Horton e o Mundo dos Quem! (R$ 39,90, Fox) é o novo longa-metragem produzido pela Blue Sky Studios, que conta com o brasileiro Carlos Saldanha como um dos animadores. Ainda tentando atingir sucesso equivalente ao obtido com os dois A Era do Gelo, o estúdio investe em mais uma animação, desta vez inspirada na obra de Dr. Seuss, um dos escritores mais conhecidos da literatura infantil norte-americana, responsável, entre outros, pelas histórias que originaram O Grinch e O Gato.
O Horton do título é um simpático elefante que vive numa floresta ao lado de criaturas não-identificáveis no mundo animal. Sua simpatia atrai a atenção de filhotes, que o seguem entre as árvores e lagos de seu habitat. Numa bela tarde, Horton ouve algo vindo de um grão sobre uma flor. Algo que parece ser um grito de socorro. O curioso é que no grão existe um pequeno mundo, o mundo da Quemlândia, habitado pelos Quems. As criaturinhas nem imaginam que existe algo maior do que elas e já comemoram cem anos de boas e interruptas notícias.
Mas terremotos, nevascas em pleno verão e nuvens em forma de redemoinhos parecem alertar aos Quems que algo está errado, mas somente o prefeito da cidade parece perceber isso. Quando a voz de Horton chega até ele, a iminência de uma ameaça e, talvez, o fim de Quemlândia faz com que essa dupla improvável se junte contra as adversidades para conseguir salvar os microscópicos seres.
Como todas as outras histórias do Dr. Seuss, Horton e o Mundo dos Quem! traz uma história absurda, vivida por personagens mais absurdos ainda. O que é excelente para trabalhar a imaginação do público infantil. Em termos de animação, o animado é um verdadeiro espetáculo, promovendo um desfile de técnica e criatividade na hora de recriar visualmente o universo criado por Seuss.
As texturas dos personagens são de uma fidelidade impressionante; os olhos do urubu Vlad são assustadores, beirando o humano. No entanto, o argumento de Horton e o Mundo dos Quem! é mal-desenvolvido. Por isso, o público mais adulto pode se encontrar um tanto quanto entediado no meio da projeção. O longa não avança e a conclusão é previsível. Mas o filme vale a pena pelas técnicas em animação e aos simpáticos personagens, que devem impressionar principalmente aos menores.
Extras: Comentário em áudio dos diretores; Cenas Excluídas; Testes de animação na tela; Dando vida aos personagens; Isso que é elefante grande: A animação de Horton; Conheça a Katie; Uma pessoa é uma pessoa: Uma mensagem universal; Nossa partícula: Onde nos inserimos?; Diversão de elefante: Os fatos; Aqui estamos nós!; Sobrevivendo
(angélica bito)
* A amiga jornalista Angélica Bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site CineClick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)
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