sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Cinema: A Pedra Mágica

Em 2001, o diretor Robert Rodriguez (de Planeta Terror e Sin City - A Cidade do Pecado) resolveu investir num gênero que segue numa via completamente diferente do restante de sua filmografia: o infantil. Pequenos Espiões rendeu US$ 147 milhões mundialmente e três continuações. Rodriguez seguiu investindo no gênero em As Aventuras de Shark Boy e Lava Girl em 3-D (2005), que não foi tão bem nas bilheterias quanto a primeira trilogia infantil de Rodriguez, assim como sua nova incursão no gênero, A Pedra Mágica, que estreou nos EUA faturando US$ 6 milhões no primeiro fim de semana – valor baixo, em se tratando de uma produção infantil.

O interesse do diretor ao gênero veio dos filhos – três deles, Rocket, Racer e Rebel Rodriguez, estão no elenco de A Pedra Mágica - aliás, o diretor queria também dialogar com a geração deles. Este novo filme segue sendo para os pré-adolescentes, que podem se empolgar com os efeitos especiais e com a linguagem bem típica. E o diretor sabe como falar com esse público.

A premissa é clichê: menino descobre um objeto capaz de transformar o desejo do possuidor em realidade, o que causa enormes problemas a todos ao seu redor. As consequências do aparecimento desse objeto também. Quem narra a história é Toco (Bennett), um dos meninos que põe a mão a tal pedra que dá nome à aventura, o que dá à narrativa um tom entrecortado por comentários, separada por capítulos.

Mas o filme vale principalmente pelos efeitos especiais bastante caprichados. Além disso, o visual colorido e a boa atuação do elenco infantil – encabeçado por Jimmy Bennett, que viveu o jovem Kirk em Star Trek, e a excelente Jolie Vanier, que vive a vilã mirim Helvetica – também ajudam a conquistar o espectador.

Embora tenha visual e tom de narrativa acertados, A Pedra Mágica não traz muitas novidades no gênero, principalmente por ter como base um argumento fraco, já batido, o que é uma pena, já que Rodriguez tem a capacidade de dialogar com a faixa etária do público ao qual pretende atingir, questão mais complicada quando se aventura em produções do gênero.

Em cartaz: dia 28, sexta, nos cinemas nacionais

Classificação: livre

(angélica bito*)

* a amiga jornalista angélica bito - de quem aprecio muito o trabalho - escreve para o site cineclick (um endereço bacana que traz críticas e informações sobre o universo cinematográfico)

Um comentário:

Marize Camara disse...

Olá, boa tarde!

Olha só, peguei seu selinho, porém vc dá uma olhadinha nele, pois não entra direto em sua página quando clica nele. Conserta o código dele ok..depois pego ele novamente quando estiver acertado.
Bjss
Marize