugar na lista dos "100 Melhores Filmes Americanos de Todos os Tempos", no compilado do American Film Institute de 2007. Talvez seja o que tenhamos hoje de mais próximo a um conto de fadas universal.
Exibição: dia 25, terça, 22h, TCM
(shirley paradizo)
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